Wednesday, December 31, 2014
Wednesday, December 24, 2014
Thursday, December 18, 2014
Uma frase que Pastores e lideranças de Igreja odeiam ouvir.
No momento em que a ouvem se sentem serem diminuídas em todo o seu ser. Na hora em que as primeiras palavras são faladas, o destinatário se
sente suas emoções despencando. É a única frase que é uniformemente temido
por pastores e lideranças da igreja. Em geral, começa com estas
palavras:
"As pessoas estão dizendo isso. . . "
A frase completa poderia dizer; "As pessoas estão dizendo que
você não visitar o suficiente." Outro exemplo é: "As pessoas estão
dizendo que o nosso ministério infantil não está indo bem." Ou, mais um
exemplo é: "As pessoas estão dizendo que você não tem trabalhado muito .
"
A sentença pode especificar um grupo, mantendo o anonimato para as
pessoas: "Alguns anciãos não estão feliz com você" ou "Um monte de
gente não está feliz."
Você começa o ponto. Pode ser formulada uma série de maneiras, mas
o significado ainda é semelhante. "Pessoas" nunca é definido. O
verdadeiro reclamante nunca é identificado. É para os pastores e pastoras
uma das frases mais frustrantes e desmoralizantes que pessoalmente vão ouvir. Aqui
estão algumas razões para a frustração:
·
O reclamante não tem coragem de falar por si mesmo. Então, ele ou
ela se esconde por trás do véu enganador de "as pessoas estão
dizendo." Líderes em igrejas sabem que, quando queixosos não têm coragem
de falar por si mesmos, ou quando têm de se esconder atrás de anônimo
queixosos, que são causadores dos problemas.
·
O líder não tem recurso ou ação a ser tomado. Estes
queixosos nunca identificar a fonte ou fontes. Assim, o pastor ou o lideranças
não pode seguir-se e falar diretamente com os dissidentes. Ele ou ela fica
com uma queixa de que não pode ser resolvido devido ao anonimato.
·
O líder imediatamente questiona o motivo de o
reclamante. No momento em que o líder do ministério ouve essas palavras:
"As pessoas estão dizendo. . . ", Ele ou ela duvida da
credibilidade e do coração do reclamante. A abordagem é covarde; Assim,
é sempre visto através da lente de dúvida e frustração.
·
Esta abordagem é uma frustração dupla para o líder
do ministério. Em primeiro lugar, ele ou ela tem ouvido uma ou outra crítica. A
maioria dos líderes de ministérios têm de lidar com críticas muitas vezes. Em
segundo lugar, a ambiguidade da denúncia e a fonte da denúncia pode deixar um
líder se perguntando se o problema é realmente maior do que a realidade. Ele
ou ela pode desperdiçar uma grande quantidade de energia emocional em algo que
realmente não pode ser um negócio tão grande.
·
Críticas indiretas podem ser as críticas mais
dolorosas. A maioria dos líderes de ministério lidar melhor com alguém que é
direto e preciso em suas preocupações. Mas as críticas indiretas, tais
como "As pessoas estão dizendo. . . "Ou" eu te
amo pastor, mas. . . "Doem mais porque as ações covardes e
comportamento dissimulado são adicionados à própria crítica .
Como líder em uma igreja local e em outros lugares, eu cheguei ao ponto
onde eu não dava atenção tais críticas veladas. Eu tentei ser educado e
dizer: "Sinto muito, mas eu não posso ouvi-lo ainda mais, porque você não
vai me dar as fontes específicas das preocupações. Se você está disposto a
nomear essas pessoas especificamente ou, melhor ainda, levá-los a falar
diretamente comigo, vou ser feliz em ouvir as preocupações. "
Funcionou a minha abordagem? Francamente, eu não me lembro de
nenhum desses críticos que estão felizes com a minha resposta. Mas eu tive
que aprender que há certas pessoas em igrejas e outras organizações que têm o
dom espiritual de protestos e queixas. E eles vão exercer esse dom com
freqüência e com muito vigor.
Eu tenho que passar para aqueles que têm soluções positivas e
encorajadoras. A vida é curta demais para lidar com queixosos covardes.
Deixe-me saber o que você pensa sobre este assunto.
Traduzido de http://thomrainer.com/2014/12/17/one-sentence-pastors-church-staff-hate-hear/.
Thursday, December 11, 2014
Programa de rádio do dia 10 de dezembro de 2014
Wednesday, November 26, 2014
Saturday, November 22, 2014
Creio
Creio no Deus que não tem nome, que tudo criou.
Creio no Deus de todos os nomes, Iahweh, Elohim, El, Alah,
que a todos e tudo sempre amou.
Creio no Deus que em um nome se encarnou e neste nome seu
amor revelou.
Emanuel
– Deus conosco
Messiah
– Deus salvador
Jehoshuah
– Deus que luta as nossas lutas.
Creio no Deus que se faz presente na vida de todos os rostos
e nomes; João, José, Maria, Ana, Cláudia, Fernanda, Antônio, Armin....
Creio no Deus que está em todos os lugares e em todas as
coisas e acontecimentos; na igreja, no trabalho, no riso das crianças, no
sorriso aberto e franco, no canto do mendigo, no filhote de quero-quero
encolhido, com medo de mim.
Creio no Deus que esconde o seu rosto, ou se esconde, para
não se fazer presente na estupidez da guerra, na violência endêmica, na
exploração dos mais fracos, na injustiça aos que tem menos condições...
