O tempo de renovar o TAM – Termo de Atividade Ministerial – é uma época
estressante e extenuante para ministros e ministras, pois paira sobre estes o
fantasma da não renovação e a necessidade de busca de outro Campo de Atividade
Ministerial em até noventa dias.
Isso já aconteceu com colegas, e não uma só vez.
Lembro do que um colega pastor me relatou; o presbitério pediu sua
renúncia, pois o TAM não seria renovado. O motivo? Ninguém estava
realmente claro sobre isso, mas uma das questões levantadas era a financeira. O
melhor que posso discernir é a mudança, ou o ritmo da mudança.
Existem paróquias e comunidades que, de forma despreocupada, são
referidas entre ministros e ministras como uma "paróquia devoradora de
ministros". Nos encontros de ministros e ministras, nas conferencias
ministeriais se refere figurativamente de que paróquias devoram ministros e
ministras e tornam o ministério ordenado um fardo terrível. E isto
acontece muito.
Devo deixar bem claro: A culpa não é sempre dos presbitérios e dos
membros das paróquias. Tem muitos ministros e ministras que não são, de
maneira alguma, perfeitos, e muitos fizeram algumas coisas que fazem por
merecer o pedido dos presbitérios – algumas coisas realmente difíceis de
engolir, mas isto não é o caso que quero levantar. Esse, infelizmente, não
é o caso da grande maioria das situações conflituosas entre ministros,
ministras e presbitérios de paróquias que são trazidas à discussão de colegas
nos diversos encontros.
Declarado simplesmente, muitos pastores estão sendo demitidos por quem
manda. E a falta de vagas na IECLB faz sobrar ministros e ministras
fazendo com que a ameaça de ser mandado embora no final do TAM coloque mais
stress ainda sobre a questão. Muitos estão sendo simplesmente desligados.
Então, por favor, lideranças da igreja, considerem minhas palavras antes
de não renovar o TAM de seu ministro ou ministra. Respire profundamente,
medite calmamente e veja se alguma das questões que levanto não são pertinentes.
1. Orem com muito
fervor sobre a questão. Vocês estão prestes a tomar uma
decisão que moldará sua paróquia, o ministro e a família do ministro nos
próximos anos. Certifiquem-se de terem orado e orado e orado sobre essa
decisão.
2. Compreenda
plenamente a consequência para sua paróquia. Uma paróquia fica
marcada toda vez que trata mal seu ministro ou ministra. Acontece de
membros saírem. Os membros em potencial acabam ficam longe. A moral das
comunidades acaba sendo dizimada. A paróquia acaba tendo que passar por um
período prolongado de cura, onde não há remédio externo, mas apenas feridas
abertas a serem curadas.
3. Ouça outras
vozes. Muitas vezes, os presbitérios, diáconos ou anciãos decidem se livrar de
um ministro ou ministra porque escutam algumas lideranças
descontentes. Conheço uma paróquia que mandou o ministro embora antes do
período de renovação do TAM por que alguns membros do presbitério não gostavam
dele. E eles nunca pediram para ouvir o lado do pastor da história ou
ouviram os representantes do Campo de Atividade Ministerial onde este atuava.
4. Considere em como
ficará a reputação da paróquia na sociedade – também como ficará a reputação entre os ministros e ministras. Você está prestes a
receber o rótulo: "A igreja que demitiu seu pastor". Essa será sua
identidade por muito tempo e ao publicar a vaga esta será a primeira coisa que
virá a mente dos possíveis candidatos.
5. Procure mediação
para os conflitos. Existem algumas fontes de mediação muito boas
disponíveis, como o Conselho Sinodal, a Comissão Jurídica Doutrinária, o Pastor
Sinodal, ou, presbitérios de paróquias próximas. Por que não, pelo menos,
dar uma chance antes de tomar uma decisão precipitada e muitas vezes
desinformada?
6. Deixe seu ministro
ou ministra saber o porquê. Olhe para o número três
novamente. Essa paróquia nunca disse ao pastor por que ele estava sendo
demitido. A sério. Acho que é difícil explicar que a diretoria do
presbitério e o orquestraram um golpe de sucesso. Estou impressionado com
quantos ministros e ministras não sabem por que o TAM não será renovado. Isso
não é semelhante a Cristo.
7. Considere um plano
de transição. Outra paróquia abordou sua situação com maior sabedoria e ação
cristã. Eles compartilhavam com tristeza o pastor de que a química não
estava funcionando entre ele e muitas partes da congregação. Mas, ao invés
de manda-lo embora, verificaram junto um planejamento para encaminhar a
situação. Quando todos assumem seus fardos e falhas é que se descobre
igreja.
8. Seja generoso. Entrementes se sua paróquia
tomar a decisão de não renovar o TAM de seu ministro ou ministra, seja generoso
e cuidadoso. Não trate seu pastor como uma empresa secular trata um
empregado. Mostre a compaixão e generosidade do mundo cristão, dando o
devido tempo para a família ministerial se adequar à situação.
As cessões forçadas de TAM
de ministros e ministras são, infelizmente, comuns. Considere estes oito
pensamentos antes de sua paróquia tomar uma decisão tão séria e dolorosa.
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