Sunday, July 10, 2011

Duas capitais levantam pegada ecológica e descobrem déficit ambiental










Se a humanidade adotasse o padrão de consumo do campo-grandense e do cur
itibano seriam precisos dois planetas Terra para sustentar o estilo de vida de seus habitantes. Campo Grande foi a primeira cidade brasileira a verificar sua pegada ecológica, de 3,14 hectares globais por pessoa; a de Curitiba é um pouco maior – 3,4 hectares globais.

ALC
Campo Grande, sexta-feira, 8 de julho de 2011

A biocapacidade que o planeta disponibiliza para cada pessoa que o habita é de 1,8 hectare global. Assim, Campo Grande apresenta um déficit de 1,34 e Curitiba de 1,6 hectare global.

As duas capitais apresentaram uma pegada ecológica superior à média brasileira e dos seus respectivos Estados, Mato Grosso do Sul e Paraná. Campo Grande tem uma pegada 8% maior que a média nacional, que é de 2,9 hectares globais por pessoa, e 10% superior à média estadual, informa a repórter Geralda Magela, da organização WWF Brasil.

A pegada ecológica média mundial é de 2,7 hectares globais por pessoa, o que representa um déficit ecológico de 0,9 hectare, se considerado o que o Planeta pode suportar. Esse parâmetro é uma forma de traduzir em hectares a extensão de território que uma pessoa ou sociedade utiliza, em média, para se alimentar, locomover, morar, consumir.

Para chegar a esse dado são verificados os hábitos de consumo da população. A pegada ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia consumo e capacidade de produção de recursos naturais disponíveis no planeta.

“É possível traduzir a pegada ecológica em quantos e quais recursos são usados pela população e em quanto isso excede a capacidade de recuperação natural dos ecossistemas”, explicou o coordenador do Programa Pantanal-Cerrado do WWF Brasil, Michel Becker, à repórter Geralda Magela.

Os fatores que mais pesaram na pegada ecológica de Curitiba, informou o repórter João Rodrigo Maroni, da Gazeta do Povo, aparecem consumo de alimentos (42%), compra de bens (20%) e mobilidade urbana – transporte individual e coletivo (7%).

Em Campo Grande, o maior impacto sobre a pegada ecológica coube ao item alimentação, de 45%, fator que se deve ao grande consumo de carne no município, 13% superior à média nacional.

Na capital do Mato Grosso do Sul foram propostas ações para zerar o déficit da pegada ecológica. Entre as medidas sugeridas estão o reflorestamento de áreas degradadas, a recuperação de nascentes, a recomposição de matas ciliares, a separação do lixo domiciliar, o fomento de produtos orgânicos e agroecológicos, a valorização da economia solidária.

Boa parte dos hortifrutigranjeiros consumidos em Campos Grande procede de outras regiões. A redução do consumo de produtos de fora é outro fator de diminuição daquele déficit, incentivando o plantio e consumo de produtos locais.

A cidade canadense de Calgary apresenta o maior índice de pegada ecológica até agora levantado – 9,86. Abaixo desse índice aparecem Sonoma, nos Estados Unidos, com 9,02, Victoria, na Austrália, com 8,01, Londres, com 6,63 e Milão, na Itália, com 4,17.

Saturday, July 09, 2011

Depois dos Galvão Birds, agora é o ET Bilu.

O Et Bilu existe ou não existe? Eu, particularmente, considero uma fraude do Sr. Urandir Fernandes. A turma que criou o "Save the Galvão Birds", cujo objetivo era um grande "CALA BOCA GALVÃO" lança uma campanha na internet para provar a existência do ET Bilu. Como sempre o material é muito bem elaborado e quem não conhece a piada pode até achar que é sério. Vejam e riam vocês também.

Friday, July 08, 2011

O Cão revolucionário de Atenas.


Um cão, em Atenas, vem chamando a atenção da imprensa mundial. Em todos os grande protestos e confrontos de Atenas, nos últimos meses, lá está ele. O vídeo é uma montagem com filmagens onde ele aparece e com fotos.

Um cão muito corajoso e ávido por mudanças.

Thursday, July 07, 2011

A graça de Deus é inclusiva, e nossos templos?




“Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo?”(Sl 15.1) Este salmo foi o guia de fé e cântico no AT. O acesso à Deus estava no merecimento. No templo de Jerusalém somente os eleitos podiam entrar. A área dos sacrifícios era aberta somente aos homens, aos puros, aos salvos. O acesso à área mais sagrada do templo era restrito somente aos sacerdotes. Os doentes, os deficientes, os considerados impuros, bem como as mulheres e estrangeiros, somente tinham acesso ao pátio externo do templo.

