Saturday, April 26, 2014

O que a IECLB tem de bom?!

Há algum tempo desafiei pessoas a dizerem o que a IECLB tem de bom, saiu muita coisa boa. São citações de colegas ministr@s da nossa querida igreja. Como eu não tenho a permissão para publicar os nomes, o
s nomes estão ocultos, mas as citações são verdadeiras.
 
Em meio a tantas críticas que se faz a nossa IECLB, principalmente de membros, eu quero desafiar a todos a colocar o que é que nossa igreja tem de bom.

Eu começo:
1. Excelente formação teológica de seus ministros e ministras.
2. Excelentes cursos de formação de lideranças.
Parte superior do formulário


Pastora COERÊNCIA!!!
Pastor SERIEDADE!
Pastor CLAREZA CONFESSIONAL
Pastor ECUMENICA
Obreira um PECC muito rico, sério e coerente.
Pastor Diversidade teológica
Armin Andreas Hollas Unidade na diversidade, ainda que muitas vezes complicada....
Pastora Mulheres no Ministério Ordenado
catequista Hinos maravilhosos!
Pastor Igreja comunitária!
Pastora Abertura para o diálogo...riqueza liturgica...
Pastora Diversidade de grupos de trabalho
Pastora Abertura ecumênica...
Pastora Comunidades diaconais...
Pastora aceitação ecumênica de todos. Incentivo e respeito aos jovens, dedicandse ao trabalho de grupos de jovens JE
Pastora Ah busca ser uma igreja democratica...
Pastora evangelização com crianças realmente levada a sério,muita dedicação nesse processo!!
Pastor o preparo dos adolescentes no EnsinoConfirmatório
Pastor Compreender a diversidade cultural
Pastor POR TUDO ISSO, E MUITO MAIS, AMO NOSSA IECLB - APESAR DAS FALHAS;
AFINAL, SOMOS JUSTOS E PECADORES, MAS JUSTIIFCADOS POR CRISTO JESUS EM
SUA GRAÇA INFINITA. QUE TAL JUNTAR ESSES DEPOIMENTOS E FALARMOS DELES NO
DIA 31 DE OUTURBRO, ONDE HOUVEREM CELEBRAÇÕES DA REFORMA?
Armin Andreas Hollas PUXA VIDA! OLHEM SÓ! Gostamos muito de "malhar" a IECLB, mas temos muito do que nos orgulhar!
Armin Andreas Hollas Celebração centrada na Palavra e guiada pela Palavra.
Armin Andreas Hollas Pregações e sermões preparados com cuidado e zelo pel@s Ministr@s
Pastor Representação destacada em diversos círculos ecumênicos continentais e mundiais.
Pastor Pessoal, concordo com vocês, mas as prédicas nem sempre são bem elaboradas... há muitas que são de chorar...
Pastor A IECLB é pioneira destacada na reflexão e na ação em relação a Pessoas com Deficiência e sobre o tema Inclusão! Já foram dados passos que nos alegram muito neste quesito! Parabéns ao pessoal da Diaconia Inclusão!
Pastor Chorar não de quebrantamento, mas de lamentação por tamanho relaxo...
Pastor A IECLB deu uma contribuição inestimável na tradução das principais obras de Lutero e da teologia protestante, com preciosas publicações através de suas casas publicadoras, dando acesso amplo a essa literatura teológica.
Pastor A IECLB é uma das poucas a ter o Ministério Compartilhado em todo o mundo!
CatequistaTrabalha sério dos diferentes Conselhos...
Pastora A PARTIR DELA TODAS EVANGÉLICAS SE ORIGINARAM! E SOBRE TUDO SERIEDADE E COMPROMISSO COM DEUS!
Pastor Seriedade, missão transcultural, elementos pietistas.
Pastor Um igreja com mais de 100 anos de história em solo brasileiro... boa história.
Pastor 3 centros de formação teológicas reconhecidas pelo MEC... e diversas redes de educação fundamental e média... ou seja, seriedade na educação "secular" e teológica.
Pastor Sim, Pastor, a Rede Sinodal de Educação é integrada por 60 escolas de Ensino Fundamental e Médio, e até Superior (IELUSC e IEI, porv exemplo), todas com um perfil de educação comprometido com a Reforma de Martim Lutero e fruto da mais bonita máxima de Lutero trazida pelos imigrantes ao Brasil: "Ao lado de cada igreja uma escola".
Pastor Iria, com Deus e com o próximo!
Pastor boa música e liturgia
Pastor POXA, QUANTA COISA BOA NA NOSSA IECLB. TÁ LEGAL ESSA REFLEXÃO. QUE
TAL ALGUEM COMPILAR ESSES DEPOIMENTOS E PUBLICA-LOS COMO TESTEMUNHOS RUMO AO JUBILEU DA REFORMA? OU ENTÃO CRIAR UMA PÁGINA OU GRUPO NO FACEBOOK ENTITULADO "JUBILEU DA REFORMA - IECLB PRESENTE"?
Pastor A teologia, a teologia, a teologia!
E Lutero foi magistral ao nos ensinar a nunca interpretar um único versículo sem submetê-lo
ao todo das Escrituras, desde o Gênesis ao Apocalipse.
E, para que a crítica construtiva não vire água com açucar: Penso queainda podemos melhorar na comunicação.Tenho para mim, que a
palavra de Lutero, “Man muss dem Volk
aufs Maul schauen”, incluio pregar
de maneira contextualizada e não apenas inteligível. Ainda, segundo B.
Brecht, significa falar como o povo fala, mas não o que o povo fala. Ás vezes tenho a impressão que nossa riqueza de conteúdos e valores históricos confessionais é diretamente proporcional à nossa dificuldade em comunicá-los de maneira significativa e desafiadora...Precisamos, sim,
falar a linguagem do povo sem, no entanto, nivelar com os valores seculares e,
a exemplo do Sermão do Monte, desafiar ao crescimento e à maturidade. Se o alvo
é inalcançável, ótimo: Tanto maior a dependência da graça!
Pastora tudo de bom
Armin Andreas Hollas o Pastor lança um desafio de juntarmos tudo isto e mais um pouco para a convenção. Acho que a lista pode crescer ainda mais. Precisamos aprender a olhar com carinho para nossa IECLB. Nos acostumamos DEMAIS a nos bater teologicamente. Quem olha de fora as discussões via facebook até se assusta com nossa igreja, pelo menos com a maneira, muitas vezes dura, de nos dirigirmos uns aos outros. Temos muitos "ranços" e "feridas" que precisam ser curados. No entanto a pluralidade e a democracia dentro da IECLB e de nossas comunidade que faz esta igreja tão bonita!
Pastor Não digo que a IECLB é a melhor Igreja, porque isto seria incompatível com o luteranismo, mas digo que é a menos ruim.
Armin Andreas Hollas Aliás, Pastor, eu nem sei se alguma Igreja pode se julgar "a" melhor. Todas as instituições são humanas e, por conseguinte, falhas. Somente a Ekklesia de Cristo é perfeita e esta perpassa às instituições. Por este motivo somos ecumênicos, não é? Reconhecer-se assim está dentro do preceito "semper reformanda" da teologia Luterana, e é característica de nossa IECLB.
Pastor Dizer que a IECLB é a menos ruim não é dizer que é a melhor?
Pastor Helio, tem diferença, sim! Menos ruim é referir debaixo. A melhor seria olhar a partir do topo. Para mim é diferente. E quase que dizer não tem nenhum "boa", mas tem aquelas que humildemente se entendem como não tão ruins, por exemplo!
Pastor Hum... tá bom, se vocês tão dizendo.
Pastora Com certeza minha formação catequética foi muito boa e posso ser uma testemunha!!!
Pastor AMIGOS, AMIGAS E COLEGAS! ESTOU SENTINDO QUE ESSA REFLEXÃO VAI
VIRAR UM LIVRO A SER LANÇADO NA CONVENÇÃO. QUE TAL? ARMIN, VOCE SE
ENCARREGA DE COMPILAR TUDO, JA QUE A REFLEXÃO APRTIU DE VC? UM ABRAÇO A
TODOS E TODAS.
Pastor Creio que a IECLB é o que é. Não vejo como a melhor ou menos ruim. Assim também são as comunidades da IECLB. Cada uma tem o seu jeito, isso porque cada comunidade tem as suas pessoas, a sua história, o seu contexto. Claro que há desafios, crises, dificuldades, assuntos mal resolvidos, pastores que talvez não assumam sua responsabilidade, mas também membros que não assumem seus compromissos. Este post foi importante para perceber que apesar das diferenças teológicas e comunitárias, somos Igreja de Jesus Cristo no Brasil através da IECLB. Os debates que aqui ocorrem, as vezes são polêmicos, e até mesmo vergonhoso, mas são importantes para perceber que apesar de um não concordar com o outro, e de um cutucar o outro, ninguém deixa de ser IECLB. Por quê? Talvez porque dentro dessa confessionalidade, ali na minha comunidade, no meu ministério, na minha vivência comunitária, cheguei a conclusão (inconsciente ou não) de que a IECLB é a minha Igreja na qual Deus me plantou e na qual ele chama para florescer e produzir muitos frutos. Deus seja louvado!
Pastora Vamos criticar menos,e orar mais.
Pastor Criticar?! O post só tem elogios!
Amigo Cultura.
Pastor apesar de estar num caminho de cada vez mais ser centralizadora, ainda destaco como positivo o ser uma igreja da base, das comunidades
Armin Andreas Hollas Democrática ao invés de hierárquica.
Armin Andreas Hollas uma pregação centrada no evangelho e não no medo de Satanás
Amigo Uma igreja que não adoece a mente das pessoas! Não faz as pessoas se tornarem fanáticas, cheias de ódio e pré-conceito com outras pessoas! Essa pelo menos é a visão que eu tenho...
Armin Andreas Hollas coerência na teologia e na vida das comunidades!

