Friday, December 06, 2019

O REAL RESISTE DE ARNALDO ANTUNES CENSURADO NA TV DE BOLSONARO

Friday, September 27, 2019

A resposta é conservadora? Uma nova reforma é necessária quando o solo está sangrando

Uma resposta teológica à questão climática feita pela pastora sueca Sofia Camnerin que vale a pena ler.

publicado 

Na semana passada, a Universidade de Enskilda, Estocolmo e a Igreja da Equênia, organizaram uma conferência teológica: O Fim do Ocidente como o conhecemos. O tema é contemporâneo e aborda a questão de saber se o que conhecemos como Ocidente, com direitos humanos, ordem social, democracia, liberalismo, desempenhou seu papel e, nesse caso, o que devemos fazer quando a Terra estiver literalmente dilacerada pelas mudanças climáticas. Em seu caminho - pode-se reivindicar corretamente com base em causa e efeito - vemos crescentes conflitos, fluxos de refugiados, populismo e construção de muros. A competição aumenta à medida que os desertos se espalham, o calor se torna insuportável, os mosquitos da malária se multiplicam, as colheitas falham, as algas produtoras de oxigênio nos oceanos do mundo são arriscadas e as massas de água carregam tudo com elas.
Um dos principais oradores se tornou mais proeminente na mídia do que outros. É o católico conservador Patrick Deneen quem alega que o liberalismo fracassou porque conseguiu. Mina-se.
Catherine Keller, professora metodista, uma das outras oradoras principais, não recebeu tanta atenção neste momento. Ela não acha que a resposta à crise do liberalismo seria conservadorismo, nem valores patriarcais conservadores, nem pequenas comunidades em risco. Sua resposta não é ismo. Não antagonismo. Seu ponto de partida é Deus - as palavras, vida e relacionamentos dentro e fora.
Suas fontes, como outros teólogos, são a escrita, tradição, experiência, ciência, filosofia, revelação, ética e, mais especificamente, a teologia feminista e a teologia do processo. Para o movimento feminista, o liberalismo tem sido a base, um pré-requisito. Graças a isso, vimos como comunidades e contextos excluíram mulheres, corpos, terra, crianças e continuam a defender o outro, o outro. Com as perspectivas teológicas do processo, percebemos que a existência e nós mesmos não somos estáticos, não separados, mas em movimento, co-fundados e relacionais.
Outros pesquisadores contribuintes da conferência desafiaram a forte polarização que enfrentamos no debate, inclusive pelos representantes da igreja, de modo que houvesse tiroteios à prova d'água entre igreja e política, religiosa e secular, igreja e estado. Não é possível dividir a vida, por isso, se você acredita que Deus é a origem e o objetivo de tudo, aquele em que todos vivemos e em que vivemos. Pois são pessoas que são políticos e vão à igreja ou mesquita e as pessoas não são autônomas indivíduos sem relacionamento. A vida não é composta de matéria morta, mas de partículas, energia e movimento. À medida que a mudança climática se aproxima, mais e mais pessoas estão descobrindo que não podemos viver nossas vidas civilizadas isoladas da terra, como a descoberta do jornalista David Wallace-Wells. Ele foi recentemente entrevistado em SvD. (https://www.svd.se/klimatforskningen-not-describ-pa-ett-arligt-satt ).
Durante a conferência, o professor Magnus Hagevi apontou que não são necessariamente os valores conservadores populistas que saem da batalha. Os chamados valores de TAN para as gerações mais jovens tomavam a paz e a segurança financeira como garantidas. Em vez disso, aumentou a importância da auto-realização individualista, da crítica às normas e da rebelião de autoridade e da globalização. No debate, esses valores emergentes são chamados de GAL: verde, alternativa e libertária (liberdade). À medida que as gerações mais jovens substituem as mais antigas, a participação da população aumenta com os valores de GAL, enquanto a proporção com os valores de TAN diminui. Estamos em um ponto de ruptura entre esses valores, diz Hagevi. Os chamados valores conservadores da TAN provavelmente desaparecerão, embora tenhamos uma forte mobilização para eles agora.
Catherine Keller aponta para as fontes e tradições da fé cristã, a doutrina da divina (teoposis ou theosis) e lembra palavras bíblicas como Sl 82: 6, João 10:34, 1 Pedro 1: 4 e os primeiros místicos, bem como teólogos ortodoxos contemporâneos. visão da encarnação. Deus em Jesus se tornou corpo, não como uma interrupção, mas uma consequência da constante criação, liberação, amor e vida de Deus. Isso contrasta com a reforma e as visões de mundo que separaram a existência e as diferenças consolidadas entre corpo e alma, mulher e homem, Deus e criação, Deus e homem e permitiram colonização, exploração, violência e exclusão. Keller nos ajuda a redescobrir relacionamentos, relacionamentos, coalizões e o mundo como corpo de Deus.
Adivinhação e santificação são vistas como um processo. A tradição mística ensina a participação, que também é encontrada na herança Metodista Reformada. Charles Wesley poderia dizer que todos devemos nos tornar e ter sido feitos divinos.
Então - o mundo é um organismo vivo, e Deus continua a criar o mundo, está presente em todo processo da vida, em todo ser vivo - nas profundezas, nos sofrimentos, nas trevas. Deus como presente. Deus como aquele que não parou de criar, que não desiste. Deus não como essência, mas como um evento, de acordo com Keller. Pois Deus não é um objeto.
Uma nova reforma significaria que ...
... redescobrimos a santidade da existência, a presença de Deus nela e em todo ser humano, em tudo criado
... Nos encontramos como fotos
... Redescobrimos nossa própria missão de agir, que Jesus compartilhou poder, enviou pessoas
… Que cooperamos com os outros, que pensamos nos direitos humanos de maneira intersetorial com os dos animais, a natureza.
Nosso protesto com Jesus (que compartilhava o poder) deve ser claro e forte contra tudo o que ameaça vida, corpos, pessoas e animais. Portanto, devemos também compartilhar a luta dos jovens, as manifestações climáticas e a raiva de Greta Thunberg.
Nossa luta pela justiça precisa incluir tudo o que foi criado. Nosso esforço deve ser a construção de coalizões e a neutralização de antagonismos, com a Igreja mundial cooperando com todas as boas forças, trabalhando pela paz com a criação e entre as pessoas (cf. documento do Conselho Mundial da Igreja sobre a paz justa ). Devemos participar da missão de Deus e discernir onde e como o Espírito nos leva ao bem comum (cf. o documento da missão "Juntos pela vida - missão e evangelismo em um mundo em mudança").
Precisamos continuar a luta pela liberdade de todos e lutar por tudo o que ameaça vidas, pelos outros, por aqueles que nunca chegam a nossas comunidades, trabalham pela justiça para todos os corpos e ousam acreditar que somos criados para incorporar a visão de Deus. Aliás, nunca podemos trancar o espírito e há um consolo e um desafio.
Sofia Camnerin
Vice-Diretora da Igreja na Equmenia
Pró-Reitoria da Universidade Enskilda University Stockholm