Jesus inaugurou um novo relacionamento das pessoas com Deus. Jesus mostrou que não é mais o merecimento ou a perfeição que nos permite o acesso a Deus, mas a graça infinita de Deus que acolhe todas as pessoas, com suas falhas e dificuldades.

Entre um modelo e outro nossas comunidades muitas vezes se apropriaram do merecimento e da eleição do AT. Isto é evidenciado em muitas situações; a Santa Ceia, onde as pessoas não se acham dignas, ou as crianças não podem participar, também a arquitetura de nossas igrejas, que privilegia o saudável, o perfeito,o jovem, ou comunidades formadas puramente de descendentes de alemães. Uma arquitetura cheia de degraus, muitas escadas, culto centrado na pregação, comunidade de descendentes de alemães e uma mentalidade teológica voltada ao merecimento, tem deixado muitas pessoas excluídas da comunhão comunitária. Nossas igrejas são muitas vezes voltadas para os eleitos para os eleitos, saudáveis, descendentes alemães, sem deficiências, eleitos, enfim, considerados salvos.

A Comunidade Evangélica de Confissão de Teófilo Otoni já venceu muitas das barreiras que se colocavam para o acesso de todas as pessoas à graça de Deus. Esta já há muito não é mais uma comunidade de descendentes de alemães. Hoje há uma saudável mistura de raças e cores.

A amplitude da graça precisa sempre ser trabalhada, ajudando todas as pessoas a entrar no “tabernáculo” do Senhor. Isto somente se alcança dando um passo após o outro, com a consciência de que todas as pessoas são incluídas na graça de Deus.

A modificação da arquitetura do templo, com a construção de rampas e adaptação dos banheiros para a acessibilidade de pessoas com deficiências e a utilização do telão nos cultos trouxe mais uma possibilidade para a inclusão de todas as pessoas, através da participação ampla de todas as pessoas nos cultos. As rampas construídas permitem o acesso ao templo de pessoas com qualquer tipo de dificuldade física e o telão permite às pessoas com dificuldade de audição acompanhar a liturgia dos cultos. Com grande alegria, na consagração das rampas e banheiros, pessoas com deficiência, cadeirantes e idosos puderam participar do culto, sem o constrangimento de poder subir as escadas do templo.

Com certeza ainda há muitos passos a serem dados. A construção de rampas e banheiros é apenas um passo no acesso às pessoas ao templo, e, por conseguinte, a infinita graça de Deus que é oferecida a todas as pessoas. A construção material é um passo, mas também preciso investir na reconstrução de mentalidades. Teófilo Otoni, com a construção das rampas, deu mais um pequeno passo, mas muitos outros precisam ser dados para que todos possamos “entrar no tabernáculo” de Nosso Senhor.

Wednesday, July 06, 2011

Portugal atacado! outra vez…!?



As agências de rating que atacaram Portugal com grande estilo, proporcionando a entrada do FMI no país, voltaram ontem a fazê-lo, atirando Portugal para o lixo.

Mas,… o FMI não vinha para resolver os problemas de Portugal ? As medidas de austeridade e as privatizações não são feitas para sossegar os mercados ??

Então qual é o problema ???

Que esquema tão bonito,… as agências de rating atacam, e o FMI vem logo a correr oferecer ajuda, tão queridos… já se fala que o país possa vir a precisar de mais um empréstimo, ou seja, mais uma dívida…

Acho que isto está se a tornar uma descarada palhaçada sem nenhum sentido lógico e racional,… já nem se dão ao trabalho de disfarçar.

É preciso fazer algo, e é isso que vai ser proposto nos textos abaixo. Pode não ser grande coisa mas é um começo. Mexer na merda faz surgir um horrível cheiro que faz arregalar os olhos de quem estiver por perto! Esse é o objectivo…

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1º Texto:

Acabar com as agências de rating

Como nas arenas romanas, em que o imperador com um simples gesto podia condenar à morte um gladiador, as agência de rating fazem o mesmo com os países que elas notam.

Quem são essas agências que dispõem do poder de vida ou de morte sobre uma nação?

Como já foi abordado neste blogue, existem três agências de rating americanas que dominam 95% do sector: a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch. Apesar de não fazerem grande alarido, estas agências não escondem que trabalham de mão dada com Wall Street e a City.

Quem controla as agências de rating?

Moody’s:

O accionista principal é Berkshire Hathaway que pertence a um dos maiores especuladores da história, Warren Buffet e ao conhecido Bill Gates.