Creio no Deus que me leva na palma de sua mão e leva cada um
pela mão, quando estes e estas se encontram onde Deus se ausentou e virou o seu
rosto.
Com aquele
que está na guerra,
Com
aquele que sofre a violência,
Com
aquele que está doente,
Com
aquele que sofre injustiça,
Com
aquele que está sendo explorado,
Com
aquele que está em dor....
Com
aquele ou aquela que não consegue ver, nem sentir a presença de Deus.
Creio no Deus que é nada em todos, que é nada para todos,
pois ao mesmo tempo que é tudo em mim, me cuida, me protege, me leva pela mão,
me carrega, me deixa livre para ser eu mesmo e me faz responsável a partir do
amor que colocou em mim.
Wednesday, November 19, 2014
Programa de rádio de 19 de novembro de 2014.
Saturday, November 15, 2014
7 maneiras de prejudicar o seu Pastor
Pastores amam suas igrejas e seus membros. Eles estão
realmente empenhados em seus chamados. Mas eles são pessoas reais, que pode
realmente se machucar.
Se você realmente quer prejudicar o seu pastor, então este
artigo é para você.
Somente esta semana tive conversas com dezenas de pastores.
Esses pastores amam suas comunidades e paróquias e seus membros. Eles estão
realmente empenhados em seus chamados.
Mas pastores são pessoas reais, que podem realmente se
machucar ou serem machucadas!
Os pastores com quem falei na semana passada compartilharam
comigo sete temas comuns das coisas que os mais prejudicam ministros e
ministras pela maneira como são feitas.
Então, se você realmente quer prejudicar o seu pastor, siga estas
orientações cuidadosamente.
1. Criticar a família do pastor.
Poucas coisas são tão dolorosas para os ministros e
ministras como criticar suas famílias, especialmente se as críticas estão
relacionadas com questões na igreja.
2. Diga ao ministro que ele ou ela recebe demais.
Muito poucos pastores realmente ganham demais. Mas há um número de
membros da igreja que sempre gosta de fazer o pastor sentir mal sobre o sua
subsistência!
3. Não defender o pastor.
As críticas sem raiz podem ser prejudiciais. Mas ainda mais
doloroso são aqueles que permanecem em silêncio enquanto o pastor é atacado
verbalmente.
O silêncio não é de ouro, neste caso.
4. Informe o seu pastor o quanto é fácil o seu trabalho, ele não sabe
disto!
É realmente dolorido quando alguém sugere que o ministro ou
ministra trabalha somente algumas horas por semana, afinal é “só uns cultos no
final de semana”. Alguns realmente acreditam que os pastores têm vários dias
uma semana de folga.
5. Seja um crítico negativo constante.
Ministros e ministras normalmente podem lidar com a crítica
ocasional. Mas as relações verdadeiramente dolorosas são com os membros da
igreja que são constantemente negativos.
Como o membro sabe que foi vitorioso
nesta questão? O ministro ou ministra faz volta para não encontra-lo!
6. Faça comentários sobre os gastos do pastor.
Ouvi isso de um pastor na semana passada. Um membro da
igreja perguntou: "Como você pode dar ao luxo de ir à praia?" Sem
comentários!
7. Compare a atuação de seu ministro ou ministra desfavoravelmente em
relação a de outro pastor (preferencialmente de outra denominação!).
Muitas vezes, o membro quer que o ministro ou ministra saiba
o quanto ele ou ela gosta daquele “outro pastor” em comparação com você. Se
você realmente quer prejudicar o seu pastor, você precisa dar a ele ou ela a
certeza de que ele saiba o quanto é inferior.
Desta forma, se o objetivo da sua
vida é prejudicar o seu ministro ou ministra, uma ou mais dessas abordagens vai
funcionar muito bem.
Mas, se você for como a maioria dos
bons membros da igreja, você quer o melhor para o seu ministro ou ministra, então,
basta fazer o oposto destes sete.
E se você está preocupado que seu ministro
ou ministra não vai permanecer humilde, a menos que alguém coloca-lo no seu
lugar, não se preocupe. Haverá sempre uma abundância desses outros membros da
igreja ao redor.
Você se identifica com esses sete
itens? O que você acrescentaria?
Friday, September 19, 2014
Lutero e a obediência aos governantes.
Normalmente pensamos e vemos Lutero como o grande reformador
da igreja, a pessoa que mudou a maneira de ser igreja e de vivermos a fé.
Vemo-lo como aquele teólogo que redescobriu a graça de Deus e devolveu à
igreja. Quase não conseguimos ver Lutero como um reformador maior, que buscava
uma ampla reforma nas estruturas sociais e políticas de seu mundo.
A reforma não foi somente um anseio de Lutero para dentro da
igreja, mas uma necessidade que este via de serem feitas mudanças mais amplas
em toda a sociedade. Lutero ansiava por uma reforma na igreja e no mundo
secular. Muitos de seus documentos apontam para este caminho. Em 1520 escreveu
o Manifesto à Nobreza Cristã da Nação
Alemã, onde trata da separação dos dois reinos – Reino de Deus e Reino Secular
– e das responsabilidades dos governantes, também via uma reforma necessária no indivíduo
e em 1520 escreveu Da Liberdade Cristã. Em 1523 escreveu um direcionado principalmente
às Autoridades Seculares, tratando em até que ponto o povo lhes deve
obediência.
