Wednesday, July 06, 2011

Portugal atacado! outra vez…!?



As agências de rating que atacaram Portugal com grande estilo, proporcionando a entrada do FMI no país, voltaram ontem a fazê-lo, atirando Portugal para o lixo.

Mas,… o FMI não vinha para resolver os problemas de Portugal ? As medidas de austeridade e as privatizações não são feitas para sossegar os mercados ??

Então qual é o problema ???

Que esquema tão bonito,… as agências de rating atacam, e o FMI vem logo a correr oferecer ajuda, tão queridos… já se fala que o país possa vir a precisar de mais um empréstimo, ou seja, mais uma dívida…

Acho que isto está se a tornar uma descarada palhaçada sem nenhum sentido lógico e racional,… já nem se dão ao trabalho de disfarçar.

É preciso fazer algo, e é isso que vai ser proposto nos textos abaixo. Pode não ser grande coisa mas é um começo. Mexer na merda faz surgir um horrível cheiro que faz arregalar os olhos de quem estiver por perto! Esse é o objectivo…

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1º Texto:

Acabar com as agências de rating

Como nas arenas romanas, em que o imperador com um simples gesto podia condenar à morte um gladiador, as agência de rating fazem o mesmo com os países que elas notam.

Quem são essas agências que dispõem do poder de vida ou de morte sobre uma nação?

Como já foi abordado neste blogue, existem três agências de rating americanas que dominam 95% do sector: a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch. Apesar de não fazerem grande alarido, estas agências não escondem que trabalham de mão dada com Wall Street e a City.

Quem controla as agências de rating?

Moody’s:

O accionista principal é Berkshire Hathaway que pertence a um dos maiores especuladores da história, Warren Buffet e ao conhecido Bill Gates.

Fitch:

Pertence à francesa Fimalac (Financière Marc Ladreit de Lacharrière). No conselho de administração temos Philippe Lagayette de JP Morgan, David Dautresme de Lazard Frères e Henri Lachmann do grupo Schneider Electric.

Standards & Poor’s:

É uma filial da empresa de “media” McGraw-Hill Companies de Nova Iorque. O homem forte é o seu vice-presidente inglês David Murphy, antigo patrão internacional dos recursos humanos da Ford Motor Company.
Uma das questões fundamentais é: porque é que Estados soberanos, Estados europeus, aceitam ser julgados, condenados e desestabilizados por três empresas privadas?
Porque é que empresas privadas podem impor as suas leis a estados soberanos?

Porque é que não se passa nada?
Porque é que nem os Estados, nem a Europa se mexem?

A resposta é: porque a ganância tornou-se a regra que rege a banca e todo o sector financeiro, porque são eles que destroem as instituições democráticas para nelas colocar uma “oligarquia”, isto é, o poder controlado por meia dúzia de pessoas. Uma oligarquia da riqueza, uma oligarquia ao serviço da riqueza.
Esta construção perversa tem a ajuda daqueles que julgamos serem os nossos representantes eleitos democraticamente, mas que na realidade são colocados no poder por organismo elitistas com o clube de Bilderberg. São também eles que dominam as grandes instituições não-eleitas que nos governam: Comissão Europeia, FMI ou Banco Central Europeu.
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Mas chega um tempo em que demais é demais! Chega um tempo em que é preciso dizer basta!
Por isso, é urgente levar a cabo o combate do direito, o combate da verdadeira democracia, o combate da ética, para combater e regulamentar os comportamentos dessa oligarquia constituída pela finança internacional, os bancos, as grandes empresas multinacionais e os políticos que as sustentam.
Enquanto o nosso sistema jurídico, apesar das limitações, o permite, um processo deve ser instaurado contra as agência de rating. Para isso, quatro docentes universitários – José Reis e José Manuel Pureza, da Universidade de Coimbra, e Manuel Brandão Alves e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) – pediram um inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciando as três agências de crime de manipulação de mercado. A iniciativa é inédita em Portugal, mas já existem outros exemplos concretos.