Fitch:

Pertence à francesa Fimalac (Financière Marc Ladreit de Lacharrière). No conselho de administração temos Philippe Lagayette de JP Morgan, David Dautresme de Lazard Frères e Henri Lachmann do grupo Schneider Electric.

Standards & Poor’s:

É uma filial da empresa de “media” McGraw-Hill Companies de Nova Iorque. O homem forte é o seu vice-presidente inglês David Murphy, antigo patrão internacional dos recursos humanos da Ford Motor Company.
Uma das questões fundamentais é: porque é que Estados soberanos, Estados europeus, aceitam ser julgados, condenados e desestabilizados por três empresas privadas?
Porque é que empresas privadas podem impor as suas leis a estados soberanos?

Porque é que não se passa nada?
Porque é que nem os Estados, nem a Europa se mexem?

A resposta é: porque a ganância tornou-se a regra que rege a banca e todo o sector financeiro, porque são eles que destroem as instituições democráticas para nelas colocar uma “oligarquia”, isto é, o poder controlado por meia dúzia de pessoas. Uma oligarquia da riqueza, uma oligarquia ao serviço da riqueza.
Esta construção perversa tem a ajuda daqueles que julgamos serem os nossos representantes eleitos democraticamente, mas que na realidade são colocados no poder por organismo elitistas com o clube de Bilderberg. São também eles que dominam as grandes instituições não-eleitas que nos governam: Comissão Europeia, FMI ou Banco Central Europeu.
-
Mas chega um tempo em que demais é demais! Chega um tempo em que é preciso dizer basta!
Por isso, é urgente levar a cabo o combate do direito, o combate da verdadeira democracia, o combate da ética, para combater e regulamentar os comportamentos dessa oligarquia constituída pela finança internacional, os bancos, as grandes empresas multinacionais e os políticos que as sustentam.
Enquanto o nosso sistema jurídico, apesar das limitações, o permite, um processo deve ser instaurado contra as agência de rating. Para isso, quatro docentes universitários – José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão Alves e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) – pediram um inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciando as três agências de crime de manipulação de mercado. A iniciativa é inédita em Portugal, mas já existem outros exemplos concretos.

Existe igualmente uma Petição entregue na Procuradoria-Geral da República (PGR)

Os signatários da Petição propõem assim que do inquérito realizado se possa apurar:

a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010.

Fonte: Octopus

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2º Texto:

No dia 01 de Julho de 2011 foi publicada no site Petições OnLine o Pedido de revisão do sistema de contribuição do Fundo Monetário Internacional nos seguintes termos:

____________________
Pedido de revisão
do sistema de contribuição
do Fundo Monetário Internacional

Os assinantes da presente proposta,

CONSIDERADO

que o Fundo Monetário Internacional (de seguida designado FMI) é financiado com contribuições dos Estados Membros;
que as contribuições são expressas em percentuais do Produto Interno bruto (de seguida designado PIB) Per Capita;
que segundo os dados fornecidos pelo FMI, os Estados que mais contribuem em percentagem são os Estados que pertencem ao assim chamado “Terceiro Mundo”;

PEDEM

que o FMI proceda a uma revisão urgente do sistema de contribuição, para que os Estados com menor capacidade económica possam ver as suas participações reduzidas e, nos casos mais graves, ser isentos do pagamento de tal participação contributiva.

Em particular, destacamos as condições económicas dos seguintes Estados, os quais apresentam um PIB extremamente reduzido e onde somas monetárias particularmente reduzidas constituem a fronteira entre a sobrevivência e a morte (dados do FMI, World Economic Outlook Database, Outubro de 2010):

Estado: Burundi
PIB Per Capita: 180 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 8,23

Estado: República Democrática do Congo
PIB Per Capita: 186 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 6,46

Estado: Libéria
PIB Per Capita: 226 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 21,10

Estado: Sierra Leoa
PIB Per Capita: 326 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 8,66

Estado: Zimbabwe
PIB Per Capita: 594 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 7,52

Estado: Guiné
PIB Per Capita: 448 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 3,68

Como termo de comparação, eis alguns dados relativos aos Países desenvolvidos:

Estado: Emirados Árabes Unidos
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,32

Estado: Brasil
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,32

Estado: Estados Unidos de América
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,46

Estado: Italia
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,61

Estado: Reino Unido
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,76

Estado: Israel
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,79

Nota: O PIB Per Capita indica o valor anual.

Objectivo desta primeira fase é a recolha de 10.000 assinaturas; quota que uma vez alcançada poderá ser ulteriormente ampliada.

A iniciativa decorre actualmente em língua portuguesa e será nas próxima semana seguida por outras, idênticas nos termos, em línguas inglesa e italiana.