Armin Andreas Hollas amigo o órgão decisório da IECLB, na comunidade é a Assembléia, na paróquia é a Assembléia, no sínodo é a Assembléia e na IECLB é o Concílio. Na assembléia da comunidade todos membros tem voz e voto, na assembléia da paróquia todas as comunidades tem voz e voto, na assembléia sinodal todas as comunidades tem voz e voto, no concílio todos os sínodos tem voz e voto. Se os membros não participam das assembleias, ou se as comunidades não enviam representantes às assembleias paroquiais e sinodais, é outra história. A comunidade ou a paróquia não serão democráticas quando estas não seguirem os estatutos e os membros não tiverem participação ativa. Qualquer comunidade pode criar, em assembléia, uma moção a ser levada para a assembléia sinodal e para o concílio. Se isto não é democracia eu não sei o que é!

Pastor ESTIMADO Amigo! SOU PASTOR DA IECLB, SEI QUE TEM PONTOS NEGATIVOS
NA NOSSA IGREJA, OS QUAIS SEMPRE COLOCO PARA REFLEXÃO NAS REUNIÕES COM
OS E AS COLEGAS DE MINISTÉRIO E NOS PRESBITÉRIOS DAS COMUNIDADES. MAS,
COLOCANDO NA BALANÇA, TENHO ORGULHO DE DIZER QUE OS PONTOS POSITIVOS
PESAM MAIS. COM CERTEZA, A IECLB NÃO É TÃO DEMOCRÁTICA COMO GOSTARÍAMOS
QUE FOSSE, MAS POSSO AFIRMAR COM 90% DE CERTEZA QUE TEM MUITA DEMOCRACIA
NA IECLB (AS VEZES, ATÉ EM EXCESSO): COMO SÃO ESCOLHIDOS OS PASTORES E PASTORAS? COMO SÃO ELEITOS OS PRESBITÉRIOS? COMO ESCO9LHEMOS LIDERANÇAS
PARA DIVERSAS ATIVIDADES NA IGREJA, INCLUSIVE PARA ELEGER UM/A
ZELADOR/A? QUAL IGREJA PODE AVALIAR SEUS MINISTROS E MINISTRAS, COMO FAZ
A IECLB??? FICO FELIZ QUE NOSSA IGREJA NÃO É PERFEITA, COMO DIZ O
PRÓPRIO LUTERO: SOMOS IGREJA EM COSNTANTE REFORMA!! - GRAÇAS A DEUS....


