Wednesday, November 25, 2015

Programa de 25 de novembro de 2015

Monday, November 23, 2015

Cinco tipos de críticos na Igreja

Todos os pastores e outros líderes da igreja têm seus críticos ou recebem críticas. Nenhum líder, nenhum ministro ou ministra na igreja pode escapar do veneno de críticas que se fazem. De fato, um dos grandes desafios que ministros e ministras têm no ministério é lidar com os muitos críticos.
Os ministros e ministras não são funcionários da paróquia, ainda que muitos quisessem assim. Nos últimos anos, devido haver ministros e ministras “sobrando” na IECLB, as paróquias passaram a tratar os ministros e as ministras de uma forma estranha, como se estes fossem um peso, nunca uma bênção. Aí surgiram muitas críticas sempre.
Embora a dor de uma crítica não possa ser removida, ela talvez possa ser trabalhada de forma construtiva. Uma maneira de lidar com o problema é fazer canalizar esforços para que todos possam entender a mentalidade do crítico. Ao fazê-lo, os líderes da igreja, ministros e ministras, podem responder de forma redentora e pastoralmente. Então eu quero mostrar cinco tipos de críticos que existem em nossas paróquias queridas da IECLB.
1. A crítica construtiva. Esta pessoa realmente quer o que é melhor para o ministro ou ministra e para a igreja. Ele ou ela não tem um problema pessoal ou vingança. A maioria tem orado sobre a falar com você ou escrever-lhe antes de enfrentar você. A melhor resposta é para ouvir, discernir e, se necessário, fazer alterações. O desafio pastoral é que muitas vezes fica muito difícil discernir a voz das palavras construtivas na cacofonia de outras críticas destrutivas e sem sentido.


2. O crítico negligente. Esta pessoa faz um comentário improvisado e não pensa muito nisso. Ele não percebe que suas palavras possam realmente ter machucado você. Ele realmente não estava fazendo da questão um assunto pessoal. Na minha própria posição de liderança, eu fiz comentários críticos que eu não sabia que podiam ser tão  dolorosos. E eu nunca teria conhecido meu erro a menos que outros tivessem me dito. É provável que, se você deixar que esses críticos saberem de sua mágoa, eles estarão ao mesmo tempo surpreso e cheio de remorsos.

3. O crítico  a partir da mágoa. A dor é generalizada em nosso mundo, e os membros da igreja não estão isentos desse tormento. A partir de sua dor, estes críticos muitas vezes lançar-se contra ministros e ministras em momentos de profunda frustração e raiva. Infelizmente, os ministros e ministras são muitas vezes os alvos mais visíveis e mais convenientes para a dor de um crítico com raiva. Se os ministros e ministras puderem discernir essa mentalidade desses críticos, eles devem ter uma dupla resposta. Primeiro, eles não devem tomar as críticas pessoalmente. Em segundo lugar, eles devem fazer todos os esforços para responder com compaixão, preocupação e amor.
4. O crítico pecaminoso. Sim, todos são pecadores. Mas existem alguns membros da Igreja que vivem em um estado constatnte de pecado rebelde e impenitente. Suas críticas são tentativas de deflexão. Eles se recusam a enfrentar os seus próprios caminhos rebeldes, então eles tentam fazer o ministro ou a ministra se sentirem como se estes fossem os culpados de tudo de ruim que acontece na comunidade ou paróquia. Se um ministro ou ministra sabe sobre o pecado sem arrependimento na vida de um membro da igreja, ele deve confrontá-lo sobre ele. Infelizmente, os ministros e ministras, na maioria das vezes, não têm como saber estes fatos nos momentos em que são criticados. Na maioria das vezes também a crítica é feita em local  e hora impróprias e qualquer contestação do ministro ou ministras pode virar bate-boca.


5. O crítico de auto-serviço. Esta crítica está tendo um acesso de raiva mal disfarçada e mal intencionada, porque o crítico não está percebendo o seu caminho como algum problema na igreja. Ele não gosta da música como é tocada no culto. Ele não aprova o orçamento votada da paróquia. Alguém mudou a "sua" ordem de serviço ou o “seu” jeito de fazer as coisas, ou a “sua” vontade. Então, ele dá uma bronca no ministro u na ministra porque o ministro ou a ministra é o líder que acatou a opinião da maioria ou aceitou as  mudanças e foi contra a vontade dele ou dela. Esses críticos são, de muitas maneiras, os mais desafiadores. 
Ministros, ministras e outros líderes da igreja se ajudarão muito mais se considerarem duas principais maneiras de lidar com os críticos. 
1.   Em primeiro lugar, perceber que a crítica é inevitável. Qualquer pessoa em uma posição de liderança irá enfrentar críticas. Lidar com ela em espírito de oração e corajosamente, mas aceitá-la como uma parte de sua liderança que nunca vai embora.
2.   Em segundo lugar, fazer todos os esforços para discernir o tipo de crítica com quem você está lidando. Em muitos casos, as críticas irão beneficiar a sua vida e seu ministério. Em outros casos, você pode ter a oportunidade de lidar com a crítica de uma maneira pastoral e redentora.
Todas as críticas são venenosas, pelo menos para a maioria de nós. Mas nem todas as críticas são ruins para nós. De fato, em muitos casos, a nossa liderança e ministério pode ser mais eficaz se lidar com os críticos de maneiras mais redentores. 