Lembramos que o Pedido de revisão é uma iniciativa independente do autor e dos Leitores do presente blog, sendo o mesmo desligado de qualquer movimento ou formação política, religiosa, económica ou de qualquer outra natureza.

Uma vez alcançado o objectivo final, as assinaturas assim reunidas serão envidas à atenção do Fundo Monetário Internacional, Sede central de Washington, Estados Unidos de América.

Para assinar a petição é favor clicar no seguinte link:

Obrigado pela atenção.

Este foi a parte do trabalho mais simples. Agora vem a parte que requer mais trabalho.
Nos próximos dias serão tomada as seguintes acções:

- apresentação das versões em língua inglesa e italiana
- difusão da iniciativa trâmite e-mail dirigida a vários blog e sites de língua portuguesa
- idêntico procedimento com blog e sites de língua inglesa e italiana uma vez publicadas as respectivas versões da proposta.
- comunicado de imprensa para sensibilizar os meios de comunicação (língua portuguesa; inglesa e italiana a seguir).
- sensibilização dos Leitores de Iniciativas Incorrecta e de Informação Incorrecta para que seja possível publicitar a iniciativa no âmbito das próprias famílias/amigos/colegas.
- criação dum post que fique de forma permanente logo abaixo o título do presente blog, de forma a ganhar a máxima visibilidade.

Por enquanto não lembro de nada mais.

Ah, sim, uma coisa: assinem, s.f.f.!

Ipse dixit.

Fonte: Informação Incorrecta

A HISTÓRIA DO NÚMERO 7, PELO VELHO TESTAMENTO:

















Até os dias atuais, muitas pessoas quando escrevem o numero 7, ainda o fazem utilizando uma barra horizontal (traço) suplementar na metade do algarismo. Oficialmente, este pequeno traço não existe, como dá para constatar digitando a tecla 7 do teclado do seu computador, calculadora ou qualquer outro aparelho que possua teclado. Agora eu coloco esta questão:
- Vocês sabem a origem deste costume?
Para responder, temos que voltar muitos séculos atrás, aos tempos bíblicos, quando Moisés estava no Monte Sinai e lhe foram ditados os 10 mandamentos. Ele, em voz alta, foi dizendo a multidão, um por um. Quando chegou no sétimo, Moisés anuncia:
- Não desejarás a mulher do próximo. Um breve silêncio e a multidão grita em coro:

- Risca o sete, risca o sete!!!!

Tuesday, July 05, 2011

Quem poderá me salvar?



“Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” (Mt 11.28-30)

Muitos de nós já tivemos, ou estão tendo, muitos problemas em sua vida. Estamos em um stress constante:

Uma entrevista de trabalho,

Alguém que a gente ama que está doente, ou faleceu,

Problemas financeiros,

A gente se sente deprimido e é difícil até ver um noticiário na televisão.

Há algo nos consumindo. Stress é algo comum, aliás, comum até demais em nossas vidas. Uma miríade de coisas pode estar acontecendo e nos afligindo e o resultado é um só: A gente se sente mais do que cansado; ou a gente se descobre irritado com as outras pessoas por razão nenhuma; ou, o que é mais comum, a gente se sente incapacitado de ter bons pensamentos sobre as pessoas que nos rodeiam. Nós não estamos em paz!

Então, o que fazer?

Muitas pessoas não fazem nada... Sentem que de alguma forma tudo o que está acontecendo é o seu quinhão destinado na vida – ou se sentem incapacitadas de mudar as coisas.

Outros – os abençoados com a convicção de que devem ser mais condescendentes consigo mesmos e com o mundo ao seu redor – são mais ativos.

Muitos – e estes parecem ser a maioria nestes tempos bicudos – se voltam às soluções fáceis ofertadas nas prateleiras das livrarias, nas prateleiras dos supermercados e lojas, na TV, através dos manuais de auto-ajuda, ou programas de auto-ajuda apresentados por psicólogos baratos, ou buscando soluções mágicas em bancos de igrejas pseudoevangélicas e terreiros de umbanda. Buscam soluções mágicas que possam retirar os seus problemas e dar-lhes uma vida mais alegre e com mais sentido.

No entanto, apesar dos seus esforços, na maioria das vezes estes estão tão infelizes e cansados quanto os que nada fazem e quem sabe até mais infelizes e cansados. As regras, princípios e fórmulas que estes tentam seguir requerem muito mais esforços.

Quem pode me salvar é um dos clamores mais fortes na sociedade atual. Este é um clamor que vem do mais profundo recôndito de nosso coração.

Quem poderá me salvar....