Paróquia é uma Igreja transparente e séria em relação às finanças. As comunidades são administradas em conjunto e devem prestar contas a todos de como as contribuições são investidas. É uma Igreja que não se aproveita das pessoas, trocando dinheiro por promessas de bênçãos. É uma Igreja centrada na Palavra e não nas emoções (que são muito falhas). É uma Igreja humilde, que sabe reconhecer-se simultaneamente justa e pecadora e busca respeitar os irmãos e irmãs de outras denominações, inclusive motivando à caminhada conjunta (ecumênica). É uma Igreja histórica, que sempre está se reformando, mas não se deixa levar ou pelo menos luta para não ser levada pelos ditames do "espírito da época". Pastor.

Amigo toda aquela que faz a vontade de Deus,não se desvia para a esquerda e nem para a direita;agora cabe a cada um examinar a sua volta.A IGREJA VERDADEIRA É QUE GUARDA OS MANDAMENTOS DE DEUS (mandamentos são eternos) E TéM O TESTEMUNHO DE JESUS”. Se a Igreja tém essas base BIBLICA ela é VERDADEIRA.>>>>>IECLB....
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Monday, April 21, 2014

A minha graça te basta!



Numa discussão sobre a graça alguém disse: “mas eu preciso aceitar a graça, afinal a somos salvos por graça e fé, disse o apóstolo.” Fiquei num beco sem saída. Para mim, até o ato de “aceitar” diminui a graça, coloca novamente a pessoa como centro. Como sair deste beco sem saída?
O jeito é retornar ao doador da graça. As suas parábolas são simples e.... geniais! Tem a da pérola, da dracma perdida, da ovelha perdida, do tesouro oculto, da grande ceia e tantas outras, mas a minha predileta é a dos dois filhos (ou filho pródigo, se preferires). Nesta  parábola a ação do filho leva a separação, à ruína, ao desespero, à desesperança e à situação de morte. Enfim sua ação o leva de volta ao pai, mas não como filho, sua ação o leva como servo.
O ponto interessante, que sempre escapa às reflexões é que mesmo longe, mesmo revoltado, mesmo pródigo, este nunca deixou de ser filho. Tanto que ao retornar o pai lhe restitui à sua condição de filho, ainda que este se considerasse imerecido. A graça de ser filho nunca lhe havia sido retirada. A sua ação, de querer a partilha, de querer a sua liberdade, de querer a sua independência, esta sim, o havia afastado do pai, mas para o pai ele continuava filho! A graça imerecida independe da ação, do retorno, do arrependimento. Outrossim não é graça, é barganha.
Isto se entende no diálogo com o segundo filho. “Tudo o que tenho é teu”, diz o pai, sempre esteve a tua disposição. A alegria estava em recuperar o filho que havia desdenhado a graça. Ser filho, tanto um como outro, independia de qualquer ação.
Desta forma, a graça não depende de nós. Deus nos faz filhos e filhas, independentes de nossa bondade, maldade, aceitação ou negação.  Somos filhos e filhas, como nascidos do ventre de nossa mãe, independente de nosso querer, independente de nosso “aceitar”. Independente, como dizem alguns pastores pentecostais em suas profetadas, de “tomar posse” da graça, somos feitos herdeiros de Deus pela sua suprema vontade, pela sua graça e seu amor.
- Mas é preciso ter fé, né pastor? Até esta é graça, pois dizemos “Creio Senhor, mas aumenta minha fé”.
Antes que alguém argumente que então eu não preciso fazer nada, que assim é muito fácil. Realmente, a graça é fácil, pois o salvo não precisa fazer absolutamente nada pela graça. Nada pela graça, nada para a graça, mas tudo a partir da graça e tudo por causa da graça! O povo de Deus não precisa fazer absolutamente nada para ser povo de Deus, assim foi com Abraão, foi com o povo de Israel e é com os cristãos. Mas por causa disto este povo se engaja, se anima, se move, para colocar sinais da graça, da misericórdia e do amor de Deus.

Soli Deo Glória.

Sunday, April 20, 2014

Tríduo Pascal em Rio das Antas

Rio das Antas.

Neste ano as celebrações da Semana Santa em Rio Das Antas foram diferentes do que a comunidade estava acostumada. Houve a celebração do Tríduo Pascal. Na Quinta-feira Santa houve o culto de Lava-pés, na Sexta-feira Santa a celebração da morte e no domingo de Páscoa a celebração do “Fogo Novo”, ou da Luz.
Na quinta-feira Santa o lava-pés e a Santa-ceia cantada encantaram os que participaram do culto. Por não ser de costume da comunidade esta celebração na semana santa a participação foi pequena. A celebração da Sexta-feira Santa, pela tradição da comunidade é a mais concorrida. No entanto, os membros estranharam a falta da Santa-ceia neste dia. O Domingo de Páscoa teve a beleza da liturgia com o Círio Pascal aceso na fogueira, do lado de fora da igreja e levado para dentro da igreja. Os dois corais da comunidade cantaram, o coral misto e o coral masculino.

Ao terminar o culto as pessoas presentes comentaram da beleza litúrgica e de que esta deva ser repetida no próximo ano.

As fotos são de Margot von Hedde















Wednesday, June 12, 2013

"Estou Cansado!"


Ricardo Gondim

Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.
Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.
Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.
Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.
Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento “científico” da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.
Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.
Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas “caiam sob o poder de Deus” para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.
Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar “piercing”, fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.
Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.
Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.
Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.
Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.
Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.
Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.
Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria

Sunday, March 24, 2013

Deus nos livre de um Brasil Evangélico!

Há um tempo o P. Ricardo Gondim, então ainda escritor da revista Ultimato, pastor da Igreja Bethesda, escreveu um texto que, para mim, está cada vez mais atual. Vale a pena lê-lo sempre mais uma vez. Ele escreveu:

Ricardo Gondim 


Começo este texto com uns 15 anos de atraso. Eu explico. Nos tempos em que outdoors eram permitidos em São Paulo, alguém pagou uma fortuna para espalhar vários deles, em avenidas, com a mensagem: “São Paulo é do Senhor Jesus. Povo de Deus, declare isso”.