Na época da Reforma
os governantes não eram eleitos, estes tinham o direito hereditário, ou seja,
que nascia dentro de uma família nobre iria governar sobre área de domínio, seu
feudo. Ao povo aos não nobres, cabia obedecer. Os governantes carregavam para
si o direito divino e, baseados em Romanos 13, se permitiam de tudo, afinal, na
sua terra, eles eram o executivo, o legislativo e o judiciário.
Lutero, em 1526, escreve
ao príncipe da Saxônia e Turíngia sobre a atuação que seria possível , correta e
aconselhável de um nobre em seu feudo. O príncipe estava preocupado com sua
atuação e de que, havendo a separação dos dois reinos, como este poderia se
manter cristão atuando no âmbito secular.
Lutero explica que
os reinos não são excludentes, alguém está no reino secular, ou exerce função
neste, não está excluído do Reino de Deus. O universo pertence à Deus, e Deus
institui as autoridades seculares para executar a sua vontade neste âmbito de
Sua divindade.
A pessoa cristã está livre da lei, explica
Lutero, pois carrega dentro de si o amor de Deus e este prescinde da lei. A
pessoa cristã não precisa nem da lei nem de governantes que lhes guiem, já que,
guiados pelo amor de Deus, vivem o amor ao próximo, e isto até suas últimas
consequências. Porém muitas pessoas não seguem a fé e as pessoas
verdadeiramente cristãs são muito poucas. Além disto, toda pessoa cristã é ao
mesmo tempo justificada e pecadora.
Como muitos são
falsamente cristãos e os que não carregam o amor de Deus não vivem pelo amor e
graça de Deus se faz necessário uma autoridade que coloque ordem no mundo e faça
cumprir a vontade de Deus para todos. Assim Deus institui as autoridades à que
todos devem obediência, como Paulo nos escreve em romanos 13.1-7. Uma
autoridade do reino secular deve usar a lei para fazer cumprir a vontade de
Deus.
Lutero lembra os
príncipes de que estes também se encontram sob a lei secular e sob a lei de
Deus. Se nobre ou plebeu foi instituídos como governante é para cumprir a
vontade suprema de Deus de vida digna e plena para todas as pessoas, cristãs ou
não, conforme está no evangelho de João 10.10. As autoridades são instituídas
pelo próprio Deus, ao povo cabe obedece-las.
Quando uma
autoridade é colocada acima das leis e não obedece a vontade de Deus, então
esta deixa de o ser instituída por Deus. Como pode alguém executar a lei e a
vontade de Deus quando se coloca acima dela? Então o povo pode e deve confrontar
esta autoridade, desde que o faça a partir das leis e da vontade de Deus.
Ainda hoje estes
escritos são revolucionários, tanto para o povo do Reino de Deus, como para as
nossas autoridades instituídas, pelo voto ou por indicação. Às pessoas cristãs
cabe seguir a suprema vontade de Deus e o amor, aos outros cabe fazer cumprir a
lei.
LUTHER,
Martin. SECULAR AUTHORITY: TO WHAT
EXTENT IT SHOULD BE OBEYED. http://ollc.org/wp-content/uploads/2013/11/Secular-Authority-To-What-Extent-It-Should-Be-Obeyed.pdf
Tuesday, September 09, 2014
7 maneiras de ferir o seu
Pastor
Pastores amam suas igrejas e seus membros. Eles
estão realmente comprometidos com os seus chamados. Mas eles são pessoas
reais, que pode realmente ser ferido.
Se você realmente
quer prejudicar o seu pastor, então este artigo é para você.
Esta semana passada
sozinha teve conversas com dezenas de pastores. Esses pastores amam suas
igrejas e seus membros. Eles estão realmente comprometidos com os seus
chamados.
Mas eles são
pessoas reais, que pode realmente ser feridos.
Os pastores com
quem falei na semana passada compartilharam comigo sete temas comuns das coisas
que os mais prejudicam os pastores em seu trabalho.
Então,
se você realmente quer ferir o seu pastor, siga estas orientações
cuidadosamente.
1.
Criticar a família do pastor.
Poucas coisas são
tão dolorosas para os pastores como criticar suas famílias, especialmente se as
críticas estão relacionadas com questões na igreja.
2.
Diga ao pastor que ele está ganhando demais e que a culpa do orçamento da paróquia
ser alto é do pastor e sua subsistência.
Muito poucos
pastores fazem muito dinheiro na igreja e não são da IECLB. Mas há um
número de membros da igreja que gostaria de fazer o pastor se sentir mal sobre
a sua subsistência.
3.
Não defender o pastor.
As críticas podem
ser prejudiciais. Mas ainda mais dolorosas são aquelas pessoas que
permanecem em silêncio enquanto seu pastor é atacado verbalmente.
O silêncio não é ouro,
neste caso.
4.
Deixe claro para o pastor que seu trabalho é muito fácil.
Realmente machuca o
pastor quando pessoas acham que o pastor só faz o culto e de sua comunidade e
trabalha apenas algumas horinhas. Alguns realmente acreditam que os pastores
têm vários dias de folga na semana e marcam reuniões exatamente no que seria o
dia de folga do pastor, afinal, para estes, o pastor está sempre de folga!
5.
Seja um crítico negativo constante.
Pastores
normalmente conseguem lidar com a crítica ocasional. Mas as relações
verdadeiramente dolorosas são com os membros da igreja que são constantemente
negativos e só veem coisas ruins no pastor e na comunidade.
Como você sabe que
você teria sucesso no assunto para o qual você levanta a crítica? O pastor
procura sempre buscar o outro lado nas questões com relação a você.
6.
Fazer comentários sobre os gastos do pastor.