Quem poderá me salvar da vida sem significado e sem sentido?

Quem poderá me salvar da minha dor e minha solidão?

Quem poderá me salvar do negativismo de nosso mundo?

Quem poderá me salvar de mim mesmo?

Mais uma vez é esperar contra a esperança. Alguns se voltam para a religião, nós nos voltamos para valores e princípios ensinados no colo de nossas mães de que devemos levar nossas vidas guiadas pelos ensinamentos de Jesus, de Paulo, dos profetas.

Apesar disto, nos damos conta, semelhantemente com Paulo, de que nem isto funciona! Descobri mos que o bem que gostaríamos de fazer, não fazemos, e o mal que não gostaríamos de fazer, acabamos fazendo. Da mesma maneira como Paulo nós descobrimos que há uma guerra constante dentro de nós. No profundo de nosso ser acabamos clamando exatamente como Paulo:

Desventurado Homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.25)

Existe um caminho melhor! Muito melhor que os caminhos mágicos oferecidos em páginas literárias de auto-ajuda ou em bancos milagrosos de igrejas pseudoevangélicas e divãs de psicanalistas. Este caminho, num primeiro momento parece bobo, simplista, ingênuo até, mas que se assegura que não é – mesmo se aplicado a problemas bem maiores que os nossos pessoais.

Quem poderá nos salvar?

Como é difícil a gente se voltar para Deus. A gente tenta de todas as formas, com nossas forças, primeiro. Tenta uma fórmula, tenta outra, e tenta mais uma e consultamos profissionais, até que não sabemos mais para que lado correr. Tentamos com nossas próprias forças, e então nos encontramos cansados e em desespero e aí... buscamos Deus.

Não seria mais fácil começar por Deus? Não seria mais fácil se guiar pela sabedoria de Deus do que da sabedoria humana? Não, parece bobo demais, simples demais, ingênuo demais.

A resposta que precisamos para nossos problemas está, freqüentemente, escondida de nós, já que muitos de nós, que nos julgamos intelectuais, não conseguimos abarcar a simplicidade da verdade. Para nós parece sempre haver um porém. Não conseguimos aceitar que as coisas podem ser bem mais simples do que elas aparentam.

Deus quer que encontremos solução para nossos problemas, mas Deus fez com questa solução passe mais pelo coração e pela vontade do que pelo raciocínio. Deus quer paz e vida em abundância e para tanto não existe nenhuma complicação. Para chegar lá existe apenas um chamado. Um chamado para se entregar por completo nas mãos de Deus. Um chamado para seguir Jesus e se colocar em uma relação com ele.

Venham a mim,

Tomem meu jugo,

Meu jugo é suave e meu fardo é leve.

O jugo, nas escrituras, normalmente se refere à lei, o caminho de Deus, o ensino dos profetas. Num primeiro momento parece com servidão, mas depois se descobre que é muito mais um direcionamento para as nossas vidas e trabalho para Jesus, e não normas e regras.

Na época de Jesus as cangas, o jugo, eram feitas sob medida e únicas.

Assim, quando Jesus fala que seu jugo é suave, este se refere à nossa vida, que não foi dada pra causar sofrimento. Nossas vidas e tarefas são sob medida pra nossa capacidade.

Quando Jesus fala em jugo suave quer dizer que ela não é feita pra nos colocar pra baixo com suas demandas. Não é cheia de regras e regulamentos que ninguém pode cumprir. Não é uma tarefa que se odeie cumprir.

Pegue o meu jugo sobre vós,
pegar o que eu tenho projetado especialmente para vocês,
e aprendam de mim,
aprendam de mim que sou manso e humilde de espírito,
porque eu sou aquele que está em paz,
aquele que sabe o caminho certo,
Façam isso, venham a mim, e pegem o que eu projetei para vocês, aprendam de mim, e encontrarão descanso para as vossas almas.

Encontrarão descanso, pois o meu jugo é suave eo meu fardo é leve.

Quem vai me salvar?

Jesus convida-nos -
venham a mim, aprendam, coloquem o meu jugo sobre vocês - e eu os aliviarei ...

É uma promessa, uma promessa que requer uma resposta muito simples de nossa parte para fazer efeito.

Venha para Jesus como uma criança -
escutá-lo,
falar com ele,
fazer o que ele pede da gente,
e a gente vai encontrar o seu descanso. Amém.

