Nove maneiras de lidar com os valentões da Igreja
No meu
post anterior eu lidei com os traços de valentões da igreja, com os que causam
bullying na igreja. E o pessoal deu retorno. Passo agora do descritivo para prescritivo. Como
lidar com estes valentões da igreja? Como lidar com estes bullyes na
igreja? O que podemos fazer para evitar esse assédio moral? Aqui estão
nove das minhas sugestões:
1. Lutar contra o bullying com o
poder da oração. Os
alvos mais comuns de valentões da igreja são o pastor e o presbitério, ou seja,
contra os que se envolvem com a comunidade. Devemos encorajar todos em uma
pastoral vocacional e pedir humildemente para que as pessoas orem por eles, a
diretoria e os ministros e as ministras, diariamente. Pessoas que oram
pelos ministros e pela diretoria, um ou dois minutos por dia passam força para
estes, e também se sentem emocionalmente envolvidos. As orações de
intercessão podem ser breves, mas podem ser poderosas para envolver a comunidade
no cuidado com as lideranças. Nós, ministros e ministras da IECLB, temos
dificuldades em nos incluir nas orações de intercessão, mas nestas a comunidade
se sente responsabilizada. Grupos de estudo bíblico, OASE, LELUT, casais,
corais, etc..., colocar os grupos para orar pelas lideranças em bom começo.
2. Procure ter um grupo Atos 6 na
igreja. Refiro-me
especificamente à maneira pela qual a igreja de Jerusalém lidou com a murmuração e a reclamação. Eles designaram um grupo para cuidar das viúvas que estavam
sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. A sete pessoas que
foram designadas para a tarefa foram, assim, não só para fazer esse ministério
de atendimento aos esquecidos, mas eram também para preservar a unidade da
igreja. As igrejas precisam de grupos ou informais ou formais que vêem o
seu ministério em como lidar com o conflito, as queixas, e dissensão para que a
unidade seja preservada. Os bullyies são criadores de conflitos, um grupo
gerenciador de conflitos e dissenções e trabalham muito com os “esquecidos”.
3. Ter uma igreja alta expectativa. Buscar
entre os membros pelas expectativas destes e auxiliar estes a ter grandes expectativas
de formação em sua comunidade. Igrejas com maior expectativa bíblica
tendem a ser mais unificadas, mais focadas na Grande Comissão (Mt 28.19-20),
mais biblicamente definidas e orientadas mais para o serviço a partir da fé. Simplificando,
igrejas grande expectativa não oferecem um ambiente propício ao bullying.
4. Incentivar os membros a falar e
enfrentar os valentões da igreja. Bullying prospera em uma igreja onde a
maioria permanece em silêncio com medo de valentões da igreja. Bullies
tendem a recuar quando confrontado por fortes pessoas na igreja e com conhecimento
de causa. Nós só precisamos de mais lideranças fortes e com formação na
igreja. Se há formação para as lideranças estas não serão manipuladas, bem como
se há formação completa para os membros. Catecumenato permanente, era como se
chamava no passado, formação continuada hoje. Vamos tirar a PEC – Plano de Formação
Contínuada – das estantes!
5. Certifique-se a direção da comunidade
ou paróquia não se torne um instrumento útil para os valentões da igreja – nos sínodos
também. Muitas
igrejas têm estruturas e linhas de prestação de contas ambíguos. A
política de prestação de contas é fraca e mal definida. Assembleias mal frequentadas
e de baixa participação, reuniões de diretoria com pouca frequência e decisão
unilateral. Reuniões em que se decide uma coisa e se executa outra. Bullies
aproveitam a ambiguidade e interpretar as coisas de acordo com as suas
necessidades nefastas.
6. Esteja disposto a exercer a
disciplina na igreja. Disciplina
da Igreja é um essencial esquecido de muitas igrejas.Na IECLB se desempoderou
os ministros e ministras e estes não
puderam mais executar a disciplina fraterna – Nossa Fé Nossa Vida – por medo de
serem demitidos. Bullies precisam saber que há consequências para suas
ações, e disciplina fraterna na Igreja pode ser uma delas.
7. Ter um processo saudável de
colocar as pessoas com melhor qualificação em posições de liderança na igreja. Bullies muitas vezes são
capazes de empurrar as pessoas menos qualificadas que se encontram em posições
de liderança, pois se apresentam com um pseudo preparo. Deve haver um
processo espiritual e estrategicamente projetado para escolher e recrutar
pessoas para cargos de liderança e dar formação para estas lideranças.
8. Ter um processo saudável para
escolher e instalar pessoal da igreja. Por exemplo, um erro
flagrante seria a escolha de uma diretoria sem ânimo, simplesmente porque
ninguém mais apareceu. Outro problema é descompasso entre ministros e
presbitério. Se o ministro, ou a ministra, e a nova equipe de presbitério
não têm uma boa química, um valentão igreja pode rapidamente jogar um contra o
outro. Uma equipe, presbitério e ministros, que funciona como um time,
como uma igreja unificada é um grande obstáculo para um valentão na igreja.
9. Incentivar um ambiente de
celebração na igreja. Igrejas
alegres, celebrativas, dissuadem agressores. Eles gostam de igrejas
sombrias e divididas.
Assédio moral na Igreja é mais bem
difundido do que muitas vezes gostamos de admitir. Espero que estas nove
sugestões possam ajudar a manter os valentões de sua igreja no seu devido lugar. Falemos
à respeito disto!
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