Wednesday, August 23, 2017

Antes de não renovar o TAM com seu ministro ou ministra.

O tempo de renovar o TAM – Termo de Atividade Ministerial – é uma época estressante e extenuante para ministros e ministras, pois paira sobre estes o fantasma da não renovação e a necessidade de busca de outro Campo de Atividade Ministerial em até noventa dias.
Isso já aconteceu com colegas, e não uma só vez.
Lembro do que um colega pastor me relatou; o presbitério pediu sua renúncia, pois o TAM não seria renovado. O motivo? Ninguém estava realmente claro sobre isso, mas uma das questões levantadas era a financeira. O melhor que posso discernir é a mudança, ou o ritmo da mudança.
Existem paróquias e comunidades que, de forma despreocupada, são referidas entre ministros e ministras como uma "paróquia devoradora de ministros". Nos encontros de ministros e ministras, nas conferencias ministeriais se refere figurativamente de que paróquias devoram ministros e ministras e tornam o ministério ordenado um fardo terrível. E isto acontece muito.
Devo deixar bem claro: A culpa não é sempre dos presbitérios e dos membros das paróquias. Tem muitos ministros e ministras que não são, de maneira alguma, perfeitos, e muitos fizeram algumas coisas que fazem por merecer o pedido dos presbitérios – algumas coisas realmente difíceis de engolir, mas isto não é o caso que quero levantar. Esse, infelizmente, não é o caso da grande maioria das situações conflituosas entre ministros, ministras e presbitérios de paróquias que são trazidas à discussão de colegas nos diversos encontros.
Declarado simplesmente, muitos pastores estão sendo demitidos por quem manda. E a falta de vagas na IECLB faz sobrar ministros e ministras fazendo com que a ameaça de ser mandado embora no final do TAM coloque mais stress ainda sobre a questão. Muitos estão sendo simplesmente desligados.
Então, por favor, lideranças da igreja, considerem minhas palavras antes de não renovar o TAM de seu ministro ou ministra. Respire profundamente, medite calmamente e veja se alguma das questões que levanto não são pertinentes.
1.   Orem com muito fervor sobre a questão. Vocês estão prestes a tomar uma decisão que moldará sua paróquia, o ministro e a família do ministro nos próximos anos. Certifiquem-se de terem orado e orado e orado sobre essa decisão.
2.   Compreenda plenamente a consequência para sua paróquia. Uma paróquia fica marcada toda vez que trata mal seu ministro ou ministra. Acontece de membros saírem. Os membros em potencial acabam ficam longe. A moral das comunidades acaba sendo dizimada. A paróquia acaba tendo que passar por um período prolongado de cura, onde não há remédio externo, mas apenas feridas abertas a serem curadas.
3.   Ouça outras vozes. Muitas vezes, os presbitérios, diáconos ou anciãos decidem se livrar de um ministro ou ministra porque escutam algumas lideranças descontentes. Conheço uma paróquia que mandou o ministro embora antes do período de renovação do TAM por que alguns membros do presbitério não gostavam dele. E eles nunca pediram para ouvir o lado do pastor da história ou ouviram os representantes do Campo de Atividade Ministerial onde este atuava.
4.   Considere em como ficará a reputação da paróquia na sociedade – também como ficará a reputação entre os ministros e ministrasVocê está prestes a receber o rótulo: "A igreja que demitiu seu pastor". Essa será sua identidade por muito tempo e ao publicar a vaga esta será a primeira coisa que virá a mente dos possíveis candidatos.
5.   Procure mediação para os conflitos. Existem algumas fontes de mediação muito boas disponíveis, como o Conselho Sinodal, a Comissão Jurídica Doutrinária, o Pastor Sinodal, ou, presbitérios de paróquias próximas. Por que não, pelo menos, dar uma chance antes de tomar uma decisão precipitada e muitas vezes desinformada?
6.   Deixe seu ministro ou ministra saber o porquê. Olhe para o número três novamente. Essa paróquia nunca disse ao pastor por que ele estava sendo demitido. A sério. Acho que é difícil explicar que a diretoria do presbitério e o orquestraram um golpe de sucesso. Estou impressionado com quantos ministros e ministras não sabem por que o TAM não será renovado. Isso não é semelhante a Cristo.
7.   Considere um plano de transição. Outra paróquia abordou sua situação com maior sabedoria e ação cristã. Eles compartilhavam com tristeza o pastor de que a química não estava funcionando entre ele e muitas partes da congregação. Mas, ao invés de manda-lo embora, verificaram junto um planejamento para encaminhar a situação. Quando todos assumem seus fardos e falhas é que se descobre igreja.
8.   Seja generoso. Entrementes se sua paróquia tomar a decisão de não renovar o TAM de seu ministro ou ministra, seja generoso e cuidadoso. Não trate seu pastor como uma empresa secular trata um empregado. Mostre a compaixão e generosidade do mundo cristão, dando o devido tempo para a família ministerial se adequar à situação.
As cessões forçadas de TAM de ministros e ministras são, infelizmente, comuns. Considere estes oito pensamentos antes de sua paróquia tomar uma decisão tão séria e dolorosa.

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