Rumino o recado desde então. Represei qualquer reação, mas hoje, por algum motivo, abriu-se uma fresta em uma comporta de minha alma. Preciso escrever sobre o meu pavor de ver o Brasil tornar-se evangélico. A mensagem subliminar da grande placa, para quem conhece a cultura do movimento, era de que os evangélicos sonham com o dia quando a cidade, o estado, o país se converterem em massa e a terra dos tupiniquins virar num país legitimamente evangélico.

Quando afirmo que o sonho é que impere o movimento evangélico, não me refiro ao cristianismo, mas a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico. E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem. Para “ser do Senhor Jesus”, o Brasil tem que virar "crente", com a cara dos evangélicos. (acabo de bater três vezes na madeira).

Avanços numéricos de evangélicos em algumas áreas já dão uma boa ideia de como seria desastroso se acontecesse essa tal levedação radical do Brasil.

Imagino uma Genebra brasileira e tremo. Sei de grupos que anseiam por um puritanismo moreno. Mas, como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu? Não gosto de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?
Uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?

Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português.

Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.

Um Brasil evangélico não teria folclore. Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceria quando?
Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu; basta uma espiada no histórico de Suas Excelências nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para saber que isso aconteceria.
Um Brasil evangélico significaria o triunfo do “american way of life”, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.

Cada vez que um evangélico critica a Rede Globo eu me flagro a perguntar: Como seria uma emissora liderada por eles? Adianto a resposta: insípida, brega, chata, horrorosa, irritante.
Prefiro, sem pestanejar, textos do Gabriel Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victor Hugo, do Fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série “Deixados para Trás” ou do Max Lucado.

Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista.

O projeto cristão visa preparar para a vida. Cristo não pretendeu anular os costumes dos povos não-judeus. Daí ele dizer que a fé de um centurião adorador de ídolos era singular; e entre seus criteriosos pares ninguém tinha uma espiritualidade digna de elogio como aquele soldado que cuidou do escravo.

Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador.

Portanto, Deus nos livre de um Brasil evangélico.


A página do Pastor Gondim é http://www.ricardogondim.com.br/ visite, ele tem leituras boas e excelentes reflexões.

Tuesday, September 11, 2012

Faroeste Caboclo em Teófilo Otoni.


Mais uma história de Teófilo Otoni, contada pela Cláudia!

 Faroeste Caboclo em Teófilo Otoni.

        Como já relatei anteriormente, Teófilo Otoni é uma cidade de 133.000 habitantes e carente de muitas coisas entre elas o  laser. Não existem opções gratuitas de diversão. Um dos poucos eventos existente é o desfile cívico de sete de setembro, que coincide com o aniversário da cidade. Em 2010 são 159 anos de fundação.

        Aqui existe uma tradição muito forte, que são as Fanfarras das escolas municipais e estaduais.

        A maioria das escolas tem sua Fanfarra, e para fazer bonito no dia do desfile, os ensaios já iniciam no mês de março. Existe até uma certa competição entre elas, cada qual quer chamar mais a atenção do público. Os meninos fazem cortes de cabelo especiais, alguns até pintam os cabelos, as meninas todas produzidas e maquiadas. Isso sem falar dos malabarismos que o pessoal da bateria faz com as baquetas, algo digno do grupo Olodum.

        Esse ano o dia 7 de setembro amanheceu especialmente ensolarado, anunciando grandes expectativas, para o grande desfile, pois afinal envolve centenas de alunos e milhares de expectadores.

        E foi assim com esse espírito cívico, que eu e o Armin acordamos cedo e fomos assistir o grande espetáculo. A Fernanda como boa adolescente que é, preferiu  ficar dormindo.

        Enfim chegamos cedo na praça, escolhemos um bom lugar na sombra, com uma visão ampla da avenida. o público era muito grande, famílias com crianças, idosos, alguns mais precavidos com seus banquinhos ou tamburetes como chamam por aqui. Por ser ano eleitoral muitos candidatos realizando uma ampla distribuição de santinho, até bonecos gigantes da Dilma e do Lula. Tudo muito colorido.


        Terminados os tradicionais discursos, tem inicio o desfile. Público ansioso, crianças inquietas procurando o melhor ângulo de visão.
        Ao nosso lado chamou a atenção uma família, composta de pai, mãe e cinco crianças, a mais velha deveria ter uns 10 anos. O que chamou mais atenção é que se tratava de uma família humilde, provavelmente usuários da Bolsa Família, porém as crianças estavam bem arrumadas demonstrando o capricho da mãe, meninas de cabelo preso e devidamente enfeitado com acessórios, meninos de cabelos bem cortados. Aquela altura o pai já  havia providenciado um lanchinho para a galera: 2 litrões de refri( uma Fanta e um refri UAI, que só existe aqui em Minas) e alguns pacotes de salgadinho.


        Enfim o desfile, a abertura feita pelo exército, militares do tiro de guerra marchando perfilados, com seus coturnos muito bem encerados. A seguir a Brigada Militar com seus uniformes impecáveis. Um show a parte, o pelotão feminino, com seus cabelos presos por um coque, maquiagem discreta, algumas muito jovens, demonstrando a força da participação das mulheres em todos os setores da sociedade.


        A equipe do GATE (Grupamento Tático Especial) levou o público ao delírio com uma demostração de sua ação em plena avenida, trajando seus uniformes e armamentos completos, semelhantes a Ninjas modernos.
Logo atrás vinha a polícia ambiental com seus chapéus canadenses, SAMU, Corpo de Bombeiros isso tudo ao som de sirenes das viaturas impecavelmente limpas e enceradas.

        Tudo transcorria normalmente, soldados satisfeitos e orgulhosos, público feliz e satisfeito, até que o inesperado aconteceu. Como diz o gaúcho:  "começou o buchincho, parecia um eguedo disparando no varzedo"

        As pessoas começaram a correr, pânico generalizado, gritaria, até mesmo idosos e crianças correndo, juro que vi até gente de muletas correndo, quando consegui entender o que  alguns gritavam: "tiro, tiro, corre que é tiro!" Uma vovó atrás de min sugeriu " se joguem no chão!". 