Thursday, September 26, 2019

O Pastor

Billy Graham estava muito inspirado quando ministrou isso.
               
PASTOR

A função pastoral está listada entre as quatro atividades mais difíceis de se exercer, segundo resultado de pesquisa feita nos Estados Unidos.
Porque um Pastor deve ser:
• pregador
• exemplo
• pai / mãe
• marido / esposa
• conselheiro
• conferencista
• planejador
• Ministro
• missionário
• diretor
• mentor
• amigo
• bom pagador
• reconciliador
• conselheiro matrimonial
• conselheiro da juventude
• Líder
• professor de Bíblia
• intercessor
• generoso
• honesto

Além de, às vezes, ter que ser:
• porteiro do templo
• motorista dos irmãos
• cuidar da limpeza
• líder de louvor
• babá
• o primeiro a chegar e o último a sair
• servo de todos
• auxiliar de reforma e construção
• artista criativo
• saco de pancadas

Além disso, todo Pastor enfrenta constantemente críticas do tipo:
• O sermão não me satifaz;
• O culto é muito longo;
• Os filhos do Pastor tem que ser os melhores.
• Todo pastor é ladrão;
• O pastor gosta de dinheiro;
• O pastor é Politiqueiro;
• O pastor é metido;
• O pastor é Vagabundo não trabalha;
• O pastor está de carro novo;
• O pastor trocou de celular;
• A mulher do Pastor não é de Deus;
• O pastor não pode passear que está gastando o dízimo;
• Todo pastor é mentiroso;
• O pastor não tira férias;
• O pastor não pode ficar cansado;
• O pastor está doente porque está em pecado.
• O pastor é muito mandão (ditador);
• O pastor não foi na minha casa.
• O pastor não me chamou pra orar.

