É isso aí pessoal, depois de 5.700km rodados e 43 bilhetes de pedágio pagos (que eu não tive coragem de calcular o valor) estamos de volta a Teofilo Otoni. Saimos no dia 27 de dezembro as 5:00 hs da manhã, Fomos primeiro para Francisco Beltrão-PR, depois Sobradinho-RS, Caxias do Sul, Mariluz, Florianópolis e finalmente dia 18/01/11 as 15:30hs chegamos em casa, Teofilo Otoni.
Tudo correu bem, eu e o Armin fomos nos revezando na direção, o carro felizmente não apresentou nenhum problema, e o ar condicionado se revelou um acessório indispensável pra quem se propõe a uma viagem desse tipo.
A experiência de percorrer uma distância destas de carro, dentro do Brasil, traz uma série de experiências e impressões sobre a realidade do nosso país. Aí vão algumas delas:
Primeiro é a grande extensão territorial, dentro do Brasil caberiam vários países da Europa, por exemplo, só para atravessar Minas Gerais foi um dia de viagem. Esse tamanho gigantesco traz junto muitas diferenças culturais que ficam evidentes ao visitar algumas ciddes. Por exemplo: na região sul, casas com gramados, jardins, ruas mais arborizadas, parques e praças públicas. Na regiõa sudeste, casas com muros altos, sem gramados e com calçadas de cimento. O sotaque então, dentro de um mesmo estado muda muito, como por exemplo Santa Catarina, na serra se fala de um jeito, no litoral de outro bem diferente. E olha que ainda não conhecemos o nordeste, fica pras férias de julho.
Segundo aspecto é a predominancia das raças, enquanto no sul a maioria é de descendência branca, do sudeste pra cima são afro descendentes, negros e pardo. Só este fato renderia um livro de análise antropológica, que eu deixo para os estudiosos da área.
Antes de sairmos de viagem, nosso GPS quebrou, isso significou, algumas paradas para busca de informação e consequentemente, descobrimos como é difícil receber uma informação precisa da maioria das pessoas. Muitos não admitem que não sabem informar e acbam dando explicações eradas. Existem também alguns equivocos de conceito, por exemplo: na cidade de Cabriuva-SP, após um dia inteiro de viagem as 19 hs resolvemos parar. Ao perguntar para o frentista do posto de gasolina onde havia um hotel para pernoite, ele indicou um na cidade. Chegando lá, tratava-se de um Resort, com o custo de R$500,00 reais o pernoite. Resolvemos seguir viagem até Itu conseguimos encontrar um hotel as 21:35, após pegar muitas ruas erradas, graças é claro, as informaçoes imprecisas.
Na cidade de Embú-SP, já na volta pra casa foi a mesma coisa, pedimos informação em um posto de gasolina, entramos na cidade, e após rodar muito tempo sem encontrar nada, resolvemos pedir informação sobre hotel para um morador que estava em frante a sua casa. Tenho dúvidas se essa pessoa conhecia o conteito da palavra hotel, pois acabou nos ensinando o endereço de uma pensão que na verdade devia ser um “bordel”. Aí seguimos viagem até Atibaia-Sp já na divisa com MG, onde encontramos uma pousada muito simpática, já era 22:45, chovia, e finalmente conseguimos descansar após um longo dia de viagem.
Outro grande perigo é quando alguém resolve ensinar um atalho ou desvio. Geralmente são estradas tão precarias, esburacadas, ou lamacentas que só mesmo possuindo um carro 4x4 tracionado para pasar. Aí vai um conselho: “NUNCA PEGUE ATALHOS”.
Tem também o lado trágico, vimos muitos acidentes, alguns com vitimas fatais, o pior deles na Auto Pista Fernão Dias próximo a SP, um motoqueiro literalmente “espalhado” no asfalto, com partes do corpo dilacerados pela violência da queda. Os socorristas da ambulância tentando cobrir o que restou da vitima, para não chocar tanto quem passava pelo local. E é claro, cada acidente gera um grande engarrafamento, e exige grandes doses de paciência, bom humor, CDs de musicas variadas e água gelada, que nunca faltam em nosso carro.
Atravessar a cidade de São Paulo sempre é um desafio. Dependendo do dia, horário, e condições climáticas. Se chover demais, a Marginal Tietê pode ficar alagada e muitas vezes danificar o carro. Em horário comercial a Marginal Pinheiros vira um caos sempre com os motoqueiros malucos,” costurando” entre os carros, e se por acaso o motorista fechâ-los e não der passagem, eles quebram o retrovisor do carro. Dessa vez aconteceu algo inusitado conosco. Estávamos atravessando o Bairro Butatã, quando os carros diminuiram bruscamente a velocidade e começaram a ligar o pisca alerta. Não entendemos o que estava acontecendo, até que vimos ao lado de uma passarela de pedestres, muitas pessoas apontando para cima e gesticulando para os motoristas, tentando avisr alguma coisa, quando olhei para cima da passarela vi que tinha um homen ameaçando se jogar, um suicida. Os carros desviando para as laterais e acostamento, com medo que ele se jogasse sobre os carros. Felizmente não foi sobre o nosso carro. Se ele pulou? Não sei, fomos embora seguindo viagem.
Aí você s podem me perguntar: Vale apena fazer uma viagem destas??????
Eu digo que sim, faria de novo, é só me dar um tempo para descansar e recarregar as baterias. A satisfação de rever os amigos, os familiares, poder conversar, rir juntos, pôr a conversa em dia, relembrar algumas histórias, VALE A PENA!!!!. O único problema é que o tempo é muito curto. Mas como diz aquela música da Elis Regina: “a vida é feita de chegadas e partidas, a hora do encontro é também despedida”.
Pra finalizar, um grande abraço a todos que lerem estas linhas, obrigada pela acolhida. E para aqueles que não pude abraçar pessoalmente fica a certeza que sempre irão ocupar um lugar especial em nossas lembranças e em nossas vidas, aqui falo também pelo Armin e a Fernanda.
Um Grande abraço a todos.
Claudia.
O tempo é curto se é bem aproveitado.Quanto menos se faz, maior é o tempo. Então, alegre-se por ter aproveitado o tempo. Assim, aproveite o tempo para visitar o meu blog e tornar-se minha seguidora! Dê um abraço no Armin, também!
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