Ouvi isso de um
pastor na semana passada. Um membro da igreja perguntou: "Como você
pode se dar ao luxo de ir ao Beto Carrero?" Uau.
7.
Compare pregação e do ministério de seu pastor desfavoravelmente ao de outro
pastor, principalmente do pastor antecessor.
Muitas vezes, o
membro quer que você saiba o quanto ele ou ela gosta que pastor da outra paróquia
comparado a você. Se você realmente quer prejudicar o seu pastor, você precisa
ter certeza de que ele sabe o quanto inferior que ele é.
Assim, se o
objetivo da sua vida é prejudicar o seu pastor, uma ou mais dessas abordagens
vai funcionar muito bem.
Mas, se você for como a maioria dos bons membros da
igreja, você quer o melhor para o seu pastor. Então, basta fazer o oposto
destes sete passos.
E se você está
preocupado que seu pastor não vai permanecer humilde, a menos que alguém
coloca-lo no seu lugar, não se preocupe. Haverá sempre uma abundância
desses outros membros da igreja ao redor.
Friday, September 05, 2014
O exercício da fé cidadã - Carta aberta da presidência da IECLB
Porto Alegre, 04 de setembro de 2014
Eleições 2014
O exercício da fé cidadã
O povo brasileiro experimenta um período democrático duradouro. Ao longo de várias
décadas ele vem tendo a oportunidade para se manifestar e expressar a sua opinião por
ocasião da eleição de pessoas para funções nos níveis municipal, estadual e federal. No mês
de outubro deste ano, milhões de brasileiros e de brasileiras irão se dirigir às urnas com o
objetivo de eleger representantes para os legislativos e executivos estaduais e federais.
O cenário eleitoral mostra que essa rotina está permeada por sentimentos contraditórios.
Observa-se, de um lado, entusiasmo e grande paixão. De outro lado, verifica-se um desânimo
em setores significativos da sociedade. Apesar das mudanças e das melhorias acontecidas em
diversas áreas, podem ser elencados problemas e dificuldades que perduram.
A consolidação de uma rotina eleitoral, sinal de amadurecimento da democracia, por sua vez,
também desperta certa frustração com o sistema político brasileiro. O nível de informação
sobre a realidade cresce em meio à população e a democracia representativa parece não
dar conta das dificuldades que perduram.
O descrédito para com a classe política e a fragilidade dos processos decisórios fazem crescer
a vontade de uma maior participação cidadã nas decisões que envolvem projetos,
investimentos e gestões públicas. As pessoas querem sair da sua posição de expectadoras e
desejam uma intervenção mais decidida na formulação, implementação e fiscalização de
políticas públicas. Surge a consciência de que democracia é mais do que o simples exercício
do voto a cada dois ou quatro anos. Emerge a perspectiva de que a cidadania diz respeito à
participação e ao envolvimento político no cotidiano da vida.
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) está envolvida com o processo
político brasileiro. Ao longo das três últimas décadas, emitiu cartas pastorais, posicionamentos e
declarações sobre temas da realidade brasileira. Com toda clareza a Igreja evita separar a fé
e a política, ainda que as distinga. Com muita convicção ela afirma a dignidade da vocação
política e a reconhece como um chamado a serviço do povo com vistas à promoção da
justiça, da paz e da fraternidade.
A partir da teologia luterana, entende-se que Deus tem o Estado como instrumento de ação no
mundo. Deus coloca a seu serviço governos e instituições, independente de sua orientação
religiosa. Mesmo que ao longo do tempo tenha havido uma mudança nas estruturas políticas e
em sua representação, o Estado torna-se insubstituível. A sua superação dar-se-á somente
quando a lei estiver inscrita no coração das pessoas (Ezequiel 36.26s) e quando Deus habitar no
meio do seu povo (Apocalipse 21.3s).
A IECLB faz parte da tradição protestante que se empenha pela separação de religião e
Estado. Preconiza a defesa do Estado laico. A IECLB incentiva sempre a participação em
partidos políticos como canais institucionais que expressam valores e ideologias presentes na
sociedade brasileira. Condena vícios nefastos presentes na cultura política brasileira. Dentre
eles, destaca-se o clientelismo, o coronelismo e a defesa de interesses meramente corporativos
e pessoais. Por isso, para a IECLB, o assédio às pessoas identificadas com a fé evangélica por
parte de candidatos/as e a tentativa de transformá-las em um curral eleitoral representam um
grande desserviço à democracia.
A IECLB evita a tentação de exercer qualquer tipo de tutela sobre os seus membros. Ela não tem candidatos próprios por uma questão de princípio: ela não é partido político! A partir do Evangelho, as pessoas, ao mesmo tempo cidadãs e membros da Igreja, têm uma profunda liberdade para agir responsavelmente na sociedade e no mundo. Nenhuma pessoa pode ser coagida a agir contra a sua consciência. Nenhuma liderança eclesiástica pode impor qualquer candidatura ou proposta político-partidária. Deve, isso sim, incentivar a reflexão sobre valores e princípios a serem considerados nas escolhas políticas.
Com base nessa visão, torna-se condenável o uso e abuso de símbolos religiosos ou mesmo o nome de Deus como forma de sensibilização para ganhar o voto das pessoas. Para a teologia luterana, Deus fica descartado como cabo eleitoral e nenhuma candidatura pode arvorar-se como preferida de Deus. O uso do nome de Deus para mascarar interesses particulares torna-se uma ofensa a Seu nome. A defesa de interesses pessoais e corporativos, inclusive de igrejas, representa uma forma de egoísmo grupal. Pisoteia o valor sublime da política que se caracteriza pela dedicação ao bem comum, pela defesa da dignidade humana e pela transformação da sociedade.
