É algo que me deixa muito triste.
As comunidades que vão reduzindo seu número de membros, ficando cada vez
mais velhas, esvaziando-se até não conseguir mais se manter como comunidade.
Então, vira ponto de pregação, depois, fecha as portas.
Outra igreja fechada. Esta, no século passado, tinha um potencial
inacreditável. Na verdade, teve seus próprios "dias de glória",
mas foi no século passado, na geração passada. Há 20 anos, poucos teriam
predito o fechamento desta igreja. Hoje, é apenas mais uma estatística no
cemitério eclesiástico.
Eu sei. Não podemos comprometer a doutrina. Eu sei. Nunca
devemos dizer que mudaremos a Palavra de Deus.
Mas muitas de nossas comunidades devem mudar. Ou as comunidades mudam no
seu jeito ou elas vão definhar até acabar.
Eu chamo essas comunidades de "igreja em urgência". O tempo é
essencial. Se as mudanças não acontecerem em breve, muito em breve, essas comunidades
morrerão. O ritmo da morte de comunidades e de paróquias em situação
complicada, financeiramente e espiritualmente, está acelerando.
Quais são, então, algumas das principais mudanças que as comunidades e
paróquias precisariam fazer? Para começo de conversa um alerta justo. Nenhuma
mudança é fácil. Na verdade, eles só são possíveis no poder de Deus e com
a força do Espírito Santo. Aqui eu, humildemente, penso em nove destas
mudanças:
1. Devemos parar de
lamentar a morte do cristianismo
cultural. Esses lamentos não
nos fazem bem. O crescimento fácil simplesmente não é uma realidade para
muitas igrejas, principalmente se somos cuidadosos com a confessionalidade e
com a reta pregação da palavra e dos sacramentos. As pessoas já não vêm a
uma igreja porque acreditam que devem fazê-lo para serem culturalmente aceitos. A
próxima vez que um membro da igreja disser: "Eles sabem onde estamos; Eles
podem vir aqui se quiserem ", é melhor chamar a atenção. A “Grande Comissão” dada por Jesus é
sobre ir; Não é "vinde a mim!".
2. Precisamos deixar
de ver a igreja como um lugar de conforto e estabilidade em meio à rápida
mudança. Certamente, a verdade de Deus é imutável e Sua Palavra muito mais. Portanto,
devemos encontrar conforto e estabilidade é nessa realidade. Mas não pense
para sua comunidade e paróquia para não mudar
métodos, abordagens e tradições humanas. Na verdade, precisamos aprender a
nos sentir desconfortáveis no mundo se quisermos fazer a diferença. "Nós
nunca fizemos isso dessa maneira antes", esta é uma declaração de morte.
3. Devemos abandonar a
mentalidade de direito. A comunidade e paróquia não é um
clube onde a gente paga a contribuição para obter suas regalias e privilégios. É
um posto avançado do evangelho onde todos devem se colocar em último lugar e todos devem colaborar no trabalho. Não
estamos lá só para chegar no caminho, que é Jesus, com a música e o louvor, a
espiritualidade calorosa e a duração dos sermões do pastor. Aqui está uma
diretriz simples: Precisamos aprender a estar dispostos a morrer por causa do
evangelho. Isso é o oposto da mentalidade de direito.
4. Temos de começar a fazer. A maioria de nós
gosta mais da ideia de evangelismo do que gostar de fazer evangelismo. Tente
uma simples oração e peça a Deus que lhe dê oportunidades de evangelizar. Você
pode se surpreender como Ele irá usá-lo.
5. Devemos parar de
usar palavras bíblicas de formas não bíblicas. "Discipulado"
não significa cuidar. A camaradagem, comunhão e amizade na comunidade não
significa entretenimento.
6. Devemos parar de
nos concentrar em menores. Satanás deve se deleitar quando uma
igreja passa seis meses discutindo sobre uma mudança de estatuto, sobre pontos
no orçamento, sobre a troca do carro paroquial e por aí em diante. São, na
maioria das vezes, tempos de negligência do evangelho.
7. Devemos parar de
atirar na nossa própria igreja. Esta tragédia está relacionada com a
mentalidade de direito. Se não conseguirmos as coisas do nosso jeito então
temo de atacar alguém. Iremos atrás do pastor, do membro da diretoria ou do
membro da igreja que tem uma perspectiva diferente da nossa. Vamos mesmo ir
atrás de suas famílias. Não deixe os valentões e os críticos perpétuos
controlarem a igreja. Também somos muito bons em falar mal de nossa denominação
para os outros, luteranos muito mais. Paremos de atirar pedras na nossa
comunidade ou paróquia. Isso não é fogo amigável e só leva à destruição.
8. Devemos parar de
perder tempo em reuniões improdutivas, que parecem comitês e sessões de
negócios. Não seria bom se cada membro da igreja só pudesse fazer uma pergunta ou
fazer um comentário em uma assembleia para cada vez que ele ou ela compartilhou
sua fé na semana passada? Uma pergunta somente para cada vez que colaborou para
o crescimento e a evangelização?
9. Devemos nos tornar
casas de oração. Dito de forma simples, estamos fazendo muito por
nosso próprio poder e vontades. Estamos realmente ocupados, mas não
estamos fazendo a vontade de Deus.
Cerca de 200 igrejas vão fechar no mundo esta semana, talvez mais. Aqui
em Rio das Antas temos uma fechada no centro da cidade. O ritmo acelerará cada
vez mais, a menos que nossas comunidades façam algumas mudanças dramáticas. A
necessidade é urgente.
Escutem bem, líderes da igreja, ministros, ministras e leigos e membros
da igreja. Para muitas de nossas comunidades e paróquias a escolha é
simples: mudar ou desaparecer.
O tempo está se esgotando. Por favor, pelo bem do evangelho, entreguemo-nos
à vontade de Deus e faça, os as mudanças no poder de Deus.
Para quem se interessar, tem um site só com fotos de igrejas abandonadas no Brasil. http://www.lugaresesquecidos.com.br/2012/04/igrejas-e-capelas-abandonadas-pelo.html
Quero cumprimentar o autor pela reflexão ousada, mas "pé no chão". E assino embaixo. Na maioria das vezes, as ditas "igrejas históricas" ou "de raízes", se tornaram clubes ou guetos culturais, difíceis de romper.... faço parte deste modelito eclesiástico e me aflijo. Nos propomos a levar Cristo para todos, mas temos tantos cadeados, tantas fechaduras.... tantas barreiras....
ReplyDeleteconfiança em Deus e projeto de edificação de comunidade é, no meu entender, o caminho. Projeto focado em evangelismo, discipulado, serviço em amor, justiça comunitária e cuidado com a criação.....embora para algumas comunidade seja tarde demais pois os recursos humanos se esgotaram, muitas outras comunidades poderiam ser reavivadas se levarem mais a sério sua nova identidade em Cristo Jesus. Paz
ReplyDelete