A maioria das comunidades mantém seus ministros e ministras,
bem como membros do presbitério, tão ocupados que estes já não têm mais tempo
para fazer ministério.
Na verdade, eu tenho reparado que, simplesmente, as pessoas
não tem mais tempo nem para conhecer seus vizinhos porque estas estão tão
ocupadas com suas coisas, seu trabalho e sua igreja.
Algo não está certo com este jeito de ser igreja que estamos
adotando.
É preciso fazer com que nossas comunidades, paróquias e nossas
igrejas possam se tornar mais intencionais sobre fazer o ministério real em vez
de ativismo ocupacional dos ministros e ministras. Por isso quero refletir em como
as nossas comunidades e igrejas se tornaram tão exageradamente em um ativismo
desenfreado. Talvez entender as origens do ativismo disfuncional pode ajudar as
comunidades e as igrejas a evitar esse problema no futuro, ou buscar um novo
caminho, mais centrado no ministério eclesial dado por Cristo.
1.
Para muitas paróquias e comunidades as
atividades tornaram-se sinônimo de ministério. Por exemplo, existem grupos de
trabalho de missão no sínodo e na IECLB, bem como em muitas paróquias. Estes
grupos de debate, planejamento e formulação envolve viagens, custos, pessoal,
que inclui muitas pessoas, leigas e ordenadas. No entanto, planos de missão tem
sido feito desde a reestruturação da IECLB, desde 1997, com muitos custos
diga-se de passagem. Os grupos de apoio às missões sempre fizeram bom planos –
PAMI 1; PAMI2; - só que as comunidades e paróquias tem dificuldades de executar
e se envolver nestes planos de missão. Mas as equipes que elaboram certamente estiveram
muito ocupados e fizeram um bom plano.
2.
Programas e ministérios são adicionados, acrescentados
e intensificados regularmente, mas poucos ou nenhuns são extintos. Basta olhar
para os calendários de nossas paróquias. Ministros e ministras tem atividades
em 3 turnos. Eles quase são exigidos a ter um ministério ou programa individual
para cada membro. Os planos de visitação exigidos são quase de ofícios domésticos.
Sempre foram acrescentam alguma
atividade todos os anos, mas nunca se menciona diminuir as atividades mortas ou
inúteis.
3.
Programas e trabalhos de grupos que tornam-se
vacas sagradas. Eles já foram o projeto pet de um membro particular ou um grupo
de membros, vivo ou falecido. A idéia de eliminar o ministério não-funcional
iniciado pela senhora da OASE ou pelo membro fundador há 35 anos é considerada blasfêmia.
4.
A pergunta de alinhamento não é solicitada no
front end. Mesmo um bom ministério pode não ser o melhor uso do tempo para uma
igreja. Em uma comunidade, os membros votaram para iniciar um trabalho porque
uma pessoa se conheceu e gostou de uma atividade de outra comunidade. Mas os
membros nunca consideraram se poderia haver outros tipos de trabalho que
poderiam ser mais eficazes e melhor alinhados com a direção daquela comunidade
e que o que dá certo numa comunidade pode não dar certo noutra.
5.
Isolamento de comportamento entre os diferentes grupos
e trabalhos de uma comunidade e paróquia. Um grupo de trabalho na comunidade,
paróquia ou sínodo, começa uma nova atividade que exige ajuda voluntária
extensa e intensa. Mas as lideranças nunca consideraram que podem estavam
ferindo outros grupos na comunidade. Os membros não têm tempo ilimitado; eles acabam
tendo que fazer escolhas.
6.
Sempre falta de um processo de avaliação. A
maioria das comunidades, paróquias e sínodos tem um processo orçamentário
anual. Esse seria o momento ideal para fazer todas as perguntas difíceis sobre
ministérios, trabalhos, grupos e programas existentes. Muitos poucos líderes da
igreja aproveitam essa oportunidade.
7.
O ministério torna-se centrado nas dependências
da comunidade. Em outras palavras, se não está acontecendo nas dependências das
comunidades, não é um trabalho da igreja "real". Como conseqüência,
mantemos nossos membros ocupados demais dentro de nossos prédios para exercer o
ministério fora dos muros da igreja.
8.
Falta de liderança corajosa. É preciso coragem
para uma liderança, presbitério e ministros, olhar para as atividades de uma comunidade
e dizer "não" ou "o suficiente". Algumas lideranças preferem
não balançar o barco e, como conseqüência, levar uma igreja para a mediocridade
e mal-estar.
Estamos desperdiçando muito tempo, energia e dinheiro em
nossas igrejas. Muitas vezes estamos fazendo coisas demais e tornando-nos menos
eficazes. Quem sabe é hora de nossas comunidades hiperativas voltarem a ser
igrejas simples.
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