Uma das coisas mais difíceis na vida de um Pastor é saber que as pessoas que dizem amá-lo, o trairão, e o abandonarão e possivelmente nunca irão lembrar do quanto ele ajudou e foi importante em sua vida e em sua família por inúmeros motivos.

O Pastor é muitas vezes a pessoa mais solitária da igreja. O mais esquecido!

Você pode ver um pastor cercado de pessoas, mas muito raramente são pessoas preocupadas com seus problemas ou necessidades ou mesmo em sua vida.

Por isso, gostaria de lhe dar alguns conselhos:

1 - Se você tem um Pastor ou tem como amigos os filhos do Pastor, cuide deles;
2 - Proteja-os, ore por eles, conecte-se com sua visão,
3 - Apoie-os, mas, acima de tudo, ame-os.
4 - Não fale pelas costas do seu pastor.
5 - Não faça insinuações falsas e levianas sobre sua pessoa ou sua liderança.

Em Jeremias 3:15, lemos:
"E eu lhe darei pastores de acordo com o meu coração, para que possam alimentá-lo com conhecimento e compreensão".

Portanto, cuide deles porque "eles cuidam de suas almas como aqueles que devem prestar contas" (Hebreus 13:17)

Honre a vida de todos aqueles homens de Deus que sacrificaram tantas coisas, incluindo algumas das necessidades de sua família para atender o chamado de Deus.

Valorize o tempo que um Pastor lhe dedica, você não sabe o quanto sua família valorizaria esse tempo ao seu lado.
E, para finalizar, pastor também é ovelha !!!!!

_Parte de um sermão pregado por Billy Graham em sua igreja.

Tuesday, July 16, 2019

SETE RAZÕES PELAS QUAIS PRECISAMOS IR ALÉM DO DEBATE SOBRE O NÚMERO DE MEMBROS


É bem previsível.

Toda vez que se escreve ou fala sobre qualquer coisa que trate sobre o número de membros de uma comunidade, parte da discussão degenera em um debate sobre qual é o melhor tamanho. Aconteceu sempre que se olha para a diminuição de membros, ou o fichário inflado das comunidades e paróquias, bem como a baixa participação dos membros.
Nós precisamos de comunidades de todos os tamanhos, aliás, de todas as comunidades. Todos os tamanhos de igrejas, de comunidades, de paróquias. Precisamos de mais igrejas. Não é um ou outro, grande ou pequena. É ambos / e. Permitam-me apontar sete razões pelas quais um debate sobre o tamanho da igreja não dá bons frutos.
1.   Saúde da comunidade e o tamanho da comunidade não são sinônimos. Existem muitas comunidades pequenas saudáveis. Existem muitos grandes e megacomunidades saudáveis. E há muitas comunidades insalubres e doentias de todos os tamanhos.
2.   Conflito não é exclusivo de um determinado tamanho de comunidade. De fato, algum nível de conflito sempre estará presente em todas as comunidades. Há momentos em que o conflito é mais visível na menor porque todos conhecem a todos. Mas isso não significa que o conflito não esteja presente e, às vezes, intenso em comunidades maiores, com muitos membros.
3.   Declarações categóricas sempre são prejudiciais ao corpo de Cristo. "Todos os/as ministros/as e presbitérios de grandes comunidades se preocupam demais com os números." "Se uma pequena comunidade estivesse fazendo era deveria fazer, não seria uma pequena comunidade." Tais declarações categóricas não fazem bem. De fato, eles fazem mal. Por que deveríamos participar de tais conversas?
4.   O corpo de Cristo tem diversidade; isso é bom. Em 1 Coríntios 12, o apóstolo Paulo elogia a diversidade dos membros individuais do corpo de Cristo. Da mesma forma, há diversidade nas comunidades que trabalham para a Sua glória. Algumas dessas comunidades são pequenas. Algumas são de tamanho médio. Algumas são grandes. Algumas são mega.
5.   A morte das comunidades não é em função do tamanho desta. Obviamente, uma comunidade fica menor a caminho da morte. Mas isso não significa que o tamanho da comunidade seja a causa da morte. Significa simplesmente que a igreja está ficando menor à medida que se aproxima de zero. São muitos e diversos os fatores que levam à extinção de uma comunidade. A diminuição de membros é um sintoma.
6.   Fidelidade e obediência são obrigatórias para todos os membros da igreja. Deixe os resultados numéricos para Deus. Ele pode levar uma igreja a se tornar muito grande; ou Ele pode levar uma igreja a ser uma igreja de tamanho padrão na comunidade. Nenhum tamanho é inerentemente bom ou inerentemente ruim.
7.   Seria maravilhoso se as comunidades e denominações trabalhassem juntas, tanto quanto algumas denominações costumam criticar os outros. Nossas comunidades podem estar esperando para ver se nós, denominações, podemos trabalhar juntas antes que os membros da comunidade decidam que nos querem por perto.
Deus nos dá pequenas comunidades. Deus nos dá comunidades de tamanho médio. Deus nos dá comunidades grandes e muito grandes. Elas são todas parte do plano de Deus. Precisamos parar de criticar uns aos outros e a nós mesmos e começar a trabalhar juntos e pegar juntos para o crescimento da Igreja de Cristo.
Podemos nos surpreender como Deus nos usará.