A partir da liberdade proporcionada por Cristo, as pessoas evangélico-luteranas chamam a si a prerrogativa da crítica e do questionamento às instituições quando estas não estiverem a serviço da justiça, da paz e da integridade da criação. Pessoas evangélico-luteranas não voltarão as costas para a política quando regimes e governos estiverem prestando um desserviço à sociedade. Contribuirão, isso sim, para a sua reforma, seu redirecionamento, sua transformação ou sua substituição segundo os propósitos de Deus.
No ano em que a IECLB celebra seus 190 anos de história e tem como tema ”viDas em comunhão”, o processo eleitoral torna-se uma oportunidade para fortalecer vias que promovam a “paz da cidade”. Em meio à efervescência eleitoral, os membros das comunidades são chamados para o exercício da fé cidadã de forma responsável, evitando (sobretudo nos debates nas redes sociais) linguagens generalizantes de uma crítica fácil e superficial. Igualmente, todas as pessoas são conclamadas para o exame cuidadoso dos históricos de vida das candidaturas, das suas trajetórias políticas, dos seus programas, dos seus compromissos assumidos e a discernir o projeto a ser apoiado à luz dos valores evangélicos.
Exercitemos, pois, a cidadania que brota da fé! Participemos da vida política como resposta à vocação de Deus! Oremos a Deus para que a civilidade, a paz, a justiça, a harmonia, a liberdade, a democracia se tornem realidade pelos vínculos baseados no respeito, no diálogo, na gratidão, na partilha e na diaconia!
Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7).
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente
Eleições 2014
O exercício da fé cidadã
O povo brasileiro experimenta um período democrático duradouro. Ao longo de várias
décadas ele vem tendo a oportunidade para se manifestar e expressar a sua opinião por
ocasião da eleição de pessoas para funções nos níveis municipal, estadual e federal. No mês
de outubro deste ano, milhões de brasileiros e de brasileiras irão se dirigir às urnas com o
objetivo de eleger representantes para os legislativos e executivos estaduais e federais.
O cenário eleitoral mostra que essa rotina está permeada por sentimentos contraditórios.
Observa-se, de um lado, entusiasmo e grande paixão. De outro lado, verifica-se um desânimo
em setores significativos da sociedade. Apesar das mudanças e das melhorias acontecidas em
diversas áreas, podem ser elencados problemas e dificuldades que perduram.
A consolidação de uma rotina eleitoral, sinal de amadurecimento da democracia, por sua vez,
também desperta certa frustração com o sistema político brasileiro. O nível de informação
sobre a realidade cresce em meio à população e a democracia representativa parece não
dar conta das dificuldades que perduram.
O descrédito para com a classe política e a fragilidade dos processos decisórios fazem crescer
a vontade de uma maior participação cidadã nas decisões que envolvem projetos,
investimentos e gestões públicas. As pessoas querem sair da sua posição de expectadoras e
desejam uma intervenção mais decidida na formulação, implementação e fiscalização de
políticas públicas. Surge a consciência de que democracia é mais do que o simples exercício
do voto a cada dois ou quatro anos. Emerge a perspectiva de que a cidadania diz respeito à
participação e ao envolvimento político no cotidiano da vida.
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) está envolvida com o processo
político brasileiro. Ao longo das três últimas décadas, emitiu cartas pastorais, posicionamentos e
declarações sobre temas da realidade brasileira. Com toda clareza a Igreja evita separar a fé
e a política, ainda que as distinga. Com muita convicção ela afirma a dignidade da vocação
política e a reconhece como um chamado a serviço do povo com vistas à promoção da
justiça, da paz e da fraternidade.
A partir da teologia luterana, entende-se que Deus tem o Estado como instrumento de ação no
mundo. Deus coloca a seu serviço governos e instituições, independente de sua orientação
religiosa. Mesmo que ao longo do tempo tenha havido uma mudança nas estruturas políticas e
em sua representação, o Estado torna-se insubstituível. A sua superação dar-se-á somente
quando a lei estiver inscrita no coração das pessoas (Ezequiel 36.26s) e quando Deus habitar no
meio do seu povo (Apocalipse 21.3s).
A IECLB faz parte da tradição protestante que se empenha pela separação de religião e
Estado. Preconiza a defesa do Estado laico. A IECLB incentiva sempre a participação em
partidos políticos como canais institucionais que expressam valores e ideologias presentes na
sociedade brasileira. Condena vícios nefastos presentes na cultura política brasileira. Dentre
eles, destaca-se o clientelismo, o coronelismo e a defesa de interesses meramente corporativos
e pessoais. Por isso, para a IECLB, o assédio às pessoas identificadas com a fé evangélica por
parte de candidatos/as e a tentativa de transformá-las em um curral eleitoral representam um
grande desserviço à democracia.
A IECLB evita a tentação de exercer qualquer tipo de tutela sobre os seus membros. Ela não tem candidatos próprios por uma questão de princípio: ela não é partido político! A partir do Evangelho, as pessoas, ao mesmo tempo cidadãs e membros da Igreja, têm uma profunda liberdade para agir responsavelmente na sociedade e no mundo. Nenhuma pessoa pode ser coagida a agir contra a sua consciência. Nenhuma liderança eclesiástica pode impor qualquer candidatura ou proposta político-partidária. Deve, isso sim, incentivar a reflexão sobre valores e princípios a serem considerados nas escolhas políticas.