Existe igualmente uma Petição entregue na Procuradoria-Geral da República (PGR)

Os signatários da Petição propõem assim que do inquérito realizado se possa apurar:

a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010.

Fonte: Octopus

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2º Texto:

No dia 01 de Julho de 2011 foi publicada no site Petições OnLine o Pedido de revisão do sistema de contribuição do Fundo Monetário Internacional nos seguintes termos:

____________________
Pedido de revisão
do sistema de contribuição
do Fundo Monetário Internacional

Os assinantes da presente proposta,

CONSIDERADO

que o Fundo Monetário Internacional (de seguida designado FMI) é financiado com contribuições dos Estados Membros;
que as contribuições são expressas em percentuais do Produto Interno bruto (de seguida designado PIB) Per Capita;
que segundo os dados fornecidos pelo FMI, os Estados que mais contribuem em percentagem são os Estados que pertencem ao assim chamado “Terceiro Mundo”;

PEDEM

que o FMI proceda a uma revisão urgente do sistema de contribuição, para que os Estados com menor capacidade económica possam ver as suas participações reduzidas e, nos casos mais graves, ser isentos do pagamento de tal participação contributiva.

Em particular, destacamos as condições económicas dos seguintes Estados, os quais apresentam um PIB extremamente reduzido e onde somas monetárias particularmente reduzidas constituem a fronteira entre a sobrevivência e a morte (dados do FMI, World Economic Outlook Database, Outubro de 2010):

Estado: Burundi
PIB Per Capita: 180 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 8,23

Estado: República Democrática do Congo
PIB Per Capita: 186 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 6,46

Estado: Libéria
PIB Per Capita: 226 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 21,10

Estado: Sierra Leoa
PIB Per Capita: 326 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 8,66

Estado: Zimbabwe
PIB Per Capita: 594 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 7,52

Estado: Guiné
PIB Per Capita: 448 U.S. Dólares
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 3,68

Como termo de comparação, eis alguns dados relativos aos Países desenvolvidos:

Estado: Emirados Árabes Unidos
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,32

Estado: Brasil
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,32

Estado: Estados Unidos de América
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,46

Estado: Italia
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,61

Estado: Reino Unido
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,76

Estado: Israel
Contribuição para FMI (% do PIB Per Capita): 0,79

Nota: O PIB Per Capita indica o valor anual.

Objectivo desta primeira fase é a recolha de 10.000 assinaturas; quota que uma vez alcançada poderá ser ulteriormente ampliada.

A iniciativa decorre actualmente em língua portuguesa e será nas próxima semana seguida por outras, idênticas nos termos, em línguas inglesa e italiana.

Lembramos que o Pedido de revisão é uma iniciativa independente do autor e dos Leitores do presente blog, sendo o mesmo desligado de qualquer movimento ou formação política, religiosa, económica ou de qualquer outra natureza.

Uma vez alcançado o objectivo final, as assinaturas assim reunidas serão envidas à atenção do Fundo Monetário Internacional, Sede central de Washington, Estados Unidos de América.

Para assinar a petição é favor clicar no seguinte link:

Obrigado pela atenção.

Este foi a parte do trabalho mais simples. Agora vem a parte que requer mais trabalho.
Nos próximos dias serão tomada as seguintes acções:

- apresentação das versões em língua inglesa e italiana
- difusão da iniciativa trâmite e-mail dirigida a vários blog e sites de língua portuguesa
- idêntico procedimento com blog e sites de língua inglesa e italiana uma vez publicadas as respectivas versões da proposta.
- comunicado de imprensa para sensibilizar os meios de comunicação (língua portuguesa; inglesa e italiana a seguir).
- sensibilização dos Leitores de Iniciativas Incorrecta e de Informação Incorrecta para que seja possível publicitar a iniciativa no âmbito das próprias famílias/amigos/colegas.
- criação dum post que fique de forma permanente logo abaixo o título do presente blog, de forma a ganhar a máxima visibilidade.

Por enquanto não lembro de nada mais.

Ah, sim, uma coisa: assinem, s.f.f.!

Ipse dixit.

Fonte: Informação Incorrecta

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