Tuesday, June 11, 2019

CARTA PASTORAL À NAÇÃO BRASILEIRA

Nós – pastores e pastoras, e líderes evangélicos e cristãos das mais diferentes tradições – vimos à nação brasileira, neste conturbado contexto eleitoral, marcado por polarizações, extremismos e violência, afirmar:
  1. Nosso compromisso com o Evangelho do Cristo, personificado na figura de Jesus de Nazaré, que, suportando todo tipo de contradição, injustiça, humilhação e violência, legou-nos o caminho do amor, da paz e da convivência; e promoveu a dignidade humana. Sim, em Cristo, não há direita, nem esquerda, nem homem, nem mulher, nem estrangeiro, nem rico, nem pobre. Também não há distinção de classe, de cor, de nacionalidade ou de condição física, pois, nele, todos somos iguais (Fp 2.1,5-11; Jo 4; Mt 19.14; Is 53.4-7; Rm 10.12; Gl 3.23-29; Cl 3.11; Fp 2.5-8);
  2. Nosso renovado compromisso de orar não só pelo futuro mas, sobretudo, pelo presente do país, incluindo seus governantes, neste momento em que o povo brasileiro é convidado a fazer suas escolhas, de tal modo que elas sejam exercidas em paz e pela paz (1Tm 2.2; Rm 13.1-7; Pv 28.9; Mt 7.7-8; Rm 8.26-27; Ef 6.18; 1Ts 5.17; 1Tm 2.1-2; Tg 5.16);
  3. Nosso convite para que todos os brasileiros e brasileiras exerçam sua cidadania, escolhendo seus candidatos pelo alinhamento deles com os valores do Reino de Deus, evidenciados na defesa dos mais pobres e dos menos favorecidos, na crítica a toda forma de injustiça e violência, na denúncia das desigualdades econômicas e sociais, no acolhimento aos vulneráveis, na tolerância com o diferente, no cuidado com os encarcerados, na responsabilidade com a criação de Deus, e na promoção de ações de justiça e de paz (Dt 16.19; Sl 82.2-5; Pv 29.2; 31.,9; Is 10.1-2; Jr 22.15-17; Am 8.3-7; Gn 2.15; Rm 8.18-25; Mt 5.6; 25.34-35; Lc 6.27-31; Tg 1.27; 2.6-7);
  4. Nossa indignação contra toda pretensão de haver um governo exercido em nome de Deus, bem como contra toda aspiração autoritária e antidemocrática. Afirmamos nossa firme convicção de que o nome de Deus não pode ser usado em vão, ainda mais para fins políticos. Por isso, recomendamos, enfaticamente, que se desconfie de qualquer tentativa de manipulação do nome de Deus (Ex 20.7);
  5. Nosso repúdio a toda e qualquer forma de instrumentalização da religião e dos espaços sagrados para promoção de candidatos e partidarismos. Cremos num Deus grande o suficiente para não se deixar usar por formas anticristãs de pensamento e de ação;
  6. Nossa denúncia da instrumentalização da piedade e da posição pastoral com objetivo de exercer uma condução do voto. Reafirmamos a liberdade que o cidadão tem de optar por seus candidatos, sem se sentir levado por sentimentos de medo e culpa, frequentemente promovidos por profissionais da religião visando a manipulação política de fiéis (Mt 7.15-20; Rm 16.17-18; 2 Pe 2.1-3; Jo 10.10a);
  7. Nossa denúncia de toda e qualquer forma de corrupção, desde aquelas que lesam os cofres públicos às demais travestidas ora de opressão social, ora de conluios e conveniências com a injustiça, com a impunidade e com os poderes estabelecidos (Dt 25.13-16; Pv 11.1; 20.10; 31.9; Is 10.1-2; Jr 22.15-17; Mq 6.11; 7.2-3; Lc 3.12-13);
  8. Nossa certeza de que o Reino não está circunscrito à Igreja e de que não pode ser capitaneado por ninguém, seja qual for o cargo que exerça ou credencial que possua (Lc 17.20-21; At 10.34-35);
  9. Nossa inconformidade com o clima violento que tomou conta do país, o qual foi, também, muito alimentado por lideranças religiosas que, ao invés de pacificarem o povo e abrandarem os discursos, inflamam ainda mais o contexto polarizado em que vivemos (Mt 5.9; 11.29; Lc 6.27-31; Rm 12.19-21; Cl 3.12);
  10. Nossa defesa do Estado laico, da liberdade de consciência e de expressão, do direito à vida, à maturidade individual e à integridade, e do pleno direito de exercermos a liberdade religiosa (Jo 8.31-32,36; 2Co 3.17; Gl 5.1.13; Rm 6.22; Cl 1.13);
  11. Nosso renovado compromisso de semear perdão onde houver ofensa, amor onde houver ódio, esperança onde houver desespero, luz onde houver trevas, verdade onde houver mentira e união onde houver discórdia, manifestos no respeito e na contínua intercessão a Deus pelo processo democrático brasileiro (Mt 5.9; 18.21-22; Lc 6.27-31; Jo 13.3-5; Rm 12.19-21; Gl 5.13);
  12. Nossa união em defesa da vida digna, em sua plenitude, para todas as pessoas, cujo exemplo e potencial maior está em Jesus de Nazaré; e do amor, da paz e da justiça estabelecidos por ele como valores para sua efetivação (Mt 11.29; Jo 10.10; 13.3-5,15; Rm 12.1-2; Fp 2.5-8).
“A graça do Senhor Jesus Cristo, 
e o amor de Deus, 
e a comunhão do Espírito Santo 
sejam com todos vós.”
(2 Co 13.13)
Brasil, setembro de 2018.