        Olhei para o chão, olhei para a rua com aquele povo correndo para todo o lado, gente gritando, gente chorando e enfim tomei minha decisão, como boa gaúcha que sou: " Alas pucha tchê, não se assustemo", se for pra morrer aqui, vou morrer com dignidade, de pé e sem me escabelar!".  Simplesmente me segurei em uma placa de sinalização e esperei o tumulto acabar.
Muita gente se machucou durante a correria, arrebentaram cordão de isolamento, quebraram cavaletes, crianças perdidas dos pais, uma coisa impressionante.
Perguntamos á um Sargento da PM o motivo, e ele explicou que a poucos metros de nós, ali mesmo na praça, houve um acerto  de contas entre pessoas de gangues rivais, ligadas ao tráfico de drogas, deixando o saldo de um homem baleado na cabeça, que depois ficamos sabendo pelo noticiário se tratar de Eduardo, 30 anos conhecido como "chupeta". Mas a polícia agiu muito rápido e prendeu o autor do disparo (um menor de 16 anos) e  apreendeu a arma, além de prender vários envolvidos. 

        Passado o tumulto, reiniciou o desfile. Todo contingente policial presente, para garantir a segurança,  afinal todos aguardam o ano inteiro para esse dia. Desfilaram creches, grupos de idosos, mais Fanfarras  quando de repente para perplexidade, nova gritaria tumulto e correria, alguns componentes da gangue do cara baleado resolveu  atirar contra os rivais que estavam assistindo ao desfile.

        Aí não teve jeito, a Prefeita resolveu cancelar o desfile e solicitar que todos se dirigissem para suas casas. Então sem outra alternativa, voltamos para casa com toda a nossa decepção e mais uma história para contar.

        Um grande abraço a todos.  

Thursday, August 16, 2012

Praticando Esportes em T.O


Texto de Cláudia Lina Farias

Hoje em dia fala-se muito em prática de esportes e fim do sedentarismo, o que eu acho muito bom. Não que eu concorde com a ditadura estética imposta pela mídia de gente magra com a aparência de anoréxicas, ou de rapazes com os bíceps de rinoceronte.  Eu defendo uma vida saudável, de pessoas normais, sem se escravizar a nenhum padrão.

Sendo assim sigo uma rotina quase diária de exercícios o  que me garante  uma saúde razoável. Porém como já comentei anteriormente, o trânsito aqui, é um capitulo a parte, a disputa por espaço chega as vias da loucura. São apenas duas avenidas que cortam o centro da cidade, dando acesso as ruas vicinais, uma que entra no centro cidade e outra que sai.

 Para ter uma ideia, ontem presenciei uma colisão, acreditem, de um carrinho de uma catadora de papelão contra um ônibus coletivo. Isso mesmo vocês não entenderam mal, foi o carrinho que bateu no ônibus,  que por sua vez estava parado na sinaleira. Aí foi aquele caos, rua trancada, gente buzinando, motos costurando entre carros. Me senti como uma moradora da Índia, só faltaram as vacas e os elefantes.
Sendo assim, cheguei a conclusão que para praticar esportes ao ar livre, aqui são necessárias quatro  coisas: Acordar cedo, ter Determinação, Coragem e Sorte(para não ser atropelada)

Aqui no no nordeste de Minas o dia começa a clarear por volta das 6 h, e tem muito poucas pessoas na rua, então por volta das 6:30(após fazer o sinal da cruz) saio com a minha bicicleta, aquela mesma que ganhei a mais de 15 anos, e faço meu trajeto de 8km. 

Neste tempo em que realizo esta atividade já muita coisa, atropelamento,acidentes automobilísticos, cavalos soltos na pista, batida entre duas bicicletas, polícia revistando pessoas suspeitas, ou seja, a diversão é garantida.

Mas também, já reconheço nas ruas,  muitas pessoas que saem diariamente no mesmo horário que eu.  Não sei o nome de nenhuma, mas cada um tem suas características próprias, ex:
- Uma senhora gorda que faz caminhadas sempre com camisetas alusivas ao Ioga, com frases indianas. 
- Outra senhora idosa que sempre usava meias velhas de elástico frouxo e que depois do dia das mães apareceu de meias novas(concluí que ela deve ter filhos)
- Um homem de  meia idade que sempre usa um calção branco(deve ter vários no armário) apertado, revelando detalhes de sua anatomia.
- Uma mulher que usa calça e saia por cima (deve ser crente). Ou seja além do exercício físico, exercito a lógica e a imaginação. É claro que também tem muitas pessoas com características de atletas, e aqueles que desfilam com suas roupas de grifes famosas.


Outra categoria a destacar são os atletas de fim de semana, como por exemplo um grupo de ciclistas, na grande maioria  homens, que se encontram na praça para pedalar em grupo. Esses tiram onda de profissionais. Um dia conversei com um deles enquanto calibrava o pneu no posto de gasolina, ele perguntou se eu queria pedalar com eles.
Rapidamente analisei o grupo e os equipamentos necessários para acompanhá-los: bermudinhas de laycra, super apertadas e coloridas(semelhante ao homem berinjela),capacete,  óculos de sol da "Speedo", tenis" Nike", e por fim uma bicicleta de alumínio com 36 marchas. Sendo assim agradeci o convite e segui meu caminho solitário pelas ruas de Teofilo Otoni com a minha Bike guerreira de 15 anos.

E assim caminha a humanidade, com toda sua diversidade. Uma simples saída na rua pode proporcionar uma análise antopológica. Quem sabe futuramete, dá para pensar em uma faculdade na terceira idade? Aí com certeza vou por uma plaquinha na frente de casa "D. Claudia - Antopóloga".