Monday, July 04, 2011

Pontifício Conselho divulga documento Inter-religioso sobre a conduta da fé


Segunda-feira, 4 de julho de 2011 - 8h59min

por Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

"Testemunho cristão em um mundo multirreligioso. Recomendações de conduta": é o título do documento elaborado pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, em conjunto com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pela Aliança Evangélica Mundial (WAE). O documento é resultado de cinco anos de trabalho e diálogo ecumênico, que contém cinco páginas e foi apresentado hoje, 30, em Genebra (Suíça) pelos seus representantes.

"Este é um momento histórico", definiu o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Jean-Louis Pierre Tauran. As três entidades são compostas por católicos, anglicanos, protestantes, ortodoxos, evangélicos, as Igrejas pentecostais e independentes. Juntas representam cerca de 90% dos cristãos no mundo inteiro.

Mas o que diz o documento? Para o cardeal Jean-Louis Tauran, a mensagem cristã deve ser proclamada, "jamais imposta". E é assim que o documento enfatiza que a conversão pertence ao Espírito Santo e que "o testemunho cristão num mundo pluralista inclui o diálogo com pessoas de diferentes religiões e culturas".

O texto reafirma o princípio da liberdade de religião, que inclui o "direito de professar publicamente, propagar e mudar de religião". O documento contém doze princípios do testemunho cristão - incluindo a referência ao exemplo de Jesus Cristo, a rejeição da violência e o respeito - e seis recomendações.

Os cristãos são, por exemplo, chamados a rezar por todos, a construir relações de respeito e confiança com as pessoas de outras religiões e reforçar a sua identidade e fé religiosa. As recomendações de conduta foram desenvolvidos durante uma série de reuniões, a primeira das quais realizada em Lariano na Itália em 2006, seguida por outra em Toulouse, na França, em 2007, e o último encontro Bangcoc, em de janeiro passado.

Water conflicts pose threat to global peace


Conflicts over water threaten peace in the world, the general secretary of the World Council of Churches (WCC), the Rev. Dr Olav Fykse Tveit, told a gathering in Germany on the banks of the River Danube to mark the end of the WCC’s Decade to Overcome Violence (DOV).

“It may well be that in the coming years water will be at the centre of conflicts,” Tveit told the Danube Peace Wave event in Ulm on 2 July.

The Peace Wave project was launched in
Ulm in September 2010 and was followed by events along the River Danube in Austria, Slovakia, Hungary and Romania. It was intended as a contribution to and celebration of the WCC’s Decade to Overcome Violence.

The anti-violence decade started in Berlin in 2001 and culminated at an International Ecumenical Peace Convocation (IEPC) in Jamaica in May 2011. Water was one of the issues that emerged at the convocation as a source of potential conflict in the world.

“The WCC is supporting the Ecumenical Water Network as one of many steps that demonstrate a link between peace with nature, and peace between peoples who find themselves in conflict over vital resources,” said Tveit.

In a sermon at the cathedral of Ulm, Tveit highlighted the conflict between Israelis and Palestinians as an issue underlying almost all the conflicts in the Middle East and into Asia.

In the Middle East as well, he said, “the unjust occupation and use of water is one of the issues in the conflict between Israelis and Palestinians”.


Tveit said Christians everywhere have a role to play in the search for a just peace in Israel and Palestine. “What we believe, what we say, can be a contribution to peace and justice – or to something else entirely,” he said.

The WCC he said has launched an Ecumenical Accompaniment Programme in Palestine and Israel through which volunteer accompaniers observe and understand the consequences of injustice and violence.

The International Ecumenical Peace Convocation in Kingston, Jamaica, brought together a thousand individuals working for peace and justice from over a hundred countries. As well as celebrating the achievements of the WCC’s Decade to Overcome Violence, the IEPC also encouraged churches and individuals to renew their commitment to nonviolence, peace and justice.

“The issue of peace is an issue for all of us. It starts with us, and our daily interaction with other human beings. It is about the effects of our lifestyle on others,” said Tveit.

“And to return to the issue of water: our high water usage ha
s an impact on the water economy that in many places is getting out of balance. And we can observe the same thing about food, energy, and the monetary economy.”

For more information follow the link at the title of the post.

IEPC message

Website of the Danube Wave of Peace:
www.donaufriedenswelle.eu

Website of the Ecumenical W
ater Network:
http://water.oikoumene.org

Website of the Ecumenical Accompaniment Programme in Palestine and Israel:
www.eappi.org

Website of the International Ecumenical Peace Convocation:
www.overcomingviolence.org


Saturday, July 02, 2011

IECLB publica carta pastoral sobre homossexualidade




A presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) emitiu, na sexta-feira, 24, Carta Pastoral sobre homoafetividade. O texto reafirma o amor incondicional de Deus, destaca a discriminação sofrida por homossexuais e enfatiza o respeito mútuo pelas posições distintas, de diálogo franco, desarmado e fraternal.