Saturday, May 18, 2019

O coala está extinto.



 Coala. Foto: worldswildlifewonders / Shutterstock.com

Esta semana vi, entristecido, que mais um animal foi declarado extinto. Este foi declarado extinto funcional, pois, apesar de ainda existirem exemplares, estes já não têm mais condições de recuperar o número a ponto de não se extinguir completamente. O coala, este animalzinho da foto, vem se juntar a uma extensa lista publicada pela ONU neste mês.
O coala, animal parecido com um pequeno urso de pelúcia, que se alimenta de folhas de eucalipto, vive, ainda, na Austrália. Chegou a este ponto a partir das políticas de flexibilização das normas ambientais e normas trabalhistas executadas na Austrália nos anos de 1980. Muitas destas questões das flexibilizações, principalmente trabalhistas, foram levantadas pelo grupo de rock Midnight Oil em seus discos carregados de crítica política e social, como “Diesel and Dust” – 1987, “Blue Sky Mining” – 1990, “Place without a Postcard” – 1981, “Scream in Blue” – 1992. Sobre a extinção de espécies australianas, em especial o álbum “Secies Decieses” de 1985. Além de serem músicas excelentes para ouvir, trazem uma crítica muito forte, como deve ser um bom rock.
Levanto isso quando é nos apresentado múltiplas propostas de flexibilização de direitos e normas, em favor de empresas e aglomerados econômicos, com a garantia de que tudo vai gerar ganhos e empregos. O exemplo do coala nos aponta resultado diferente do anunciado. As flexibilizações na Austrália garantiam ganho econômico, principalmente para as mineradoras, que tomaram conta da região do Autback derrubando florestas e criando imensas minas a céu aberto (blue sky mining), imensos buracos que são como feridas, junto de imensas montanhas de rejeito. Reservas indígenas dos aborígenes australianos foram desfeitas, para dar lugar às minas, e a flexibilização dos direitos trabalhistas trouxe perdas de salário com aumento de horas de trabalho – a música Beds are Burning nos conta.
As propostas de flexibilização sendo colocadas no Brasil seguem este mesmo caminho nefasto. Flexibilização das leis ambientais para se construir megalojas, para facilitar a mineração, para explorar minerais em meio a reservas indígenas e florestais, bem como para prática do “esporte” da caça e da pesca em áreas protegidas. Flexibilização dos direitos trabalhistas para que empresas tenham mais lucro e se crie um exército de desempregados e escravos. Flexibilização e desmonte da aposentadoria, para que os bancos lucrem ainda mais. Flexibilização da saúde, encaminhando para a privatização. Flexibilização e desmonte da educação, para beneficiar instituições privadas e formar trabalhadores.
Assim como na Austrália, as propostas parecem ser excelentes para os apoiadores incondicionais do governo, mas carregam dentro de si a semente da extinção. Extinção da natureza, extinção da educação, principalmente para os mais pobres, extinção de todos os direitos trabalhistas, extinção das aposentadorias.
Flexibilização, hoje, se torna sinônimo de extinção. Extinção de toda a vida como conhecemos, e do viver como direito para todos, afinal, “pobre não tem direito”, como disse Gilberto Gil  em sua crítica, “pobres são como podres”.