Monday, November 16, 2015

MAR DE LAMA: O ECOSSISTEMA DO RIO DOCE PEDE SOCORRO






Temos vivido um turbilhão de acontecimentos a cada ano que passa: O terremoto devastador no Haiti (2010). As enchentes e catástrofes no Espírito Santo (2013). A onda de refugiados que busca acolhida na Europa, devido às guerras e o terrorismo. Os desmandos na política brasileira e o lava-jato. Os atentados terroristas pela África e Europa (recentemente na França, com atentados descentralizados que levou à morte mais de 120 pessoas). A perseguição e decapitação de cristãos em países islâmicos e, atualmente, a crise hídrica no Espírito Santo e outros Estados do País.
No Espírito Santo é sintomático o sofrimento da agricultura com a falta d’água. Rios secando, queimadas em grande porte, vegetação e animais aquáticos e terrestres morrendo. Difícil contabilizar os prejuízos no ecossistema, especialmente na agricultura, com a perda das lavouras de cafés e outras plantações, seguida pelo endividamento das pessoas.
O Rio Doce (5ª maior bacia hidrográfica brasileira) vem enfrentando uma das piores secas dos últimos 70 anos. Além do assoreamento, ainda em setembro/2015, foi registrado uma lâmina d’água de 10 cm de profundidade em alguns pontos (Agência Nacional de Águas). Como se não bastasse a falta de chuvas, perplexos vemos sendo dizimada o que restou da biodiversidade castigada, devido uma das maiores tragédias ecológicas que nos abate.
O rompimento das barragens de dejetos de minério de Fundão e Santarém, ocorridas em Mariana/MG, pertencente à mineradora Samarco (empresa da Vale e da mineradora anglo-australiana BHP Billinton), jogaram em torno de 25 mil piscinas olímpicas de lama no Rio Doce. Esta lama, que retirou o vilarejo de Bento Rodrigues/MG do mapa, ceifando algumas vidas, vem descendo por vários municípios de Minas Gerais até o Espírito Santo.
Na bacia do Rio Doce, todo o ecossistema (vegetação, animais) que a lama encontra pelo caminho é sufocado e dizimado (Análises se contradizem, alguns dizem que a água lamacenta contém areia e óxido de ferro, outros sugerem a presença de mercúrio, alumínio, ferro, chumbo, boro, bário, cobre, entre outros). Com isso, ficou comprometido o abastecimento de água de mais de meio milhão de pessoas das cidades de Governador Valadares, Baixo Guandu, Colatina, Linhares e pequenos povoados adjacentes. Em Colatina, vemos pessoas desesperadas estocando água. O comércio explorando na venda de água mineral. Helicópteros voando a toda hora. A presença do exército, carros-pipas e caixas d’águas em prontidão. À margem do Rio Doce, a operação “Arca de Noé” já entrou em ação para salvar algumas espécimes de peixes.
Segundo informações de alguns órgãos ambientais, pode-se estender por um período de 100 anos a recuperação do Rio Doce. As empresas envolvidas fizeram declarações de solidariedade e propuseram ações para mitigar o impacto do desastre, mas pouco convincentes e esperançosas. Ações ocorrem ao lado de pressões, multas e sanções judiciais e governamentais ou através das mobilizações sociais e organizacionais. Até então, a Samarco não apresentou um plano nitidamente esclarecedor e emergencial a respeito da salvaguarda da vida do rio que tranquilize as populações envolvidas. Enquanto isso, a lama vem seguindo o seu curso.
A degradação do ambiente, o desrespeito à vida do ecossistema e as consequentes catástrofes, veem da insensatez e da sede pelo poder do ser humano. Na corrida pelo lucro, não há constrangimento e espaço para consternação ao ver um amontoado de lama destruindo casas e vidas. São escassas as lágrimas num coração corrompido pela ambição, mesmo diante da extinção da fauna aquática que tem sido sufocada pela crosta de lama. Para uma multinacional, o que chorar diante de um rio que está morrendo ou diante de peixes e variados animais saindo da água para tentar sobreviver? Por isso, urge cantar: Kyrie Eleison.
O que lhes importa é exaurir todos os recursos da vida, custe o que custar. Isso é o que experimentamos na insensibilidade humana, que nunca se cansa em esgotar todos os recursos naturais do planeta, destruindo-o desordenadamente. Essa insensibilidade também experimentamos, tanto agora nesta catástrofe no Rio Doce, como também na extração de granito que se dissemina no Espírito Santo.
Enquanto a tragédia segue, nas redes sociais, o fanatismo fala de punição divina e sinais do fim do mundo. Isso é fruto de uma visão fundamentalista e apática de pessoas que sempre optam pelo conformismo e em omitir-se diante da responsabilidade frente à degradação da natureza. O fanatismo esquece que somos cuidadores da criação. Todo dano e catástrofe são frutos da ganância humana. Somos culpados diante de Deus quando retiramos da criação o direito de vida. Teremos que explicar a Deus os nossos atos, pois destruir a vida é pecado.
O ser humano, ao invés de colocar-se ao lado da criação, para cuida-la, acha-se superior a ela. Ao separar-se da criação, ele a desvaloriza, iludindo-se que pode usar e explorar dos seus recursos naturais como achar necessário. A destruição da criação leva-nos à beira da extinção humana. A natureza não é um bem separado da humanidade, somos dependentes do ecossistema. Sem ele, não há como sobreviver. Quem se separa e descuida da criação, afasta-se também de Deus.
É preciso encarar os alertas da natureza com sobriedade. Não podemos continuar explorando da criação se não aprendemos a cuidar dela. Claro, é preciso que confiemos na ação de Deus. Este mundo é conduzido pelo seu amor. Mas também sejamos responsáveis pela manutenção da vida ecológica. Pois somos todos chamados por Deus ao pleno cuidado e preservação dos recursos naturais ofertados pela sua criação. “Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora”. (Romanos 8.22).
Paróquia de Colatina, Novembro/2015
P. Luciano Ribeiro Camuzi

