Friday, October 27, 2017

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Thursday, October 26, 2017

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Saturday, October 07, 2017

CINCO PASTORES DIFÍCEIS DE SUCEDER

"Esse não é o jeito como o Pastor Balbach faria isso".

Para o membro da igreja que falou, isso pode ter o significado de quem quer ajudar, mas suas palavras calaram fundo o novo pastor, parecendo uma crítica bem destrutiva. Afinal, ele tinha estado naquela paróquia por apenas três meses, e ele já havia ouvido essa frase expressa mais de uma dúzia de vezes e de mais diferentes maneiras.

Ele sabia que ele estaria sempre à sombra de uma lenda, de um fantasma. Ele não tinha idéia de quão grande seria essa sombra e de quantas “viúvas” o antigo pastor tinha deixado.

Existem várias situações na sucessão de pastores que as deixam muitas vezes bem mais difíceis do que outras situações. Em 25 anos de ministério eu ouvi isto em minhas próprias paróquias e ouvi de colegas. Quero colocar cinco situações mais comuns:

1.       O pastor de longo prazo. Se um pastor anterior esteve na igreja dez ou mais anos, você pode ter certeza de que o pastor atual ouvirá muitas comparações. Todo pastor traz uma nova cultura para a igreja. Muitas vezes, os membros da igreja precisam se ajustar.

2.       O pastor que divide a paróquia. Este pastor saiu da paróquia com muita raiva. Talvez o pastor tenha sido mandado embora pelo conselho paroquial ou tenha ficado irado com algo que aconteceu na igreja. Em vez de buscar outro Campo de Atividade Ministerial antes que as coisas se tornem muito difíceis, o ministro decide, junto com a parte do CAM que o apóia, criar uma nova paróquia. Muitos membros da paróquia seguem e apoiam este ministro. Quando o novo ministro chega, ele precisa lidar com comunidades e membros doloridos e irritados. Alguns membros realmente irão se dividir em família ao escolher lados. Não é uma situação divertida para liderar.

3.       O pastor com falha moral. Quando há uma falha moral pastoral, os membros da igreja ficam feridos. Alguns ficam com muita raiva. Muitos dos membros de comunidades, devido a fatos acontecidos, não sabem se podem confiar em um ministro novamente. O novo ministro começa em uma situação muito difícil. Ele agora tem que lidar os pecados de seu antecessor.

4.       O pastor omnipresente. Este pastor pareceu visitar todos os membros todos os meses. Ele estava em todas as casas. Ele participou de todos os eventos, comemorações festas e aniversários. Ele visitou o hospital dúzias de vezes por dia. Ele aconselhou as pessoas todos os dias. Ele foi até a funerais e casamentos que ele não oficiou. Ele era um super pastor. Exceto para sua família sofreu muito. Exceto que a paróquia sofreu porque ele nunca negava nada, nem sabia dizer não. Na verdade ele apenas gostava, o precisava, muito da atenção. E agora os membros que se sentem abandonados por aquele “Super-Pastor”, querem saber por que o novo ministro não os está visitando em suas casas nove dias por semana, 31 dias por mês.

5.       O pastor bom de oratória. O pastor anterior poderia pregar com excelência aparentemente incomparável. Seus sermões e prédicas eram lendárias. Os membros iam ao culto só para ouvir as suas palavras que eram tão reconfortantes, e saiam do culto enlevadas. As comparações são freqüentes e não são lisonjeiras para o novo ministro. Seus sermões e prédicas são bem preparados, mas “não é a mesma coisa!”

Essas situações parecem familiares a alguns pastores? Já aconteceram na tua comunidade e paróquia?

Precisamos nos lembrar, seja como membro de comunidade, seja como ministro ou ministra, que a nossa identidade está em Cristo e que a razão de ser igreja está em servir, a Deus e ao próximo.

Por isso precisamos estar confortáveis em como Deus nos faz e se conecta conosco.

Na verdade, nós não temos nada a provar no jogo de comparação entre ministros e comunidades. Cada qual tem sua característica própria e seu estilo próprio. A identidade de uma pessoa ou comunidade não pode ser imposta sobre a outra.

Perseverar, perseverar, e perseverar na palavra de Deus, na vontade de Deus e no amor de Deus é o que deve nos mover.

Para ministros e ministras precisamos lembrar que este tempo de lidar com o passado desaparecerá em novas oportunidades que farão com que os membros olhem para o futuro com entusiasmo e antecipação, principalmente quando todos se unem e compartilham da tarefa dada por Cristo:
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei; que dessa mesma maneira tenhais amor uns para com os outros.” João 13.34


Traduzido e adaptado de http://thomrainer.com/2017/10/five-difficult-pastors-follow/