ALC
Porto Alegre, segunda-feira, 27 de junho de 2011

Assinado pelo pastor presidente, Nestor Paulo Friedrich, o documento aceita a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece a união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como “entidade familiar”, entendida como sinônimo de “família”.

Lembra os posicionamentos emitidos em 1999 e 2001, a partir dos quais reafirma que o grau de dificuldade para lidar com o assunto relações homoafetivas ou homossexualidade não diminuiu; que o amor incondicional de Deus pelos humanos é a base essencial para abordar esse tema. Enfatiza que as pessoas de orientação homossexual - por serem discriminadas e estigmatizadas - e seus familiares sofrem muito.

Apontou as limitações inerentes à eclesialidade luterana, por não haver um magistério com prerrogativa de estabelecer normas éticas a serem seguidas pelos fiéis. Destaca que pastores e pastoras têm a responsabilidade de orientar as pessoas para o discernimento ético, fortalecendo-as a tomarem, em liberdade e responsabilidade, suas próprias decisões diante de Deus.

Às comunidades, recomenda o zelo para evitar uma postura maniqueísta, que distingue o bem e o mal. Observa que há questões em que cristãos devem lidar com a tensão oriunda da dificuldade de dar respostas rápidas, propõe a convivência com o debate difícil, mas sério, aberto, respeitoso, e diz que a separação entre joio e trigo caberá ao Senhor.

Entende que o importante é o empenho do Estado para superar a intolerância, o preconceito, a estigmatização de comportamentos e as consequências que provocam violência, sofrimento, perseguição e morte. Insiste que a intolerância é fonte de condenações e que, do ponto de vista do Estado, a decisão do STF quer impedir isso.

Assim, espera que o Estado assegure e concretize os direitos fundamentais da liberdade de pensamento, de crença e de manifestação. Que coíba a violência decorrente de posturas extremas, como querer calar a voz dos que buscam o diálogo.

Afirma que somente se crescerá e avançará nesse tema, se a opção for por uma postura de respeito mútuo pelas posições distintas, de diálogo franco, desarmado e fraternal, de busca da superação da exclusão e, que proponha uma “opção radical por manifestações e gestos que deem lugar à graça e ao amor de Deus”.

Documento na íntegra em http://www.luteranos.com.br/articles/18009/1/Sexualidade-humana--homoafetividade/1.html

Ecumenismo contra a ditadura






A comunhão de forças que possibilitou guardar a memória dos torturados nasceu de uma práxis ecumênica.

Antonio Carlos Ribeiro
Rio de Janeiro, sexta-feira, 24 de junho de 2011

O cardeal Arcebispo de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, e o pastor presbiteriano unido, James Wright, tinham conflitos e um projeto comum na luta contra a ditadura. Arns relutou em pedir recursos à Igreja Católica, com medo que os conservadores trancassem o projeto e o denunciassem. Wright atuava numa igreja pequena, mas tinha contato com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI). A comunhão de forças que possibilitou guardar a memória dos torturados nasceu de uma práxis ecumênica.

O líder ecumênico Jether Pereira Ramalho, à época editor da revista Tempo e Presença, do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), hoje Koinonia, costuma dizer que a comunhão de forças entre católicos e evangélicos para salvar vidas durante a ditadura resultou no avanço do ecumenismo no Brasil.

A articulação feita pelo cardeal Arns, especialmente pela tortura ensandecida que se abateu sobre centenas de religiosos na década seguinte a 1968, resultou numa reunião promovida com religiosos do exterior, com o objetivo de reunir apoio internacional e ajudar a mostrar a insatisfação nas ruas.

Após o encontro, o encarregado de direitos humanos do CMI, Charles Harper, informou sobre a "crescente tensão entre a Igreja e as autoridades".Também relatou sobre o ato que reuniu 6 mil pessoas na Igreja da Penha, em São Paulo, para debater as denúncias e alternativas de reação à repressão estatal.
Essa "foi a primeira vez que uma articulação tão lúcida, sob a iniciativa da Igreja no Brasil, foi feita desde 1964 em relação aos direitos humanos", afirmou
A invasão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, da qual Arns era o Grão-Chanceler, com apreensão de uma tonelada de "material e equipamento subversivo" e a prisão de 1,5 mil alunos mostrou a ostentação de força e truculência das forças repressoras. Ela foi vista como "uma retaliação contra a Igreja", apesar do controle da mídia.