Com base nessa visão, torna-se condenável o uso e abuso de símbolos religiosos ou mesmo o nome de Deus como forma de sensibilização para ganhar o voto das pessoas. Para a teologia luterana, Deus fica descartado como cabo eleitoral e nenhuma candidatura pode arvorar-se como preferida de Deus. O uso do nome de Deus para mascarar interesses particulares torna-se uma ofensa a Seu nome. A defesa de interesses pessoais e corporativos, inclusive de igrejas, representa uma forma de egoísmo grupal. Pisoteia o valor sublime da política que se caracteriza pela dedicação ao bem comum, pela defesa da dignidade humana e pela transformação da sociedade.
A partir da liberdade proporcionada por Cristo, as pessoas evangélico-luteranas chamam a si a prerrogativa da crítica e do questionamento às instituições quando estas não estiverem a serviço da justiça, da paz e da integridade da criação. Pessoas evangélico-luteranas não voltarão as costas para a política quando regimes e governos estiverem prestando um desserviço à sociedade. Contribuirão, isso sim, para a sua reforma, seu redirecionamento, sua transformação ou sua substituição segundo os propósitos de Deus.
No ano em que a IECLB celebra seus 190 anos de história e tem como tema ”viDas em comunhão”, o processo eleitoral torna-se uma oportunidade para fortalecer vias que promovam a “paz da cidade”. Em meio à efervescência eleitoral, os membros das comunidades são chamados para o exercício da fé cidadã de forma responsável, evitando (sobretudo nos debates nas redes sociais) linguagens generalizantes de uma crítica fácil e superficial. Igualmente, todas as pessoas são conclamadas para o exame cuidadoso dos históricos de vida das candidaturas, das suas trajetórias políticas, dos seus programas, dos seus compromissos assumidos e a discernir o projeto a ser apoiado à luz dos valores evangélicos.
Exercitemos, pois, a cidadania que brota da fé! Participemos da vida política como resposta à vocação de Deus! Oremos a Deus para que a civilidade, a paz, a justiça, a harmonia, a liberdade, a democracia se tornem realidade pelos vínculos baseados no respeito, no diálogo, na gratidão, na partilha e na diaconia!
Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7).
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente
Sunday, August 17, 2014
Twipar: Tiraram o Balde de Esmolas do Mendigo, Mas o Que A...
Twipar: Tiraram o Balde de Esmolas do Mendigo, Mas o Que A...: Infelizmente o mundo em que vivemos não é nada justo, algumas pessoas possuem muito e outras não possuem absolutamente nada ou então possuem...
Friday, August 01, 2014
Encontro Internacional entre representantes das Igrejas Luteranas
Qual o papel e contribuição da Igreja na sociedade para promover justiça e paz? Esta perguntou orientou o diálogo e reflexão de 27 participantes de 24 países representando diversas igrejas luteranas na MissionEineWelt em Neuendettelsau, Alemanha. A MissionEineWelt é uma instituição missionária ligada à Igreja Luterana na Alemanha, que desde 1853 envia pastores e pastoras a diversas partes do mundo para colaborarem na missão da Igreja. No Brasil, por exemplo, pastores foram enviados no século 19 para auxiliar na organização das primeiras comunidades luteranas que deram origem a IECLB. Em outras partes do mundo, o foco da missão foi compartilhar o evangelho entre povos não cristãos. Na medida em que pessoas se interessavam pela mensagem de Jesus e sua proposta de vida, surgiam igrejas luteranas na África, Ásia e Ilhas do Pacífico.
Na atualidade a MissionEineWelt mantém trabalhos de parcerias com as igrejas luteranas ao redor do mundo, inclusive sediando o encontro internacional entre representantes destas igrejas para focarem num tema específico na perspectiva da teologia luterana. Sobre o tema deste ano, o papel da Igreja na sociedade para promover a justiça e a paz, o grupo leu um dos escritos de Martinho Lutero endereçado às autoridades de sua época. Percebeu-se neste e noutras escritos o quanto Lutero era uma figura pública, engajado em orientar as autoridades e ao povo em geral nos valores evangélicos que promovem a boa e justa convivência entre as pessoas. Destacaram-se tanto as qualidades quanto as limitações do pensamento e prática de Lutero como pessoa pública. Por exemplo, como homem de sua época, Lutero escreveu contra o povo judeu por não aceitar Jesus como o Messias prometido. Posteriormente, este escrito foi utilizado pelo regime nazista na Alemanha para alimentar o ódio ao povo judeu. Por outro lado, Lutero chamou as autoridades à responsabilidade para governar tendo em vista não aos interesses pessoais de acumular riquezas e desfrutar uma boa vida, mas sim atender ao bem da população. Exercer um cargo político, portanto, é um chamado para servir a sociedade em nome de Cristo.
Na reflexão, o grupo também considerou épocas posteriores na vida da Igreja na Alemanha. Por exemplo, quando o partido nazista chegou ao poder, pessoas e comunidades cristãs estavam divididas quanto ao apoio que deveriam dar ao governo nazista e ao chamado para pegar as armas e construir através da guerra uma nova Alemanha. A reflexão incluiu a visita ao campo de concentração e trabalho escravo em Buchenwald, onde em certos momentos durante a Segunda Guerra Mundial a média de mortes por doenças, fome e maus-tratos era de 250 pessoas por dia. O grupo também visitou cidades onde Lutero viveu e exerceu sua liderança para reformar a igreja, contando com um vasto grupo de pessoas colaborando tanto no pensar como no agir.