Thursday, August 02, 2012

100 MOTIVOS PARA ENTREGAR SUA ARMA



De Serpaz Serviço de Paz
100 MOTIVOS PARA ENTREGAR SUA ARMA

1) Todo dia, 100 pessoas morrem no Brasil vítimas de arma de fogo.
2) No Brasil, a cada dia morre uma pessoa vítima de acidente com arma de fogo.
3) Arma de fogo mata mais que acidente de trânsito.
4) 67% das mortes de homens entre 15 e 34 anos é causado por arma de fogo.
5) Só no ano passado, foram 36 mil mortos a tiros. É uma pessoa a cada 15 minutos.
6) O Brasil é o país em que mais se morre e mais se mata com arma de fogo no mundo.
7) O Brasil tem 2,8% da população mundial, mas responde por 7% dos homicídios com arma de fogo em
todo o mundo.
8) No Brasil morre-se mais por arma de fogo (29,6%) do que por acidente de trânsito (25,1%).
9) A arma de fogo é a primeira causa de morte de homens jovens no Brasil.
10) No Brasil a probabilidade é 2,5 mais alta de um jovem morrer por arma de fogo (34%) do que num
acidente de trânsito (14%).
11) O homem que se arma tem a ilusão de que está protegido. Isso só acontece no cinema. Na vida real, o
bandido tem a iniciativa do assalto e vai escolher o momento em que você está distraído. Se você tentar
pegar sua arma, provavelmente vai morrer.
12) Uma pessoa com arma em casa tem 57% mais chance de ser assassinada do que quem está desarmado.
13) Se o criminoso encontrar sua arma no carro ou na sua casa, vai usa-la contra você e sua família e ainda
leva-la consigo.
14) A maioria dos homicídios é cometida por desentendimentos e agressões entre parentes ou conhecidos:
brigas em boates, bares, trânsito, torcidas de futebol ou mesmo em casa. São momentos onde agressões
físicas são substituídas por tiros.
15) Para ser ter uma idéia, só na Zona Sul de São Paulo em 46% dos homicídios vítima e autor se
conheciam.
16) Qualquer um pode perder a cabeça e, com arma ao alcance da mão, se transformar num assassino!
17) Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, entre todas as mortes por armas de fogo apenas
10% são o resultado de latrocínio (roubo seguido de morte).
18) Acidentes com armas de fogo matam em média um brasileiro por dia.
19) A cada três pessoas internadas em hospitais por ferimentos a bala, uma foi acidente com arma. E as
crianças acabam sendo as principais vítimas.
20) A cada dia morrem em média quatro brasileiros por suicídio com arma de fogo.
21) O Rio Grande do Sul é um dos estados mais armados do Brasil e ocupa o segundo lugar em suicídios
por arma de fogo no país. Pesquisa feita pelo Dr. David Hemenway, da Universidade de Harvard,
conclui que em todo mundo “onde tem mais armas de fogo, tem mais suicídios”.
22) Involuntariamente o “homem de comum” que compra uma arma na loja acaba abastecendo o crime
quando a sua arma é roubada num assalto, perdida ou revendida a terceiros.
23) A cada ano, só no Estado de São Paulo, 11 mil armas legais são roubadas ou furtadas e passam para as
mãos de criminosos.
24) Desarmar os criminosos é trabalho para a polícia. Quase todos (90%) os artigos do novo Estatuto do
Desarmamento tratam de dar meios para a polícia melhor combater o crime organizado (penas altas para
contrabando de armas, marcação de arma e munição, banco nacional de dados, etc).
25) É um mito achar que as armas que nos ameaçam são armas de cano longo, estrangeiras,
contrabandeadas. Pesquisas feitas com a Polícia Civil no Rio de Janeiro revelou que 74% das armas
apreendidas em situação ilegal são brasileiras e 78% são pistolas e revólveres.
26) As armas estrangeiras e de cano longo são usadas nos enfrentamentos entre quadrilhas, entre criminosos
e a polícia. O que nos ameaça nos assaltos são pistolas e revólveres, na maioria produzidas na Brasil.
Daí a importância do controle sobre essas armas legais, como prevê o Estatuto do Desarmamento.
27) Os crimes cometidos com arma de fogo são muito mais letais do que os cometidos com armas brancas.
28) A chance de morrer numa agressão com arma de fogo é de 75%, enquanto com arma branca é de 36%.
29) As armas de fogo podem atingir várias pessoas em poucos segundos, como acontece em massacres
coletivos, e provocam mortes por balas perdidas. Segundo a Polícia Civil, há 40 vítimas de balas
perdidas por mês no Rio de Janeiro.
30) O sistema de saúde pública gasta cerca de R$ 12.000 com cada vítima de arma de fogo. Valor que
poderia ser utilizado para tratar de inúmeros doentes, comprar remédios, melhorar hospitais...
31) A Campanha de Desarmamento já reduziu o número de homicídios e de ocorrências com arma de fogo.
Em Maringá, o número de assassinatos por arma de fogo caiu 30%.
32) No estado de São Paulo, já caiu o número de homicídios e a quantidade de armas nas ruas.
33) Onde há uma arma e duas pessoas, há um homicídio em potencial.
34) O objetivo da Campanha do Desarmamento não é tomar armas de bandidos – função que deve ser
exercida pelas polícias - mas sim fazer com que o cidadão de bem não tenha armas de fogo em casa,
para evitar homicídios decorrentes de discussões banais, com brigas em família, no trânsito, em bares, e
brincadeiras de crianças com revólver, que muitas vezes acabam em tragédias.
35) O importante é criar novos paradigmas de negação da violência, paradigmas de uma vida melhor para
todo mundo. “Viver melhor significa ter um país mais seguro.”
36) Cada dez vezes que um cidadão de bem saca uma arma, em nove o bandido leva vantagem.
37) Segundo o relatório da Control Arms, existem por volta de 650 milhões de armas de pequeno porte no
mundo hoje, a maioria nas mãos de homens, e nesse cenário, as mulheres sofrem diretamente e
indiretamente de violência por armas de fogo.
38) Um estudo feito nos Estados Unidos mostra que a presença de uma arma de fogo em casa aumenta o
risco de alguém naquela residência ser assassinado em 41%; e o risco para as mulheres aumenta 272%.
39) Na África do Sul uma mulher morre a cada 18 horas assassinada pelo marido ou ex-marido.
40) Entre 1995 e 2003, quando o Canadá intensificou as leis sobre armas de fogo, o índice de homicídio de
mulheres caiu 40%.
41) Cinco anos depois que a Austrália intensificou as leis sobre armas de fogo, em 1996, a taxa de
homicídio de mulheres diminuiu pela metade.