Para quem quer ver e ouvir as músicas e clipes do Midnight Oil: https://www.youtube.com/watch?v=V3nOnJMs7xc


Wednesday, April 24, 2019

NOVE PENSAMENTOS PARA PASTORES QUE ESTÃO CONSIDERANDO DESISTIR



A pergunta quase me fez rir. O presbítero me perguntou se eu já pensei em desistir sendo pastor, se já considerei minha vocação. Minha resposta foi rápida e verdadeira: “Sim. Em média, cerca de uma vez por semana.
Se você é um pastor que não considerou desistir, provavelmente é uma minoria. E certamente há momentos em que devemos sair, chutar o balde, desistir, ir embora sem olhar para trás. Mas, se o seu desejo de sair é o resultado dos desafios típicos do pastoreio, permita-me compartilhar nove pensamentos que podem levá-lo a reconsiderar. Estes pensamentos e conselhos não são meus, mas do teólogo Thom S. Rainer, partilhado em seu blog https://thomrainer.com/2015/06/nine-thoughts-for-pastors-who-are-considering-quitting/
1.   Muitas tempestades passam rapidamente. Eu me lembro de momentos em que pensei que o mundo estava entrando em choque comigo, ou contra mim. Mas, em questão de algumas semanas, a tempestade passou. Muitas das crises do momento tornar-se-ão memórias desbotadas do passado.
2.   Provavelmente não é você. Esses críticos e dissidentes veem você como um alvo conveniente, principalmente em maio a questões políticas ou polarizadas. O pastor sempre é o alvo mais fácil, já que é mais visível. Eles podem não estar realmente frustrados com você. Mas você é o lugar mais visível para descarregar. É provavelmente outro problema, e não você.
3.   A grande maioria da congregação apoia você. Eu sei. Eu já vi distorções em que um pastor foi forçado a sair por presbíteros ao funcionários vingativos e conselhos mal orientados. Mas na maioria das vezes a minoria não tem esse poder. Lembre-se de que a maioria dos membros da igreja o ama e apoia.
4.   Lembre-se da sua vocação. Você provavelmente tem uma lembrança clara do tempo em que Deus o chamou para o ministério e para esta igreja. Lembre-se dessa vocação. Às vezes, é o que você precisa para ficar lá.
5.   Pastores de longo prazo veem dias melhores. Às vezes, leva anos para conquistar a confiança da liderança na congregação. Um dos dons que muitos pastores precisam é o dom da perseverança.
6.   Membros feridos da igreja freqüentemente prejudicam os outros membros. Entre esses "outros" está você, seu pastor, pois o pastor personifica a comunidade. Sua tristeza e dor infelizmente podem ser direcionadas diretamente ao pastor.
7.   Não é melhor em outras igrejas e outras denominações, nem em outra paróquia. Muitos pastores adquirem a síndrome da grama verde. Eles se movem de paróquia em paróquia tentando encontrar a paróquia sem problemas, críticas e desafios. Essa paróquia não existe.
8.   A cultura em constante e rápida mudança frustra muitos membros da paróquia. Eles se lembram dos “bons velhos tempos”, onde quase todos iam à igreja e a mudança era mínima, quando se tirava foto na frente da velha igreja de toda a comunidade que veio ao culto. Eles estão frustrados e temerosos, e eles geralmente acabam vendo o ministro como o problema.
9.   Deus está com você. Eu sei que você entende essa verdade teologicamente, mas talvez precise fazer uma pausa para assimilá-la experimentalmente. Deus te chamou. Deus te ama. Ele não vai abandonar você.
Enquanto eu me concentrei no presbítero para esses nove pensamentos, isso se aplica a todos vocês no ministério vocacionado. Servir a igreja pode ser difícil. Mas você foi chamado para um ministério de serviço, mesmo para o "menor destes". E o menor deles pode incluir aqueles que estão lhe dando as maiores dores de cabeça.

