SEIS PRINCIPAIS TRAÇOS DAS IGREJAS DEVORADORAS DE
MINISTÉRIOS.
Paróquias devoradoras de ministérios? Isto existe?
Eu nunca tinha pensado algo assim até que eu me tornei um
pastor e vi a agonia de muitos colegas – e também já vivi esta agonia.
Enquanto eu estava servindo como pastor em uma paróquia, um
representante do comitê de eleição de outra paróquia me chamou. Ela queria
saber se eu de, em espírito de oração, considerar vir à sua igreja.
Imediatamente após a chamada, como a maioria dos ministros e
ministras faz, eu fiz contato com um
amigo que serviu como pastor em uma paróquia vizinha. O que ele sabia sobre a
outra paróquia em seu sínodo, uma paróquia vizinha? Suas palavras foram, pelo
menos na época, estranhas e enigmáticas para mim.
"Nem pense nisso. Essa é uma paróquia de destruidora de
ministérios. "
Com o tempo eu descobri o que ele queria dizer. Uma paróquia
devoradora de ministérios tem uma série de ministros e ministras de muito curto
prazo, raramente renovam o TAM e os pastores que partem têm poucas palavras
positivas a dizer sobre eles. Como meu amigo pastor observou: "Aquela
igreja te comerá vivo."
Tendo 25 anos de pastorado, em quatro sínodos, com muitas
conferencias ministeriais, eu aprendi muito sobre as paróquias devoradoras de
ministérios. Vi colegas abandonarem o ministério, enfartarem antes dos 50 anos,
morrerem de câncer, lúpus, esclerose ou entrarem num divórcio, tudo isso muito
acima da média. Na maioria das vezes, eles podem ser descritos com seis traços
principais:
1. Seus pastores não ficam por muito tempo. Essas paróquias
dificilmente conhecem seus pastores antes de irem embora. Alguns pastores saem
voluntariamente, mas infelizes. Outros se sentem coagidos a sair. E muitos são
demitidos.
2. A igreja tem agressores e grupos de poder.
Aqueles bullies e membros do grupo de poder vêem seus papéis como primeiramente
para fiscalizar o pastor no seu ministério e dirigir o seu trabalho, dizendo
como deve fazê-lo. Quando o pastor se recusa, é hora de fazer o pastor seguir
em frente. Muitas vezes, o grupo de força é conectado a uma única família ou a
um grupo de trabalho de uma comunidade.
3.
A paróquia está em perpétuo conflito, seja entre
grupos, seja entre comunidades. Mesmo os que não congregam ou são membros da
paróquia ou comunidade sabem sobre os seus conflitos. As reuniões de negócios
da paróquia se tornam zonas de guerra. Pastores muitas vezes acabam sucumbindo
debaixo de fogo inimigo e fogo amigável.
4.
A paróquia tem expectativas não-bíblicas para o
seu pastor. Pastores são bem-vindos para permanecer enquanto eles forem
oniscientes, onipresentes e onipotentes, mas se eles não conseguem fazer uma só
visita, ou não estiverem o tempo todo visitando, seu tempo acabou.
5.
A igreja não acredita que os pastores devem ser
devidamente compensados, aliás, de preferência ele deve trabalhar
voluntariamente, sem receber nada. Eu realmente ouvi uma forma desta citação
direta pelo menos uma dúzia de vezes: "Se pagarmos ao nosso pastor o
mínimo possível, isso vai ensinar-lhe humildade." Claro, é óbvio, que o
orador dessas palavras tão bem colocadas não tinha a mínima intenção de
praticar a mesma humildade. Aliás, pastor não faz voto de pobreza na ordenação.
6.
A família do pastor não é apoiada. Eu tive essa
conversa com um pastor um dia. Ele disse: "Eu tive que deixar a paróquia
porque não se importavam com minha família. Se minha esposa não aparecesse quando
eles exigiram que ela fizesse, eles falaram sobre ela incessantemente. Muitas
vezes até atrapalharam seu emprego. E eles tinham expectativas de meus filhos
que eles nunca esperam de seus próprios. "
Eu bem sei. Pastores também não são perfeitos. Mas este post
não é realmente sobre pastores. É sobre aquelas paróquias que acabam por trocar
seus pastores no final do 1° Termo de três anos.
Eles são chamados paróquias devoradoras de ministérios.
Muitas dessas igrejas vão acabar tendo dificuldade em encontrar pastores logo,
logo.
Eu até imagino porque.
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