A reflexão e diálogo do grupo sempre levavam em conta os contextos específicos das igrejas luteranas ao redor do mundo. O que se percebeu é que, como comunidade e igreja luterana, existem muitas formas diferentes de se viver a fé. Os problemas locais definem o foco e perspectiva da missão. Na Tanzânia, por exemplo, o papel público da Igreja em promover a justiça e a paz precisa incluir o diálogo e o respeito entre as comunidades cristãs e islâmicas, para que haja uma boa e fraterna convivência no país, livre de conflitos armados que geram dor e morte. No Brasil, a IECLB faz muito tempo que também está engajada nas questões de justiça e paz. Especificamente neste ano a IECLB e suas comunidades estão focadas no papel e missão da Igreja na cidade. Com a urbanização do Brasil e crescimento das cidades, o potencial para conflitos e violência entre vizinhos e moradores nas cidades aumentou. O que significa ser Igreja na cidade é a pergunta que questiona o nosso pensar e agir como pessoas e comunidades cristãs. Importante lembrar que comunidades da IECLB do interior também são influenciadas pela cultura urbana.
Qual o papel e contribuição da Igreja na sociedade para promover justiça e paz? Deus através do profeta Jeremias nos dá uma pista e orientação para nosso testemunho e missão: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7).
Pastor Armin Andreas Hollas – Paróquia de Rio das Antas, SC
Pastor Ms. Alexander Roberto Busch, Paróquia Badenfurt, Blumenau, SC
Pastor Ms. Alexander Roberto Busch, Paróquia Badenfurt, Blumenau, SC
Tuesday, July 08, 2014
2° dia, visita a cidade de Neuendettelsau
Visitas à cidade e os pontos históricos da cidade, que se misturam com o mission EineWelt e o Diakonie.
Pastor Löwen veio a este lugar, que era muito pobre e tinha apenas choupanas e começou a entidade de diaconia e as comunidade St. Nikola e St. Lorentz. Em torno da diaconia a cidade se desenvolveu e as igrejas serviram de ponto união da população. Mais tarde se criou também uma escola para a formação de missionários para atuar na Alemanha e nos novos continentes.
Durante a II Guerra o governo nazista, em uma prática de eugenia, tirou mais de mil internos, pessoas com deficiência, e as eliminou. Para estas foi construído o monumento do "Bom Pastor", junto à igreja St. Lorentz.
Com a morte do P. Löwen sua casa foi transformada em casa de formação para missionários, a semente do Mission EineWelt.
A Diakonie, hoje, emprega mais de mil pessoas na cidade e mais de 60.000 em toda a Alemanha. Apesar disto são poucas as mulheres que ainda abraçam a diaconia, seja pelo celibato, seja por motivos econômicos. A entidade foi criada para abrigar mulheres e dar elas educação e formação, mas enquanto lá estivessem tinham de manter o celibato, o que se tornou norma na organização. Como hoje as relações familiares e de casamento tem mudado, bem como o acesso das mulheres à formação, a entidade perdeu este espaço. O trabalho com pessoas com deficiência é o forte da entidade em toda a Alemanha. Estes trabalhos são mantidos hoje com verba governamental (não é o imposto da igreja) - Pensando no Brasil, onde uma oposição quer diminuir as verbas sociais cada vez mais, acabar com a APAE, por exemplo.
Estas entidades são tão importantes na cidade que a Rosa de Lutero é parte do Brasão da cidade. A fé que moveu para a mudança de toda uma realidade de pobreza no final da idade média. Uma fé isolada da realidade, sem buscar paz e justiça nesta realidade, não é fé, é fuga. Neuendettelsau é um exemplo de como a fé, mesmo que de um só, pode modificar toda uma realidade.
Pastor Löwen veio a este lugar, que era muito pobre e tinha apenas choupanas e começou a entidade de diaconia e as comunidade St. Nikola e St. Lorentz. Em torno da diaconia a cidade se desenvolveu e as igrejas serviram de ponto união da população. Mais tarde se criou também uma escola para a formação de missionários para atuar na Alemanha e nos novos continentes.
Durante a II Guerra o governo nazista, em uma prática de eugenia, tirou mais de mil internos, pessoas com deficiência, e as eliminou. Para estas foi construído o monumento do "Bom Pastor", junto à igreja St. Lorentz.
Com a morte do P. Löwen sua casa foi transformada em casa de formação para missionários, a semente do Mission EineWelt.
A Diakonie, hoje, emprega mais de mil pessoas na cidade e mais de 60.000 em toda a Alemanha. Apesar disto são poucas as mulheres que ainda abraçam a diaconia, seja pelo celibato, seja por motivos econômicos. A entidade foi criada para abrigar mulheres e dar elas educação e formação, mas enquanto lá estivessem tinham de manter o celibato, o que se tornou norma na organização. Como hoje as relações familiares e de casamento tem mudado, bem como o acesso das mulheres à formação, a entidade perdeu este espaço. O trabalho com pessoas com deficiência é o forte da entidade em toda a Alemanha. Estes trabalhos são mantidos hoje com verba governamental (não é o imposto da igreja) - Pensando no Brasil, onde uma oposição quer diminuir as verbas sociais cada vez mais, acabar com a APAE, por exemplo.