Monday, March 18, 2019

POR QUE EU VOU À IGREJA

Vivemos em uma cultura que minimiza o compromisso e maximiza a auto-indulgência, por isso precisamos aprender novamente o precioso dom da frequência ou participação na igreja, na comunidade ou, mais especificamente, estar com a comunidade reunida. Precisamos novamente aprender a não ver a frequência e a participação na igreja como um fardo ou compromisso legalista. É hora de novamente ver isso como alegria – Comunidade é um lugar onde a gente pode dar, partilhar talentos e dons, e servir. É  um lugar onde a gente possa e precisa se concentrar mais nos outros do que na gente mesmo.
Se poderia citar muitos, mas aqui estão apenas dez razões pelas quais devemos frequentar a igreja e participar de uma comunidade.
1.   Eu participo da igreja para servir ao próximo. Há muito mais alegria em servir do que procurar ser servido. Eu tenho muitas oportunidades para servir quando a igreja está reunida. Essas oportunidades são meus dons de Deus. Além do mais isto é um convite de Deus.
2.   Eu participo da igreja para encorajar os outros. Vivemos em um mundo de incrível comunicação digital, é a era da comunicação, mas onde as pessoas não mais se comunicam. Viver igreja é algo insubstituível, principalmente no reunir pessoas para conviver. Quando a gente encontra alguém pessoalmente na comunidade, temos a oportunidade de encorajá-los pessoalmente também, pois a visita é tão complicada hoje em dia.
3.   Eu participo da igreja para encorajar o presbitério, a diretoria e o pastor. Duvido que muitos de nós saibam o quanto nossos presbitérios, diretorias e pastores nos servem e nos amam sete dias por semana. O mínimo que podemos fazer por todo esta gente dedicada é estar pessoalmente quando nos reunimos como igreja e nas atividades comunitárias. Isso encoraja o presbitério, a diretoria e o pastor, nós precisamos que todos os que se envolvem no trabalho na igreja tenham esse dom de encorajamento toda semana.
4.   Eu participo da igreja para declarar minhas prioridades. Se a gente pode ir trabalhar, ir à escola, sair de férias, assistir ou me envolver em um esporte, então, com certeza, podemos ir à igreja. Seria tão bom ter uma cláusula de “sem desculpas” em nossas vidas para freqüentar a igreja.
5.   Eu participo da igreja para participar da adoração, oração e louvor. Há algo especial e cheio de Espírito sobre celebrar junto com outros cristãos. É uma oportunidade e um presente que não devemos minimizar.
6.   Eu participo da igreja mesmo que ela não atenda a todas as minhas necessidades ou discorda de mim. Se dissermos: “não estou sendo alimentado espiritualmente”, provavelmente significa que não estamos com fome espiritual. Se minha igreja faz algumas coisas de forma um pouco diferente das minhas preferências, de meus desejos, percebo que estou lá, não como consumidor, mas como doador e alguém que foi chamado para colocar as necessidades dos outros antes das minhas. Nenhuma igreja é perfeita, igreja perfeita NÃO existe. Nenhum estilo de adoração é perfeito, nenhuma liturgia é perfeita. Nenhum presbitério é perfeito. O que nos faz ver também que nenhum pastor é perfeito. Aliás, ninguém é.....
7.   Eu participo da igreja com frequência, não de vez em quando. É nossa oração estar em nossa igreja todos os domingos, ou em todos os cultos. Quando estamos fora da cidade, podemos encontrar outra igreja para participar. Eu rezo para que ninguém diga: “Eu preciso de uma folga da igreja”. Eu certamente não quero que Deus faça uma pausa de mim.
8.   Eu participo da igreja para dar um exemplo para minha família. Os casais têm casamentos mais saudáveis ​​quando frequentam a igreja. As crianças crescem com inúmeros benefícios porque seus pais as levaram para a igreja. Nós precisamos mostrar a importância e a prioridade da freqüência à igreja para aqueles que eu amo.
9.   Eu participo da igreja porque a Bíblia me diz para fazer isso. Dois terços do Novo Testamento são sobre igrejas, especificamente igrejas reunidas. As palavras do escritor de Hebreus em 10.24-25 são poderosas: “E cuidemos uns dos outros para provocar amor e boas obras, não deixando de reunir como alguns têm o hábito de fazer, mas encorajando-nos mutuamente e mais ainda quando a gente vê o dia se aproximando.
10.  Eu participo da igreja porque amo a minha igreja. Eu amo minha igreja. A comunidade faz parte da história da minha vida, da história de minha família, da história de minha cidade. Eu amo os membros da minha igreja. Eu amo a cidade, a localidade, que minha igreja serve. Se eu amo alguém, estarei lá para eles. Eu realmente amo minha igreja.
O problema que se instala é que está se tornando cada vez mais comum ver a freqüência à igreja como apenas mais uma atividade, mais uma opção entre muitas pessoas, mais um lugar para se conhecer as preferências do consumidor ou mais uma reunião ocasional para se esconder no anonimato. Ou pior, como um fardo na agenda.
Tornou-se cada vez mais popular para alguns argumentar que a participação na igreja não é uma alta prioridade porque a igreja não é o prédio, as pessoas são. Mas essas pessoas precisam se reunir, se encontrar, partilhar, conversar. De fato, nós somos chamados a nos reunir, nos encontrar, congregar, e isto é ser igreja, isto é frequentar.
Eu amo a minha igreja. Eu participo na igreja por estas razões e muito mais.

