Sunday, January 14, 2018
Wednesday, January 10, 2018
CONSTATATAÇÕES SURPREENDENTES SOBRE OS SEM IGREJA
Eles não se contradizem.
Eles gostam muito de ter uma conversa com os que participam de uma
comunidade e frequentam a igreja regularmente.
Eles, na verdade, não estão afastados da igreja pelos
motivos que normalmente se pensa.
Eles são os sem igreja, ou sem comunidade religiosa. Acontece que muitos líderes e membros ativos da igreja têm percepções errôneas sobre eles, e aí as igrejas muitas vezes não conseguem alcançá-los, ou o que é pior, nem tentam ou
se importam em alcançá-los.
Em um dos estudos mais abrangentes já realizados em pesquisa
sobre os desigrejados, ou os afastados da igreja, a LifeWay Research, em parceria com o Billy Graham Center for
Evangelism em Wheaton, se pesquisou 2.000 americanos sem igreja. Eles definiram
como "sem igreja" alguém que não foi a nenhum tipo um serviço religioso
pelo prazo de no mínimo seis meses. A pesquisa é norte-americana, mas as
conclusões bem que se encaixam também na realidade brasileira.
Um terço dos entrevistados não eram brancos. O que também
faz sentido no Brasil, já que temos uma população negra bem grande, variando de
região para região. Os gêneros eram quase igualmente representados (53% do sexo
masculino) e quase metade tinham um diploma do ensino médio ou menos.
A maioria dos sem igrejas verdadeiramente tem uma base de
igreja, ou seja, nasceram em uma família religiosa e receberam as bases de sua
denominação, frequentaram educação cristã, na sua maioria. Ao contrário de
algumas percepções, a grande maioria dos sem igreja tem um contexto de igreja.
Quase dois terços deles (62 por cento) frequentaram a igreja regularmente como
uma criança.
A maioria das pessoas sem comunidade, ou sem igreja não
conseguiram abandonar completamente do hábito da sua congregação. Certamente, alguns
deles deixaram igrejas por razões negativas, mas isso não é verdade para a
maioria.
Um terço dos sem igreja faz planos de voltar à igreja no futuro.
Isso chama a atenção. Um em cada três americanos sem igreja está
realmente planejando voltar para a igreja, diz a pesquisa. Como seria esta questão no Brasil,
ou na IECLB, com aqueles que se afastaram. A pergunta é, sempre se a nossa
igreja está ativamente convidando aqueles que se afastaram, ou para a maioria
isto nem importa mais?
A pesquisa mostra que os sem igreja estão muito abertos a
uma conversa religiosa. Quase metade (47%) interagiria livremente em tal
conversa. Outro terço (31%) ouviria ativamente sem participar. Pausemos por um
momento. Olhe bem para esses números. Quase oito dos dez americanos sem igreja
receberiam uma conversa evangélica. No Brasil é a mesma coisa. Cada um dos
membros afastados da IECLB, ou de outra igreja, se questionados, uma boa parte
estaria aberta a uma conversa. Nos Estados Unidos a pesquisa mostrou também que
outros 12% discutiram isso com algum desconforto, e apenas 11% mudariam o
assunto o mais rápido possível. Não podemos usar a pobre desculpa de que os sem
igreja realmente não estão interessados em conversar sobre a sua relação com
a comunidade. Na realidade, são os membros da igreja que provavelmente não
estarão interessados em iniciar conversas evangélicas ou se engajar na busca
pelos afastados.
Se a gente convidasse, eles viriam. Uma vez uma comunidade
iniciou uma campanha para trazer membros afastados. A campanha foi chamada de
"Convide alguém." Na campanha notaram que entre os inexplorados, 55%
disseram que iriam à igreja se fossem convidados por um membro da família. E
51% disseram que participariam da igreja se forem convidados por um amigo ou
vizinho. Esses números são surpreendentes. As oportunidades são incríveis. O problema é que, muitas vezes, se espera do ministro ou da ministra esta tarefa.
É verdadeiramente uma oportunidade incrível.
Mas eu me pergunto quantas comunidades e paróquias aproveitariam esse momento
dado por Deus.
Thursday, January 04, 2018
Nota de Solidariedade do Sínodo Norte Catarinense à Marcondes Nambla
SNC 001/18 Joinville, 04 de Janeiro de 2018.
Nota de Solidariedade Marcondes Nambla
O Sínodo Norte Catarinense, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil,
manifesta sua solidariedade neste momento de dor com o povo Laklãnõ/Xokleng, pela morte
do professor Marcondes Nambla. Não podemos silenciar diante da brutalidade com que o
companheiro de caminhada Marcondes foi assassinado, nas primeiras horas de 2018,
enquanto ainda estávamos cantando pelas ruas e casa a saudação da paz. E o fato ocorre
justamente no dia de comemoração da Confraternização Universal pela Paz. Marcondes
marcou presença entre nós no COMIN, em reuniões no Centro de Eventos Rodeio 12 e em
tantos outros lugares, sempre partilhando propostas e alegrias. Sua voz não pode calar!
Marcondes era alguém que acreditava na convivência entre povos e entre diferentes.
Interromperam mais uma vida de forma brutal. Não bastava que seu povo foi expulso
da maior parte de seus territórios, mas também querem eliminar suas vidas.
Laklãnõ/Xokleng, estamos envergonhados pelo que vêm acontecendo na área do
Sínodo Norte Catarinense, em Santa Catarina e no Brasil. Ainda não conseguimos praticar o
que tantas vezes cantamos em nossas Comunidades, encontros entre povos:
Irá chegar um novo dia,
um novo céu,
uma terra, um novo mar.
E nesse dia os oprimidos
numa só voz
a liberdade irão cantar.
Na nova terra o negro não vai ter corrente,
os povos índios vão ser vistos como gente.
Na nova terra o negro, o índio e o mulato,
o branco e todos vão comer do mesmo prato.
(Apocalipse 21.3-4)
Em solidariedade e profundo pesar,
Pastor Sinodal Inácio Lemke
Sínodo Norte Catarinense
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