42) A vítima de um ataque com uma arma de fogo tem 12 vezes mais chances de morrer do que a vítima de
um ataque por facas, agressões físicas, etc.
43) As mulheres quase nunca compram armas, usam armas ou possuem uma arma, mas elas continuam
sofrendo as conseqüências das armas de fogo.
44) Um cidadão armado tem 57% mais chance de ser assassinado do que os andam desarmados.
45) A cada 7 horas uma pessoa é vítima de acidente com arma de fogo no Brasil.
46) 9 entre cada 10 homicídios são praticados com arma de fogo no país.
47) Em São Paulo, quase 60% dos homicídios são cometidos por pessoas sem histórico criminal e por
motivos fúteis.
48) No Rio de Janeiro, um em cada dois jovens que morrem, é vítima de arma de fogo. As armas de fogo
provocam um custo ao SUS de mais de 200 milhões de reais.
49) A violência consome 10,5% do PIB na América Latina.
50) Nos EUA, para cada vez que um cidadão usa uma arma de fogo para matar em legítima defesa, houve
131 casos de assassinatos, suicídios e acidentes envolvendo armas.
51) A chance de uma mulher morrer assassinada com arma pelo marido ou amante é duas vezes maior do
que por um desconhecido. Quem tem arma em casa tem quase 3 vezes mais chances de morrer em um
assalto do que os que estão desarmados.
52) As grandes cidades, onde estão concentradas as armas de fogo, detém a maioria dos homicídios.
53) As armas representam muito mais risco do que a segurança para quem as porta.
54) Defender uma sociedade menos armada é muito mais do que uma visão ideológica ou romântica, mas
definitivamente uma opção por uma sociedade mais pacífica e onde todo nós possamos estar de fato
mais seguros.
55) A imensa maioria dos crimes é cometida com armas brasileiras e de calibre permitido!
56) Das armas apreendidas pela polícia no Rio de Janeiro, mais de 80% eram brasileiras e 90% de calibre
permitido, ou seja, mesmo que o bandido não compre armas em uma loja, são armas que entram de
forma legal as mais utilizadas para roubar e matar em nosso país. A figura do traficante usando um fuzil
ou metralhadora é assustadora, mas representa um número ínfimo de mortes se comparados às vítimas
dos tradicionais revólveres calibre 38.
57) Muitas armas chegam nas mãos dos bandidos depois de roubadas de pessoas que as compram achando
que vão se defender, ou então são desviadas por empresas de segurança ou até pela polícia. Só em São
Paulo, em cinco anos, mais de 70.000 armas registradas foram roubadas. Proibir a venda de armas no
país teria, portanto, efeito significativo na queda do número de armas nas mãos dos criminosos.
58) Quase metade dos homicídios são cometidos por pessoas que não são ligadas ao crime, que não tem
antecedentes criminais e que não têm porque terem armas ilegais.
59) Ao contrário do que muitos pensam, cerca de metade dos homicídios não são cometidos por bandidos
em assaltos ou chacinas. Centenas de pessoas morrem todas as semanas assassinadas por indivíduos sem
antecedentes criminais e que se conhecem. São aquelas que perdem a vida em situações banais: brigas
de trânsito, em bares ou ainda assassinadas dentro de casa pelos familiares. É muito difícil evitar que
este conflitos ocorram, mas, se conseguirmos reduzir o número de armas, o que poderia ser agressão não
se tornará mais um assassinato.
60) Uma pesquisa realizada em São Paulo alerta para a queda das lesões corporais e o aumento dos
homicídios na capital e situação inversa na interior. Percebe-se que a maior facilidade na obtenção e no
uso de armas nas grandes cidades tem transformado brigas em assassinatos, feridos em mortos,
discussões em tragédias, todos os dias. Já no interior, onde a presença de armas de fogo é menor, o
aumento da violência se reflete em um crescimento das lesões corporais ou seja, agressões que são
graves, mas não causam a morte.
61) Mesmo que a lei do desarmamento só consiga reduzir uma parte dos homicídios, já terá prestado um
grande serviço à nação, podendo salvar milhares de vidas anualmente. Poucos atos do Congresso
Nacional podem ter tanto efeito prático em tão pouco tempo.
62) Nos últimos vinte anos o número de brasileiros assassinados aumentou 273%, sete vezes mais do que o
crescimento populacional. Só no ano de 1998 quase 50.000 pessoas foram mortas, sendo que cerca de
45.000 vítimas do uso de armas de fogo.
63) Devido aos tristes dados do Brasil em relação a homicídios, a ONU nos deu o título de país que mais
mata com armas de fogo no mundo. Para se ter uma idéia, a chance de um brasileiro morrer por arma de
fogo é 3 a 4 vezes maior do que a média mundial.
64) Nossa realidade se torna ainda mais assustadora por sabermos que os jovens as maiores vítimas da
violência que nos assola. Só em 1998, 6.876 jovens, entre 10 e 19 anos, foram assassinados no Brasil.
Apenas no Rio de Janeiro, 8 pessoas entre 15 e 24 anos perdem a vida todos os dias, vitimados por
armas de fogo. Nesta faixa etária, a chance de uma pessoa ser morta com arma de fogo é 4,5 vezes
maior do que o restante da população.
65) Os índices brasileiros de homicídios retratam de forma fria os milhares de rostos de vítimas e a tristeza
de familiares inconsolados diante da violência causada por revólveres e pistolas em todo o país.
66) Não devemos assistir inertes que mais vidas se percam todos os dias até que se proíba, de uma vez por
todas, a venda de armas em nosso país.
67) A violência armada não é só um problema de aplicação de lei, ou um problema de segurança nacional.
Esta forma de violência tem gerado uma enorme crise na saúde pública mundial.
68) A violência produzida por armas pequenas causa um sofrimento imenso a amigos e familiares de
milhares de mortos e de mais de um milhão de feridos no mundo a cada ano. Além dos efeitos
imediatos, há as lesões físicas e psicológicas permanentes, e destruição de famílias, a perda de
produtividade econômica e o desperdício de recursos dos serviços de Saúde Pública, fatores difíceis de
serem avaliados.
69) A classe médica internacional se depara com grandes desafios ao tentar atender às necessidades
imediatas das vítimas de armas de fogo, devido ao alto custo da reabilitação física e psicológica
imprescindíveis a tantas delas.