Estas entidades são tão importantes na cidade que a Rosa de Lutero é parte do Brasão da cidade. A fé que moveu para a mudança de toda uma realidade de pobreza no final da idade média. Uma fé isolada da realidade, sem buscar paz e justiça nesta realidade, não é fé, é fuga. Neuendettelsau é um exemplo de como a fé, mesmo que de um só, pode modificar toda uma realidade.
Monday, July 07, 2014
Seminário Summer School - Neuendettelsau
1° dia – 7 de julho de 2014
O dia iniciou com meditação juntamente com o grupo
australiano. Nos apresentaram os trabalhos do Mission EineWelt no mundo todo.
A história da Mission EineWelt que se mistura com a Diakonie Neuendettelsau.
Todo ano a entidade faz um Summer School tendo por base algum tópico da
teologia luterana e reúne participantes de todos os países onde há atuação
desta entidade.
Nas apresentações do grupo denotamos não somente diferenças
culturais, mas também de níveis teológicos, com mestres, bispos pastores e
leigos, níveis e sotaques de inglês, e
níveis profissionais. Um grupo bem heterogêneo também geograficamente.
Asiáticos da China, Índia, Coreia, Singapura, Nepal, Japão, Hong-Kong e
Malásia; Oceânicos da Austrália, Ilhas Fiji, Samoa, Austrália e Papua Nova
Guiné; Africanos do Quênia, Tanzânia, Moçambique, Nigéria, Serra Leoa, Libéria
e Congo; e Latino-americanos do Brasil, Guatemala, Colômbia e El Salvador.
O seminário se torna atrativo pela perspectiva de partilha
de experiências e trabalhos das diferentes igrejas em diferentes realidades
sociais, políticas e econômicas. Poder descobrir como diferentes igrejas, em
diferentes contextos trabalham a teologia luterana e de como esta teologia
influencia a sociedade e a atuação da comunidade na realidade em que os membros
vivem.
A separação dos dois reinos, secular e espiritual, ou a
obediência à autoridade secular na teologia luterana será a linha de orientação
das palestrar e debates no seminário.
Já pudemos perceber como Deus trabalha no contrário, ou na
contramão da sociedade. Pelos posicionamentos fortes e firmes das igrejas
luteranas no mundo, a partir de sua fé e de sua confissão estas apresentam uma
subversão da ordem vigente. A teologia luterana, desde a reforma, tem sido
importante nas mudanças de posicionamentos de seus membros, a partir da fé e da
confessionalidade.
Friday, July 04, 2014
A caminho
“De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra
cantar um novo hino, de unidade amor e paz.”
Estar a caminho faz parte da vida cristã. O apóstolo Paulo
diz, “Irmãos, não penso que eu mesmo já o
tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que
ficaram para trás e avançando para as que estão adiante prossigo para o
alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13-14)
Estar a caminho é a certeza que já se saiu do ponto de
partida, com o olho na meta, mas sabendo que ainda não se está lá. Tem muita
coisa para fazer, a gente até faz uma lista para não se esquecer de nada. O que
levar? Será que não é muito peso? Será que estou fazendo tudo o que preciso? Temos
muitos preparativos a fazer antes de começar a viajem e muitos cuidados durante
a viajem. Também como cristãos temos nossa lista e nossas inseguranças. O que
carregamos nas nossas malas muitas vezes é pesado demais. Ou então queremos
levar conosco tudo e todos. Viajamos pela vida com alvo ao Reino de Deus e
estamos num misto de preparo para e já estar a caminho.
Temos cuidados a tomar e listas a seguir, mas o alvo já está
garantido, como uma passagem que se nos foi dada, com todas as garantias. Mesmo
sabendo que a passagem é garantida a gente não se contém, tem de verificar e
certificar várias vezes. Ah! Como nós nos sentimos inseguros em nossa salvação!
Vivemos na certeza de que esta já nos foi alcançada por Cristo, mas precisamos
de garantias. Não nos damos conta que a não é completar a lista que vai nos
levar ao alvo, mas a passagem que já foi comprada. Ainda assim nos angustiamos,
verificamos, corremos, preparamos..... ufa!!! Acabamos por não aproveitar a
viajem de tão concentrados nos preparativos.
De repente nos damos contas que nem a viajem depende de nós.
Tem a esposa que leva até a rodoviária. Tem o motorista do ônibus que o conduz
com calma. Tem os pilotos e comissários de bordo, que cuidam de cada detalhe. A
nós resta aproveitar. Ao mesmo tempo cuidar dos companheiros de viajem: da
senhora idosa, sentada do outro lado do corredor, que não consegue puxar a
cortina, pois o sol incomoda; a senhora grávida, que não consegue alcançar o
compartimento de bagagem, pois sua condição complica; o senhor que nunca viajou
de avião e se sente desconfortável. No caminho tem pessoas que precisam da
nossa atenção e cuidado. Não precisamos nos importar com a viajem, podemos
aproveitar e ao mesmo tempo cuidar uns dos outros.
Na viajem temos muitas baldeações e paradas. Na casa do
colega de viajem um tempo, em aeroportos outros tempos, até que, finalmente,
nos encontramos no destino. A vida também é cheia de paradas, baldeações e
mudanças. Mudamos rotas, mudamos paradas, umas mais curtas outras mais longas,
mas continuamos prosseguindo, até alcançarmos o nosso destino.
A vida, sempre se disse, é uma grande viajem, mas nos
esquecemos de trata-la como tal. Vamos aproveitar o passeio, fazendo o que
precisamos, mas aproveitando, na certeza de que Jesus já nos preparou um lugar
e a passagem já está paga.
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também
em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:1-6
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:1-6
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