Wednesday, January 10, 2018

CONSTATATAÇÕES SURPREENDENTES SOBRE OS SEM IGREJA

Eles não se contradizem.

Eles gostam muito de ter uma conversa com os que participam de uma comunidade e frequentam a igreja regularmente.

Eles, na verdade, não estão afastados da igreja pelos motivos que normalmente se pensa.

Eles são os sem igreja, ou sem comunidade religiosa. Acontece que muitos líderes e membros ativos da igreja têm percepções errôneas sobre eles, e aí as igrejas muitas vezes não conseguem alcançá-los, ou o que é pior, nem tentam ou se importam em alcançá-los.

Em um dos estudos mais abrangentes já realizados em pesquisa sobre os desigrejados, ou os afastados da igreja, a LifeWay Research, em parceria com o Billy Graham Center for Evangelism em Wheaton, se pesquisou 2.000 americanos sem igreja. Eles definiram como "sem igreja" alguém que não foi a nenhum tipo um serviço religioso pelo prazo de no mínimo seis meses. A pesquisa é norte-americana, mas as conclusões bem que se encaixam também na realidade brasileira.

Um terço dos entrevistados não eram brancos. O que também faz sentido no Brasil, já que temos uma população negra bem grande, variando de região para região. Os gêneros eram quase igualmente representados (53% do sexo masculino) e quase metade tinham um diploma do ensino médio ou menos.

A maioria dos sem igrejas verdadeiramente tem uma base de igreja, ou seja, nasceram em uma família religiosa e receberam as bases de sua denominação, frequentaram educação cristã, na sua maioria. Ao contrário de algumas percepções, a grande maioria dos sem igreja tem um contexto de igreja. Quase dois terços deles (62 por cento) frequentaram a igreja regularmente como uma criança.
A maioria das pessoas sem comunidade, ou sem igreja não conseguiram abandonar completamente do hábito da sua congregação. Certamente, alguns deles deixaram igrejas por razões negativas, mas isso não é verdade para a maioria.

Um terço dos sem igreja faz planos de voltar à igreja no futuro. Isso chama a atenção. Um em cada três americanos sem igreja está realmente planejando voltar para a igreja, diz a pesquisa. Como seria esta questão no Brasil, ou na IECLB, com aqueles que se afastaram. A pergunta é, sempre se a nossa igreja está ativamente convidando aqueles que se afastaram, ou para a maioria isto nem importa mais?

A pesquisa mostra que os sem igreja estão muito abertos a uma conversa religiosa. Quase metade (47%) interagiria livremente em tal conversa. Outro terço (31%) ouviria ativamente sem participar. Pausemos por um momento. Olhe bem para esses números. Quase oito dos dez americanos sem igreja receberiam uma conversa evangélica. No Brasil é a mesma coisa. Cada um dos membros afastados da IECLB, ou de outra igreja, se questionados, uma boa parte estaria aberta a uma conversa. Nos Estados Unidos a pesquisa mostrou também que outros 12% discutiram isso com algum desconforto, e apenas 11% mudariam o assunto o mais rápido possível. Não podemos usar a pobre desculpa de que os sem igreja realmente não estão interessados ​​em conversar sobre a sua relação com a comunidade. Na realidade, são os membros da igreja que provavelmente não estarão interessados ​​em iniciar conversas evangélicas ou se engajar na busca pelos afastados.

Se a gente convidasse, eles viriam. Uma vez uma comunidade iniciou uma campanha para trazer membros afastados. A campanha foi chamada de "Convide alguém." Na campanha notaram que entre os inexplorados, 55% disseram que iriam à igreja se fossem convidados por um membro da família. E 51% disseram que participariam da igreja se forem convidados por um amigo ou vizinho. Esses números são surpreendentes. As oportunidades são incríveis. O problema é que, muitas vezes, se espera do ministro ou da ministra esta tarefa.

É verdadeiramente uma oportunidade incrível.

Mas eu me pergunto quantas comunidades e paróquias aproveitariam esse momento dado por Deus.

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