70) O próprio desenho das armas pequenas, fácil de portar e de esconder, resistente e duradouro, com preço
baixo e um grande poder letal, dificulta muito a apreensão, prejudicando sistemas de Saúde Pública e
desenvolvimento ao redor do mundo.
71) Cerca de 500 mil pessoas morrem no mundo todo a cada ano, vítimas de ferimentos causados por armas
pequenas usadas para solucionar conflitos, no crime e em outros eventos violentos.
72) O custo das mortes com armas de fogo consome 14% do Produto Interno Bruto (PIB) da América
Latina, 10% do PIB do Brasil e 25% do PIB da Colômbia.
73) Armas pequenas atuam com um vírus contagioso, que atravessa fronteiras políticas e econômicas com
facilidade, causando danos às populações vulneráveis, em particular as localizadas em áreas pobres,
politicamente instáveis e sob o domínio de conflitos políticos.
74) As mulheres são vítimas armada duas vezes. Elas sofrem os efeitos negativos da violência armada como
vítimas e como mães, esposas, namoradas e irmãs dos que foram mortos e feridos por armas de fogo.
75) Com freqüência, as mulheres têm que suportar o peso de sustentar uma família, e conforta-la
emocionalmente depois que o chefe da família é morto ou ferido com gravidade a ponto de não poder
mais trabalhar.
76) As mulheres são vítimas freqüentes de crimes violentos, ataques domésticos, violência sexual, suicídios
e acidentes com armas de fogo graças à pronta disponibilidade de armas – sejam elas possuídas de
forma legal ou ilegal.
77) Ao contrário da crença popular, as armas não protegem as mulheres em casos de violência doméstica.
78) A presença da arma em casa aumenta a possibilidade de que uma relação abusiva acabe se tornando
fatal.
79) Casos de agressão doméstica e violência sexual envolvendo armas de fogo têm chance muito maior de
resultarem em morte do que aqueles que não envolveram armas.
80) Segundo estudo do New England Journal of Medicine (Estados Unidos, 1993), lares com armas de fogo
correm mais risco de homicídios entre familiares do que lares sem armas.
81) As mulheres têm uma noção bastante diferente sobre a segurança daquela dos homens. Em termos
gerais, as mulheres consideram a presença de armas de fogo em casa como uma ameaça, enquanto os
homens se sentem mais seguros. Com freqüência, as armas se tornam um símbolo do poder masculino e
são usadas para promover o uso da violência para solucionar conflitos.
82) Homens que trazem armas para casa tentando garantir a segurança da família estão na verdade pondo
estas pessoas em maior risco. Dados do Violence Policy Center (Estados Unidos, 1999) revelam que
uma arma de fogo em casa aumenta em cinco vezes o risco de suicídio para mulheres, enquanto o risco
de homicídios de mulheres triplica.
83) A idéia de que ter uma arma em casa é um modo efetivo de proteção contra criminosos é errada. Vários
estudos revelam que é muito mais provável que o indivíduo use uma arma contra seu parceiro ou
parceria, ou ainda contra um membro da família, do que a use contra um estranho.
84) A violência está demais. A taxa de homicídios por arma de fogo no Brasil é cinco vezez mais alta do
que nos EUA, um país violento.
85) O jovem é uma grande vítima. No Rio de Janeiro, morrem por arma de fogo 24 vezes mais homens do
que mulheres na população de 14 a 24 anos.
86) O jovem carioca corre 55 mais de chances de ser morto por arma de fogo do que um jovem nos Estados
Unidos, país que também é violento.
87) Ter arma em casa é um perigo. Todas as pesquisas sérias sobre o uso de arma concluem que ela é muito
mais um risco do que uma boa defesa, o alegado “direito de defesa” de o homem ter uma arma para
proteger sua casa, na verdade viola o direito de sua família à segurança.
88) Segundo pesquisa feita nos Estados Unidos, uma arma de fogo em casa têm 22 vezes mais chances de
ser usada em homicídios, acidentes ou suicídios do que para defesa.
89) O assassino pode ser você.
90) Nos Estados Unidos, 14% das vítimas de armas de fogo entre 1976 e 2000 foram mortas por familiares,
37,3% por conhecidos, e apenas 15% por estranhos, segundo o Ministério da Justiça daquele país. No
Rio, um em cada três crimes com vítimas de arma de fogo envolve uma pessoa conhecida, como
parente, amigo, colega, vizinho ou empregado.
91) Armas causam graves acidentes. No Brasil, os acidentes são a principal causa de internação de crianças
com lesões por arma de fogo. Crianças sentem grande atração por armas.
92) Armas são usada em suicídios. A cada dia morrem em média quatro brasileiros pro suicídio com arma
de fogo.
93) “Quem reage morre”. Na maioria dos casos em que o cidadão tente reagir com uma arma a um assalto, o
resultado é trágico para a vítima.
94) Tirar armas de circulação ajuda a desarmar o bandido. No Rio, um terço (33%) das armas do crime foi
comprado legalmente, por “homens de bem” e posteriormente acabou caindo nas mãos erradas.
95) As armas de fogo matam mais. Quando a agressão é feita com arma de fogo, a vítima corre duas vezes
mais risco de morrer do que quando se usa outro tipo de arma.
96) As mulheres são a favor do desarmamento. As mulheres não gostam de arma porque, quando o homem
mata ou morre pelo uso de arma, a mulher assume a dor e o sustento da família. A violência armada é
um problema criado por homens mal-informados ou inseguros. Cabe às mulheres convencer os homens
das trágicas conseqüências do uso de armas. Daí o slogam feminino “Arma Não! Ela ou Eu!”
97) No município do Rio, 94 dos que morrem por arma de fogo são homens.
98) O risco de um homem de 20 a 24 anos morrer por arma de fogo no município do Rio é 30 vezes mais
alto do que de uma mulher na mesma faixa etária.
99) A Campanha do Desarmamento já faz efeito: No Paraná, a Campanha já reduziu em 20% o número de
homicídios e em 34 as ocorrências com arma de fogo.
100) A campanha de entrega de armas é a oportunidade que você tem de se desfazer de sua arma e ser
remunerado pelo governo, dentro da lei.

Você pode receber de R$100 a R$300 de indenização.

A partir de dezembro, quem tiver arma não registrada poderá ser preso.

Quem tem uma arma, tem um problema.

Essa campanha está aí para ajudar você a resolve-lo.