Friday, November 13, 2015

Eu sou um pastor grato.

Lucas 10.1-12


Eu admito que eu chego à desanimar às vezes. E eu admito que, como pastor,  eu posso ficar frustrado, desanimado  e cansado também, pra não dizer coisa pior. Quando ouvimos que o pastor (e a pastora) recebem demais pelo que eles fazem.

Mas eu tenho tantas outras coisas para as quais eu sou grato. Há tantos membros da igreja que me trazem alegria e encorajamento.

Então eu sou um pastor grato.

Sou grato pelos membros da igreja com uma grande atitude, que me incentiva, que ora por mim, e tem um sorriso pronto para mim.

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato por cada membro da igreja que vem  aos cultos  toda semana. Membros que tem a sua Bíblia aberta e seu coração aberto para ouvir a Palavra de Deus proclamada do púlpito e no convívio com os outros membros.

Eu sou um pastor grato.

Sou grato por aquela  senhora idosa que está em um grupo da OASE e no grupo de estudo da Bíblia a cada semana. Ela gosta de estudar a Palavra de Deus em comunhão com os outros.

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato pela jovem mãe que serve na igreja com alegria e empenho. Ela está ocupada, e sua família que vem em primeiro lugar, mas ela acha tempo para sua igreja também.

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato por cada caro homem que vive seus anos de aposentadoria compartilhando o seu tempo e o evangelho, seja em palavras seja em ações, onde quer que ele esteja. Ele é uma testemunha em palavras e atos.


Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato por cada mãe solteira que contribui com liberlidade. Eu sei que ela tem que esticar seus trocados, mas ela confia em Deus é generoso e contribui sem hesitação.

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato por cada pessoa de negócios que foi tentado a abandonar a igreja, mas não o fez. Por cada um que já foi ferido por outros membros da igreja, mas escolheu perdoar e ficar e lutar por sua comunidade.

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato pelo o jovem que se mantém na comunidade, depois da confirmação, no grupo de jovens, no auxílio à comunidade. Este jovem que se comprometeu com Deus, para se tornar uma parte verdadeiramente funcional do corpo de Cristo. Sua mudança é evidente

Eu sou um pastor grato.

Eu sou grato por aquela  senhora que veio em meu escritório para me dizer que tinha comprometido a sua vida em fazer a diferença neste mundo de Deus através de sua igreja. Em pouco tempo, ela tocou inúmeras vidas, mostrando o evangelho com atitudes.

Na verdade, eu sou um pastor grato.

Eu poderia incidir sobre os tempos difíceis e os críticos, e sobre críticas doloridas feitas aos pastores, e às vezes eu faço. Mas eu tenho muito pelo que para ser grato, tantos membros da igreja que nos abençoam, a mim e à Francine, semana após semana.

Nós somos dois pastores gratos.

E eu agradeço a você,  Meu Deus, por me deixar servir a tua grande igreja.