Tuesday, July 08, 2014

2° dia, visita a cidade de Neuendettelsau

Visitas à cidade e os pontos históricos da cidade, que se misturam com o mission EineWelt e o Diakonie.

Pastor Löwen veio a este lugar, que era muito pobre e tinha apenas choupanas e começou a entidade de diaconia e as comunidade St. Nikola e St. Lorentz. Em torno da diaconia a cidade se desenvolveu e as igrejas serviram de ponto união da população. Mais tarde se criou também uma escola para a formação de missionários para atuar na Alemanha e nos novos continentes.

Durante a II Guerra o governo nazista, em uma prática de eugenia, tirou mais de mil internos, pessoas com deficiência, e as eliminou. Para estas foi construído o monumento do "Bom Pastor", junto à igreja St. Lorentz.

Com a morte do P. Löwen sua casa foi transformada em casa de formação para missionários, a semente do Mission EineWelt.

A Diakonie, hoje, emprega mais de mil pessoas na cidade e mais de 60.000 em toda a Alemanha. Apesar disto são poucas as mulheres que ainda abraçam a diaconia, seja pelo celibato, seja por motivos econômicos. A entidade foi criada para abrigar mulheres e dar elas educação e formação, mas enquanto lá estivessem tinham de manter o celibato, o que se tornou norma na organização. Como hoje as relações familiares e de casamento tem mudado, bem como o acesso das mulheres à formação, a entidade perdeu este espaço. O trabalho com pessoas com deficiência é o forte da entidade em toda a Alemanha. Estes trabalhos são mantidos hoje com verba governamental (não é o imposto da igreja) - Pensando no Brasil, onde uma oposição quer diminuir as verbas sociais cada vez mais, acabar com a APAE, por exemplo.

Estas entidades são tão importantes na cidade que a Rosa de Lutero é parte do Brasão da cidade. A fé que moveu para a mudança de toda uma realidade de pobreza no final da idade média. Uma fé isolada da realidade, sem buscar paz e justiça nesta realidade, não é fé, é fuga. Neuendettelsau é um exemplo de como a fé, mesmo que de um só, pode modificar toda uma realidade.







Monday, July 07, 2014

Seminário Summer School - Neuendettelsau



Seminário  





1° dia – 7 de julho de 2014

O dia iniciou com meditação juntamente com o grupo australiano. Nos apresentaram os trabalhos do Mission EineWelt no mundo todo. A história da Mission EineWelt que se mistura com a Diakonie Neuendettelsau. Todo ano a entidade faz um Summer School tendo por base algum tópico da teologia luterana e reúne participantes de todos os países onde há atuação desta entidade.

Nas apresentações do grupo denotamos não somente diferenças culturais, mas também de níveis teológicos, com mestres, bispos pastores e leigos, níveis e sotaques de inglês,  e níveis profissionais. Um grupo bem heterogêneo também geograficamente. Asiáticos da China, Índia, Coreia, Singapura, Nepal, Japão, Hong-Kong e Malásia; Oceânicos da Austrália, Ilhas Fiji, Samoa, Austrália e Papua Nova Guiné; Africanos do Quênia, Tanzânia, Moçambique, Nigéria, Serra Leoa, Libéria e Congo; e Latino-americanos do Brasil, Guatemala, Colômbia e El Salvador.

O seminário se torna atrativo pela perspectiva de partilha de experiências e trabalhos das diferentes igrejas em diferentes realidades sociais, políticas e econômicas. Poder descobrir como diferentes igrejas, em diferentes contextos trabalham a teologia luterana e de como esta teologia influencia a sociedade e a atuação da comunidade na realidade em que os membros vivem.

A separação dos dois reinos, secular e espiritual, ou a obediência à autoridade secular na teologia luterana será a linha de orientação das palestrar e debates no seminário.

Já pudemos perceber como Deus trabalha no contrário, ou na contramão da sociedade. Pelos posicionamentos fortes e firmes das igrejas luteranas no mundo, a partir de sua fé e de sua confissão estas apresentam uma subversão da ordem vigente. A teologia luterana, desde a reforma, tem sido importante nas mudanças de posicionamentos de seus membros, a partir da fé e da confessionalidade.

Friday, July 04, 2014

A caminho


“De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino, de unidade amor e paz.”
Estar a caminho faz parte da vida cristã. O apóstolo Paulo diz, “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.13-14)
Estar a caminho é a certeza que já se saiu do ponto de partida, com o olho na meta, mas sabendo que ainda não se está lá. Tem muita coisa para fazer, a gente até faz uma lista para não se esquecer de nada. O que levar? Será que não é muito peso? Será que estou fazendo tudo o que preciso? Temos muitos preparativos a fazer antes de começar a viajem e muitos cuidados durante a viajem. Também como cristãos temos nossa lista e nossas inseguranças. O que carregamos nas nossas malas muitas vezes é pesado demais. Ou então queremos levar conosco tudo e todos. Viajamos pela vida com alvo ao Reino de Deus e estamos num misto de preparo para e já estar a caminho.
Temos cuidados a tomar e listas a seguir, mas o alvo já está garantido, como uma passagem que se nos foi dada, com todas as garantias. Mesmo sabendo que a passagem é garantida a gente não se contém, tem de verificar e certificar várias vezes. Ah! Como nós nos sentimos inseguros em nossa salvação! Vivemos na certeza de que esta já nos foi alcançada por Cristo, mas precisamos de garantias. Não nos damos conta que a não é completar a lista que vai nos levar ao alvo, mas a passagem que já foi comprada. Ainda assim nos angustiamos, verificamos, corremos, preparamos..... ufa!!! Acabamos por não aproveitar a viajem de tão concentrados nos preparativos.
De repente nos damos contas que nem a viajem depende de nós. Tem a esposa que leva até a rodoviária. Tem o motorista do ônibus que o conduz com calma. Tem os pilotos e comissários de bordo, que cuidam de cada detalhe. A nós resta aproveitar. Ao mesmo tempo cuidar dos companheiros de viajem: da senhora idosa, sentada do outro lado do corredor, que não consegue puxar a cortina, pois o sol incomoda; a senhora grávida, que não consegue alcançar o compartimento de bagagem, pois sua condição complica; o senhor que nunca viajou de avião e se sente desconfortável. No caminho tem pessoas que precisam da nossa atenção e cuidado. Não precisamos nos importar com a viajem, podemos aproveitar e ao mesmo tempo cuidar uns dos outros.
Na viajem temos muitas baldeações e paradas. Na casa do colega de viajem um tempo, em aeroportos outros tempos, até que, finalmente, nos encontramos no destino. A vida também é cheia de paradas, baldeações e mudanças. Mudamos rotas, mudamos paradas, umas mais curtas outras mais longas, mas continuamos prosseguindo, até alcançarmos o nosso destino.
A vida, sempre se disse, é uma grande viajem, mas nos esquecemos de trata-la como tal. Vamos aproveitar o passeio, fazendo o que precisamos, mas aproveitando, na certeza de que Jesus já nos preparou um lugar e a passagem já está paga.

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
  João 14:1-6