Monday, May 01, 2017

Dez razões porque é mais difícil ser pastor nos dias de hoje.

Eu não preciso dizer aos que querem ser pastores hoje o quão difícil era quando eu era quando iniciei no pastorado.

Pelo contrário, eu tenho que ser honesto e dizer-lhes que é bem mais difícil agora.

Sim, é realmente mais difícil ser um pastor hoje do que no passado. Pelo menos dez grandes questões levaram a esses desafios.

1.       O advento das mídias sociais. Como conseqüência, as críticas privadas tornaram-se fóruns públicos. A vida privada de um ministro ou ministra, as críticas ao seu trabalho, os ataques pessoais, seja por mídia social, seja por e-mail, agora tem uma proporção de 24 horas por dia, sete dias por semana.
2.       Podcast de pastores e pastores youtubers. Quando eu comecei no pastorado, havia apenas alguns pastores de televisão, em alguns canais bem conhecidos, a trazer complicações teológicas para dentro da paróquia. A teologia da prosperidade apenas engatinhava com os “tele-evangelistas”. Hoje, os membros da igreja têm centenas, senão milhares, de pastores em podcast, além de uma enormidade de canais na TV, a despejar a porcaria Gospel.
3.       Diminuição do respeito pelos ministros e ministras. Quando eu iniciei no pastorado, a maioria das pessoas na sociedade tinha a vocação em alta estima, mesmo aqueles que não estavam na igreja. Tal não é o caso hoje, muito pelo contrário.
4.       Conflito de gerações na igreja e conflitos de poder na igreja. Embora sempre tenha havido algum conflito de gerações e de poder na igreja, ele é mais penetrante e intenso hoje.
5.        Expectativas das Lideranças. Espera-se que os pastores tenham hoje mais capacidade de liderança, de negócios e tenham um sem número de atividades durante a semana. Ouvimos constantemente dos pastores: "Eles não me ensinaram isso na faculdade de teologia, nem me disseram que seria assim". E ouvimos constantemente das lideranças "o pastor só trabalha no culto de domingo".
6.       O legado de uma igreja de vida programada. No passado, as soluções para as paróquias eram mais simples. As igrejas eram mais homogêneas, e as soluções programáticas podiam ser usadas em quase todos os contextos. Hoje as igrejas são mais complexas e os contextos são mais variados.
7.       Aumento dos "não praticantes". Há um aumento significativo no número de pessoas que não têm afiliação religiosa. A extinção do cristianismo cultural, onde ser membro de uma comunidade é natural, significa que é mais difícil levar as igrejas ao crescimento e até de manter estas comunidades.
8.        Mudança cultural. O ritmo das mudanças hoje é de tirar o fôlego, e muito mais desafiador hoje. É extremamente mais difícil hoje para os pastores andar lado a lado com as mudanças em torno deles. São mudanças rápidas de todo tipo, tecnológica, comunicação, moral, ética, política, social, para não falar das mudanças teológicas.
9.       Membros da igreja mais frustrados. Em grande parte, devido à mudança cultural mencionada acima, os membros da igreja estão mais frustrados e muito confusos. Eles muitas vezes jogam suas frustrações sobre os pastores, sobre a comunidade e sobre outros líderes da igreja.
10.   Comparações com igrejas ruins, ou com teologia ruim, mas que crescem. Nos anos anteriores, houve considerável homogeneidade de igreja para igreja, particularmente dentro de denominações e grupos de igrejas históricas. Hoje há uma diversidade e profusão de denominações cristãs. Mesmo nas paróquias de uma mesma denominação esta questão é problemática. Um pastor ou pastora que conduziu bem em um contexto pode ficar mal em outro, a menos que haja um esforço concertado para encontrar a combinação certa para uma igreja e pastor.
Preciso afirmar que estas dez razões não são declarações de desgraça do pastorado, ou de tristeza; elas são simplesmente constatações de uma realidade. Servir como pastor em uma paróquia hoje tem bem mais desafios do que havia quando entrei no pastorado.


Mas desafios no ministério e para o ministério são comuns em toda a história desde a primeira comunidade, em Atos, até os dias de hoje. Essa é a razão pela qual nenhum ministro ou ministra não pode conduzir seu ministério bem sem o poder, força e liderança daquele que os chamou, pois somente o Senhor que chama pode capacitar. Da mesma forma Deus não chama os capazes, ele capacita os que chama.

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