Eu agradeço a Deus pela minha igreja.

Monday, February 25, 2019

Titãs - Clipe "Amor Por Dinheiro"



Amor Por Dinheiro

Titãs
Acima dos homens, a leiE acima da lei dos homensA lei de Deus
Acima dos homens, o céuE acima do céu dos homens O nome de Deus
E acima da lei de DeusO dinheiro!
Que mata, salva, compra amor verdadeiroQue suja, limpa, compra amor por inteiro
Amor verdadeiroDinheiro, amor por dinheiro!

Wednesday, January 09, 2019

RAZÕES PELAS QUAIS OS MEMBROS DA IGREJA NÃO CONVIDAM OUTROS PARA A IGREJA

  1. "Eu simplesmente nem penso nisso."
  2. "Eu tenho medo que as pessoas não gostem."
  3. "A música não é tão boa assim, podia ser mais animada."
  4. "O(a) pastor(a) é fraquinho na pregação."
  5. "Nós temos muitos problemas da igreja agora."
  6. "Eu tenho vergonha dos bancos vazios."
  7. "Ninguém nunca me desafiou a convidar ninguém."
  8. "Eu não sei como começar a conversa."
  9. “É o trabalho, da diretoria e do(a) pastor(a) do Espírito - não meu - trazer pessoas para a igreja.”
  10. "É muito longe para as pessoas virem."
  11. "A liturgia é cansativa."
  12. "Tem muita gente falsa na comunidade."
Alguns argumentos!
  • Quando você convida alguém para a comunidade, para o culto, com quem você tem um relacionamento, esta pessoa geralmente aceita o convite, nem que seja para te agradar.
  • Relacionamentos! Este é o fator número um para alguém aceitar, ou rejeitar, um convite para visitar uma igreja - não o estilo musical, a liturgia ou a pregação do ministro(a).
  • Introversão não é desculpa para desobedecer a Grande Comissão que é para todos(as) batizados(as).
  • Quando os membros de uma comunidade convidam outras pessoas para a comunidade, para o culto, criam uma cultura de convite e constroem o momento na igreja.
  • A igreja é um hospital, e não um lugar de encontro de pessoas que não erram.