Eu admito. Eu costumava odiar resoluções de Ano Novo. Eles
pareciam tão artificiais e com prazo de validade já vencidas. Eu provavelmente
tive resoluções de correr mais de 10.000 km ao longo da minha vida e de ficar
marombado de tanto exercício.
Obviamente, minhas resoluções sempre careceram de poder de
permanência.
Ainda assim, eu vejo o tempo de Ano Novo como um tempo para
o recomeço e re-foco. E embora seja simplesmente a mudança da página de um
calendário, ainda é um bom momento para ser lembrado sobre as áreas que são
mais importantes em nossas vidas.
Com isso em mente, tenho sete sugestões para os líderes da
igreja, seja presbitérios, diretorias ou ministros e ministras. Considere estas
sete resoluções como declarações de renovação. Para tanto é preciso pedir aos
outros membros de comunidades para mantê-lo responsável. Acima de tudo, peça a
Deus a sabedoria, a força e a perseverança para levar esses compromissos de
renovação à realidade. Aliás, aqui vale muito a oração do AA:
Concedei-nos, Senhor, a Serenidade
necessária
para aceitar as coisas que não podemos
modificar,
Coragem para modificar aquelas que
podemos,
e Sabedoria para distinguir umas das
outras. Amém.
1. Um compromisso de ir além do impulso
interna de autopreservação em nossas comunidades e igreja. Não demora muito
para que uma comunidade e paróquia perca seu foco exterior, seu foco
missionário. Não leva muito tempo para a tirania do urgente, principalmente financeiro,
substituir a prioridade do que é realmente importante. Não demora muito para
que a maioria dos ministérios e atividades sejam focados interiormente em vez
de externamente em direção à comunidade e sociedade onde nos localizamos, onde
servimos.
2. Um compromisso para renovar nossa atitude.
Conduzir uma comunidade e paróquia é muito difícil e extenuante. Os membros da
igreja podem ser críticos e exigentes – luteranos ainda mais. Mas Deus nos
chamou para servir na confusão da vida e das pessoas. Todos nós podemos usar a
renovação de nossa atitude para com os outros e para a nossa situação de vida
bem como para a situação de nossas paróquias e comunidades.
3. Um compromisso para se tornar um líder mais
grato. Acaba sendo bem natural para se concentrar no negativo, o eterno
negativista, o perfeccionista, e detalhista. Mas precisamos recorrer à oração e
pedir ajuda ao Todo-poderoso e Todo-amoroso para nos concentrarmos em todas as
bênçãos que Deus nos dá. Uma revisão de Filipenses 4: 8 seria útil também.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”
4. Um compromisso de ser uma liderança de
maior fé e coragem. Novamente, esse compromisso não pode ser realizado em
nossa própria força e poder, ou por nossa vontade. Mas podemos fazer todas as
coisas em Cristo que nos fortalece.
5. Um compromisso de ser o líder que realiza a
nossa família é a nossa primeira linha de ministério. Não podemos cair na
armadilha de colocar a família em oposição à igreja, ou de dar mais peso à
comunidade e paróquia que à família. Este é, principalmente o problema de
muitos ministros e ministras. I Timóteo
3: 5 (Porque, se
alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus) é
um claro lembrete de que nossas famílias são a nossa primeira linha de todo ministério.
Nós não podemos ser abençoados na totalidade de nosso ministério se estamos
faltando lá. Nenhuma comunidade ou paróquia será abençoada se as suas
lideranças não derem o devido cuidado às suas famílias.
6. Um compromisso para limpar a igreja de
desordem e atividades. Por desordem, eu quero dizer todas as maneiras que
manter os nossos membros ocupados. A mesma coisa é esperada dos ministros e
ministras, sendo estes empurrados a um ativismo desenfreado. Ofícios, ensino, música,
visitação... Muitas vezes, esperamos que nossos membros participem de tantas
atividades que implicitamente os desencorajam de cuidar de suas famílias, sua
saúde e seus ministérios.
7. Um compromisso de ser um líder de Atos 6:
4. (Mas nós perseveraremos na oração e no ministério
da palavra.) Se não estamos dando atenção focalizada à oração
e, principalmente, ao ministério da Palavra, está mais que na hora de sair do
ministério vocacional, de deixar a liderança para outros. O ministério tem se
tornado cada vez mais mundano do que centrado em Deus.
Eu permaneço um otimista odioso sobre as comunidades e
paróquia. Eu insisto em ver Deus trabalhando de muitas maneiras. Não tenho
nenhuma razão para acreditar que 2017 não será um grande ano para nossas comunidades,
especialmente se nossas lideranças estiverem dispostas a assumir essas
resoluções de ano novo.
Feliz Ano Novo.
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