A Igreja Católica, tida como aliada de primeira hora do golpe de estado, teve nove bispos, 84 sacerdotes, 13 seminaristas e seis freiras, além de 273 agentes de pastoral presos, dos quais 34 sofreram tortura com choque elétrico, paus de arara e ameaças psicológicas na década.

Entre os quase 400 presos, houve pessoas com lesões físicas e psicológicas permanentes. Como esse número se multiplicava às dezenas pela população e sem a mídia, ideologicamente atrelada ao regime, viu-se a necessidade de levar denúncias ao exterior.

Os cidadãos que eram religiosos ou ligados às igrejas foram presos por proferirem homilias e pregações que denunciavam crimes e organizavam manifestações operárias que irritavam os militares. Como reação às igrejas, havia registros de sete pessoas mortas – entre as 18 ameaçadas – presas como "subversivas" ou suspeitas de passarem informações a dissidentes. Os órgãos de repressão intimaram 75 líderes para depor, exigindo a denúncia de bispos e sacerdotes.

A atuação do arcebispo de São Paulo conquistou apoio internacional. Levantou recursos para a manutenção de frentes de atendimento aos perseguidos políticos, teve encontros com líderes no exterior, alertou sobre as violações aos direitos humanos no Brasil, criou redes de contatos, financiadores de projetos e apoiadores das denúncias de crimes contra a população, especialmente no período de maior decadência e truculência do regime.

Esses fatos geraram a produção de relatórios, testemunhos, cartas, informações de dissidentes e depoimento de dezenas de acusados, que integraram as três caixas de documentos repatriados e encaminhados à Procuradoria Geral da República, no dia 14 de junho.

O estudo desse material integra a defesa do país diante da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comissão Internacional de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o país após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter arquivado ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A fúria sobre o cardeal Arns, considerado alguém de "coragem, firmeza e sentido de timing" e por isso diversas vezes ameaçado – eram atenuados por movimentos de liberalização do regime ao tempo que mostravam a hesitação dos militares, temerosos de terem de responder pela violência e pela corrupção. Nessas ocasiões a violência recrudescia.

Em 1979, após a invasão da PUC, Arns estreitou relações com o pastor Philip Potter, secretário geral do CMI, e pediu recursos financeiros – que não poderiam vir de forma legal, para não sofrerem confisco – para o projeto Brasil: Nunca Mais, utilizados na publicação do livro homônimo em 1985. A pesquisa revelou os nomes de 444 torturadores, de 242 centros de tortura no Brasil e os testemunhos de milhares de vítimas, mapeando a repressão no país.

Um grupo de advogados, coordenados por Arns e Wright, aproveitaram o acesso concedido por 24 horas aos processos dos tribunais e dossiês, para fundamentar a proposta da Lei de Anistia, e coletaram 1 milhão de páginas, enviadas ao CMI e pelas quais foram detalhados os 15 anos da repressão no país em centenas de dossiês.

Arns insistiu que "as igrejas precisam tomar a iniciativa de garantir que, pela publicação desse material, tais coisas não ocorressem de novo". Ele pediu ao CMI que aceitasse a tarefa de levantar a grande maioria dos fundos necessários, no valor de 329 mil dólares, e “de uma forma confidencial".

A resposta de Potter, que chegou quase um ano depois, dizia que tinha conseguido "levantar a maior parte dos recursos necessários à realização do projeto especial", que era uma doação às "famílias dos operários em greve no ABC" e que a pesquisa sobre a tortura seria divulgada nas igrejas "em todo o mundo".

Os processos eram copiados, enviados para São Paulo, transformados em microfilmes e mandados para Genebra. O portador que levava as informações à Suíça voltava ao Brasil com dinheiro para o projeto. Arns informou a Potter que o dinheiro "estava sendo gasto estritamente de acordo com os planos aprovados". Da tarefa executada por Arns e Wright surgiu uma forte amizade.

Quando Wright faleceu em 1999, o cardeal enviou uma mensagem através do Provincial dos Franciscanos em Vitória, com condolências à família e a lembrança da vida dedicada à guarda da memória. Os protestantes elogiaram dom Paulo Evaristo Arns por ter dado apoio moral e espaço físico a quem lutou contra a ditadura, inclusive dentro da Igreja, e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, mas o governo brasileiro atuou nos bastidores contra a proposta.

Ao viajar a Roma com dom Aloísio Lorscheider, outro cardeal franciscano, para defender Leonardo Boff, Arns irritou o cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. Boff ficou calado por quase um ano e ele viu a Arquidiocese de São Paulo ser dividida em quatro, meses depois.

Mas nunca traiu a memória dos mártires. Por isso, foi aplaudido duas vezes no ato da repatriação dos documentos.